quarta-feira, 24 de junho de 2009

Vinte e seis estandes só de micro-cervejarias. Eu vou dar óbito.

Então. Bom dia. Seguimos aqui nesta nau de insensatos chamada Terra. Jornal. Banheiro. O Gremio encara o Cruzeiro pela semi-final da libertadores hoje. Sou Grêmio. Os tricolores de POA têm um pacto secreto com a gente do Timão. A gente derruba o Inter e eles matam a raposinha. Americanos enfrentam a Espanha pela semi-final da Copa das Confedereções. A Espanha é um lixo. Vamos come-los com farinha na final. Se eles chegaren. Hum. Banho. Roupa. Beijo na Dex. Baixo oito dos sons que gravamos no sábado e coloco no I-pod. Vamos ver como está a "criança" no trajeto pro SBT.

Porra, fora alguns erros de execução mesmo, o clima tá ótimo. A gravação é ao vivo, sem dobrar guitarras e etc.

Esqueci de falar "agora eu vou" no "Gênio da Garrafa". Tem uma guitarrinha meio zumbida em "A Boca, A Buceta e a Bunda" que me incomoda. Em Bunda Boa eu substitui o verso "adoro carteado e whisky" por "adoro baseado em whisky". Nem sou chegado em maconha, mas isso é pra apoiar a galera da fumaça. "Ninguém beija omo as lésbicas" tá um puta clima. "Essa mulher só que viver na balada" tem várias rateadas da minha voz cheia de gripe. Como em todas as canções. "Cú de Bebado não tem dono", da Ju e com a Ju, tá meio longa. Mas tem um riff sensacional so Roy. "Em Bortolotto Blues" estou em duvida em relação ao ultimo verso: "transar cansa demais e não compensa" ou "transar cansa demais, inclua-me fora dessa"? E na "Balada do Adney Narigudo" o solo de baixo do Tuca precisa ser melhor definido. Mas amei tudo. Marcelão ficou de mandar mais hoje.

Caraio, tem um monte de gente se solidarizando com a situação da Dex pelo blog. Porra, brigado gente! SBT. Direto pra ilha ver as audições do Astros 65. Duas horas vendo a bagaça e vamos pro roteiro propriamente dito. Almoço. O quê? Feijoada? Claro! Alessandro, o chef do refeitório do Sbt libera nosso rango, meu e da Fê. Grazie, signore!

De volta ao trampo. Trampo terminado. Vou dar uma gato na Band hoje. Amanhã dou um jeito de chegar mais cedo. Aviso Calazans no Sex Privê e ele me libera. Vou na Feira Internacional de Tecnologia em Cerveja – Brasil Brau, no shopping "Gay" Caneca. Tem um setor lá dedicado exclusivamente á degustação das micro-cervejarias brasileiras. Então. É certo que vou chapar.
Felipe Voigt já me ligou de lá. E eu tb tô a caminho. Chegay. Estacionamento. Elevador. Noise. Ligo pro Felipe. Localizo a figura de chapéu na feira com um amigo. Renato? Sou péssimo com nomes.

Vamos direto pro Degusta Beer. Vinte e seis estandes só de micro-cervejarias. Eu vou dar óbito. Primeiro fazemos um reconhecimento: começa com as gaúchas, passa por Minas, Rio e sampa e termina na catarinenses. Eu vou "márrer".

A primeira é a Coruja, de Porto Alegre. As degustações são em pequenas quantidades, meio copo de plástico no máximo. A Coruja é de 2004 e foi fundada por dois arquitetos. Diz no site que é uma cerveja artesanal não pasteurizada feita com três vezes mais malte de cevada, garantindo sabor inigualável. A garrafa é como um grande e antigo vidro de remédio. Os caras já foram considerados a melhor cerveja e Porto Alegre e costumam apoiar eventos culturais. Eles têm dois tipos e cerveja: a Viva e a Extra Viva. Não sei qual experimentei. Mas gostei. Não sou perito no assunto, portanto não vou ficar falando de corpo, amargor, consistencia. Sou bom bebedor e por isso, bebi. E gostei. Os dois caras são gremistas. Falo sobre nosso pacto e está de pé: gremista com o Corinthians e contra o Inter.

Tô com minha camisa das VV e acabo dando autografos e tirando fotos, notadamente com uma galera da Unicamp. Mas várias outras pessoas me reconhecem. Germano, amigo do Tuca e distribuidor e chopp na ZN, me encontra e me fala que vai vender chopp Colorado lá pertinho de casa. Tô dentro.

