quarta-feira, 15 de abril de 2009

Casa de ninguém !

Que sono do caralho! Tô com sede. Hoje tenho que fugir pro Terra Nova e beber umas e outras. Fui pegar o jornal e achei uma multa! Os caras me multaram no dia do jogo Corinthians e Ponte no Pacaembu, quando fui ver o gordinho de perto pela primeira vez. Foi 1 a 1. E os caras me multaram. Vai tomar no cu. O guardador me garantiu que não iam multar. Idiota quem? Eu, que cri no guardador de carro da esquina. Paulão, tu é burrão e tem que se foder.

Passei pra pegar o exame de sangue que o Procto (que tb é gastro) pediu e meu triglicéride continua alto. Tb, tô bebendo como um porco e comendo como um animal. Peguei correspondencias no antigo endereço do apê da Dex. E vim rapidinho pro SBT, ouvindo Beach Boys. O blogg segue confuso e não consigo aprovar e nem ler o que me escrevem. Mas hoje tem feijoada. E preciso começar a escrever esta porra de roteiro do Astros 57. Vida, vida, vida. Quando chegará o dia em que poderei só beber?

- O que vc faz da vida?
- Eu bebo!
- Só?
- E quer mais? Dá trabalho ser bebum.

Eh,eh,eh! Segue o enterro!

Um texto que minha amiga Carol Gazal me mandou sobre casamento:

"Casaram. Te amo pra lá, te amo pra cá.
Lindo, mas insustentável.
O sucesso de um casamento exige mais do que declarações românticas.
Entre duas pessoas que resolvem dividir o mesmo teto, tem que haver muito
mais do que amor, e às vezes, nem necessita de um amor tão intenso.
É preciso que haja, antes de mais nada, RESPEITO.
Respeito ao outro e aos ligados ao outro.
Agressões zero.
Disposição para ouvir argumentos alheios.
Muita paciência... Amor só, não basta.
Não pode haver competição. Nem comparações.
Tem que ter jogo de cintura para acatar regras que não foram previamente combinadas. Tem que
haver BOM HUMOR para enfrentar imprevistos, acessos de carência, infantilidades.
Tem que saber levar.
Amar, só, é pouco.
Tem que haver inteligência. Um cérebro programado para enfrentar tensões
pré-menstruais, rejeições, demissões inesperadas, contas para pagar.
Tem que ter disciplina para educar filhos, dar exemplo, não gritar.
Tem que ter um bom psiquiatra. Não adianta, apenas, amar.
Entre casais que se unem , visando à longevidade do matrimônio, tem que
haver um pouco de silêncio, amigos de infância, vida própria, um tempo pra
cada um.
Tem que haver confiança.
Certa camaradagem, às vezes fingir que não viu,
fazer de conta que não escutou.
É preciso entender que união não significa, necessariamente, fusão.
E que amar, somente, não basta.
Entre homens e mulheres que acham que O AMOR É SÓ POESIA,
tem que haver discernimento, pé no chão, racionalidade.
Tem que saber que o amor pode ser bom, pode durar para sempre, mas que
sozinho não dá conta do recado.
O amor é grande, mas não é dois.
É preciso convocar uma turma de sentimentos para amparar esse amor que
carrega o ônus da onipotência.
O amor até pode nos bastar, mas ele próprio não se basta.
Um bom Amor aos que já têm!
Um bom encontro aos que procuram!
E felicidades a todos nós!"


É isso. Tô postando nos dois blogs. Tem gente que não consegue abrir o Blogger mais cheio de viadagens. Com o tempo as pessoas vão decidir pelo que preferirem.

A feijuca estava fenomenal. Uma vez fiz uma música criando o Capitão Feijoada, um herói cujo super poder era o peido. Era pro Lips cantar, mas ele não quis. Tinha fantasia, figurino e tudo. O único problema é que quarta e sábado o herói folgava, pois em dia de feijoada não dava para perseguir criminosos. Eh,eh,eh!

Caraio, escrevi pá porra. O roteiro do programa 57 começa a tomar corpo. Amanhã tem mais. Simbora pra Band.

To lutando com o Bloger aqui. Resolvi sugerir que levasSem os rapazes do Baranga pra festa das Acorrentadas do Funk. Vai ser engraçado ver o que os rockeiros vagabundos vão fazer com as funkeiras gostosas. Eh, eh, eh. Espero que eles topem. E tem mais trampo aqui, caraio.

E a tatuagem ta coçando. E o André cabeça, irmão do Cavalo, me chamou pra ver o jogo na casa dele ou num bar perto. Que jogo? Misto e Corinthians. Sem Ronaldo. Temos que fazer dois gols de diferença pra elinar o jogo de volta. É Copa do Brasil, sim! To a fim de beber. Dex talvez apareça por lá. A porcada ta jogando agora, quinze pras oito, no Parque em que qualquer um manda. Sim, o Timão não tem estádio, é vero. Quer dizer, temos, mas é pequeno. O porco tem estádio, mas é casa de ninguém. Qualquer um chega lá e ganha deles. O ASA de Arapiraca desclassificou os caras lá. O Vasco ganhou um Campeonato, vencendo por 4 a 3 lá dentro, após estar perdendo por 3 a 0. Vai por mim, é casa de ninguém. Os verdes ganharam do Sport em Recife semana passada por 2 a 0. Mas hoje, em casa, vão levar fumo. Vcs vão ver. Casa de ninguém. E perder jogo em casa é como ter a mulher enrabada em nossa própria cama, aos nossos olhos, sem a gente fazer nada. Casa de ninguém!

Epa, os porcos fizeram um de pênalti. Será? Não! Não! Ainda sou mais Sport. E fui beber!

Dex tá no shopping e disse que depois vem mesmo ao André. Eu quero ir pro bar. Trajeto bastante engarrafado, sim senhor. A casa do André fica do lado da vigésima delegacia de Sampa, uma trevessa da Água Fria, caminho da minha goma. Parei, entre e dei com Camila, a namorada, Igor, o filhote dela e Marquinho, o brodi. André, de uns tempos pra cá, tá metido a cozinheiro. Compra uma peça de carne, geralmente de porco (somos predadores, pois ele tb é do timão), corta batatas, cebolas, inclue temperos e alho e manda tudo pro forno. Completa a parada com muita cerveja e arroz e chama galera pra jantar lá. E não é que fica bom? Acho que ele tá tentando convecer a Camila que pode ser um bom dono de casa. Mas o problema é que ele é demente. Saca um cara demente? É ele!

Colocou a carne pra assar e não se tocou que o relógio da parede de sua cozinha estava uma hora atrasado. Cheguei por volta de nove e quinze e notei que a carne demoraria pelo menos mais uma hora pra ficar pronta. E o jogo começaria dez pras dez. Ele discutiu, disse que tínhamos tempo de jantar antes do início do jogo. Demente, entendem? Convenci-o de que não daria tempo. Aí deixamos Camila cuidando da carne junto com Dex, que acabou de chegar, e fomos pro bar da esquina, o New Red, bem pertinho mesmo. Eu falei que não era só questão de beber, eu queria ir pro bar. E fomos, eu, o demente e o Marquinho.

Ah, quando eu chego no bar pareço até pinto no lixo. Que alegria. É meu habitat! André, que já parece até sócio do local, me apresentou a simpática garçonete Lena. Aí foi fácil: um balde com três originais, uma dose de saquê e um Mojito batido no liquidificador. Pedi tb dois espetinhos, um de carne e outro de lingüiça, pra salgar a boca e atenuar a fome. Como o Mijoto que estava descrito no cardápio não era liquidificado, pedi a gentileza de que fizessem desta forma especial pra mim. O barman fez questão de trazer o Mojito semi-frozen e ainda um chorinho. Que galera gentil.

Na TV, o jogo da porcada tinmha acabado e o placar foi 1 a 1. Falei que eles não ganhavam? Gente sem casa. Homeless, entende? Eles têm casa, mas não voga. Quem manda na casa deles é o visitante, entende? É isso!

Bem começou o jogo do timão e minha vida tá assim: um gole de original, um gole de mojito, um gole de saquê, uma mordida no espeto, um palavrão pelo timão e assim foi todo o primeiro tempo. Eis que chegaram uns bambis amigos do meu sobrinho que tá no Canadá, o Duda. Eu os conheci na festa de bota fora do Duda, mas já tava meio mamado e não os reconheci imediatamente. Por sinal, o time deles tava perdendo de 2 a 0 prum time de medelin, Independente, acho. Depois fizeram um, mas perderam do mesmo jeito. O primeiro tempo do timão com o Misto terminou 0 a 0. O fone tocou e os avisos eram de que a comida tava pronta. Mas mestre André resolveu pedir uma "da casa" e lá veio mais uma Original. E as mulheres nos pentelhando. E a chuva caindo lá fora. E voltamos.

Tava boa aquela gororoba, velho. O tal pernil que ele assou ficou divino. Comemos e seguimos torcendo pro timão. Penalty discutivel, Chicão na bola, uma zero pra nós. Precisávamos de mais um gol pra eliminar a partida de volta. André Santos mete um canudo e é isso. Souza perdeu mais uns doze e vencemos por dois a zero.
Queria beber mais, mas Dex quis ir embora. Queria passar no Terra Nova, mas Dex quis ir embora. Ah, esqueci de falar, neste meio tempo Paulona chegou e jantou conosco. Dex deu carona pra Paula, cujo carro foi roubado e eu dei carona pro Marquinho, que não tem carro. André ficou saracoteando na rua, dizendo que um espírito do mal estava querendo leva-lo pro terra Nova. Abri a porta e mandei ele entrar. Ele disse que era sacanagem deixar a namorada sozinha. Parti.

Dex me ligou no caminho perguntando a razão da demora e expliquei que o Marquinho mora perto de onde morava Claudia Lino, ex-vocal das VV. É um pouquinho fora de mão. Beleza. Disse a ela novamente que queria passar no bar e beber mais. Ela não curtiu. Disse que ia passar perto da casa do Tuca e que ria ver como ele tava. Ela tb não curtiu. Ok, temos ensaio nesta quinta. Vejo o Tuca e depois passo no Terra amanhã. Façamos como ela quer. Mas claro que cheguei em casa e abri mais uma latinha de Itaipava. Antes disso descobri um estranho bloqueio de cones no meio da rua, já próximo á Paulo Peixoto, onde moro. Intempestivamente, desci do carro e chutei as porras dos cones que me impediam de chegar em casa. Ninguém surgiu e muito menos verifiquei alguma obra na rua que justificasse aquela merda. Simbora.

A Net estava fora do ar e não tínhamos nem internet e nem TV em casa. Liguei, reclamei e o cara disse que ia verificar. Eu disse que queria desconto na fatura pelo tempo que estava sem sinal. Ele fez os cálculos e disse que meu desconto seria de oito reais. Ok.

Ficamos conversando, eu e Dex. Eu tava meio atrapalhado e falei de zil coisas. Devia estar inspirado, pois Dex disse que eu tava engraçado. Neste tipo de papo eu geralmente falo demais e me fodo. Desta vez, aparentemente, não! Ela foi dormir. E eu fiquei ali, bebericando a segunda breja. Dei uma lida no livro do Tim. Li tb a orelha do livro "Sr. Corinthians", escrito pela Marlene Matheus, sobre seu saudoso e folclórico marido Vicente Matheus, eterno presidente do timão. Tava bem doidão ainda.

Desci até a dispensa onde ficam meus discos e instrumentos e comecei a tocar violão. Vieram altas idéias que, claro, eu já esqueci. Peguei o fone do Roberto Seixas no encarte de um cd que ele me deu e anotei, pra ligar pra ele e convida-lo a participar da nossa apresentação na Virada Cultural, no palco Toca Raul, domingo ás nove da manhã. Também tocaremos no Palco Rock, domingo às duas da manhã, depois dos nossos amigos e ídolos do Camisa de Vênus. Isso tudo será dias 2 e 3 de maio. Tá na programação da Virada Cultural.

Segui andando pela casa com a latinha na mão como um fantasma atormentado arrastando correntes. Fiz minhas preces atrapalhadamente e fui dormir sem banho e sem escovar dentes.