Vamos pra segunda, Cerveja Ijuhy, da cidade do mesmo nome, ainda nos pampas. Tomo uma pilsen cristal e curto tb. Eles trabalham, como quase todo mundo aqui, com base da lei da pureza editada na Baviera, Alemanha, em 1516, que determina regras para a fabricação do produto. Cervejaria Abadessa é a próxima. Nesta eu provo duas: a Export e a Fest Bier. Gosto mais da Export que é mais encorpada. O nome da cervejaria é uma homenagem á "Abadessa Hildegard von Bingen", a primeira mulher a usar o lúpulo na cerveja no ano de 1067 na Alemanha. Já a cervejaria começou a funcionar em Porto em 2006. Todo mundo gremista tb.

A seguinte, a Barley, eu já conhecia do site do cervejas.net. Tão na ativa desde 1992, mas a microcervejaria Barley só foi fundada mesmo em 2002. Tomei a âmbar, uma Munchen avermelhada com 5'8% de alcool. Gremista tb o cara que me atendeu. Felipe foi no banheiro. E eu sigo agora para a Ralf Beer, que tem um latão estilizado tombado cheio de cerveja. Bora mamar mais um. Os caras são simpáticos. E os dois gremistas. Brinco que os colorados deve fazer outra bebida. Champanhe, quem sabe. Uhu! Fundada por dois irmãos em 2003, Acerva Gaucha fica já na primeira curva do circuito. Opa, tem um colorado aqui. A gente brinca e clima de camaradagem. Acerva é a associção dos cervejeiros artesanais do Rio Grande do Sul. Mais pra frente tem a Acerva Paulista, a Acerva Carioca. Pelo que entendi são associações de cervejeitos artesanais. Então, em cada um destes estandes, há vários tipos de cerveja, sob a fabricação de vários mestres cervejeiros. A dos gauchos existe desde 2007. A do estado de São Paulo dá altas dicas de como produzir cerveja. Tudo no site.

Volto prum estade atrás e bebo a EikBeer, que é de Taboão da Serra em Sampa. Provo uma mais escura. Bom tb. Achei meio ácida. Mas boa. Agora é a mineira Falke Bier, que tá lançando sua Estrada Real India Pale Ale, a primeira cerveja licenciada pelo Instituto Estrada Real. Com 7,5% de álcool, recriando o sabor da cerveja nos tempos do Brasil Colônia. Esta eu já bebi atráves do Cervejas.net. Tomo tb a Tripel Monastério, numa onda das belgas como A Leffe, fermentada na própria garrafa. Tesão. Eles são de BH. Grande cervejaria. Na Bamberg, de Votorantim, SP, tem duas moças muito bonitas servindo cerveja. A Bamberg eu já conheço. Ia guardar espaço pras novas emoções cervejeiras, mas as mocinhas me oferecem com tanta gentileza que vou dentro.

Já tô meio breaco. Banheiro. Vou na Acerva Minira. Ou é a Paulista? Experimento a Rugbeer, do João Becker. Ele me conta que joga Rugby e que o nome da cerveja é uma homenagem ao esporte. Ele é de BH. E a cerveja é ótima. Provo outras, mas já estou meio atrapalhado. A Cerveja Vilã alguém me deu durante um show em BH. Volto e testo a carioca Gattopardo. Digo pra mocinha que serve que Gattopardo é nome de boite gay. Ela não curte.

Porra, Os Estados Unidos meteram dois a zero na Espanha. Chupa espanholada. Campeão da minha rola. Tem um espanhol por perto que diz que vamos perder da Africa do Sul amanhã. Alô Sancho Pança: vai tomar no cu! A Bruge eu já conheço. Eles são de Aguas de Lindoia e tão na ativa desde 1987.

Mijar de novo. Na volta encontro meu grande amigo e mestre cervejeiro Reynaldo Fogagnoly, da Cervejaria Universitária de Barão Geraldo, distrito de Campinas. Ele não tá expondo. Tá fazendo negócios e revendo amigos. Tomo uma com ele. Ficamos de dar um rolê juntos pela feira. Ele me apresenta um cara que é ligado ao Juventus na Móoca, Adail. Volto á Colorado de Ribeirão Preto com Germano pra experimentar o lançamento deles, a Colorado Vintage, produzida com rapadura queimada. A cerveja segue a mesma linha inovadora das outras da cervejaria – como a Apia, de trigo com toque de mel e a Indica, adocicada com rapadura comum. O teor aloolico acho que é por volta de 10º. Dá pra sentir a força da danada. Os caras tão no mercado desde 95 e podem ser encontrados em vários supermercados. Vale a pena beber Colorado. Comento com o cara que já tentei achar chopp Colorado em Ribeirão Preto e não consegui. Ele me fala de um bar chamado Cervejarium que tem. Eu já havia ouvido falar dele. Que Piguim que nada. A melhor cerveja de Riberão é a Colorado.

Tô doidão. Tomo mais uma na Dado Beer de Porto Alegre com o Rey. Tomo uma na catarinense Bierland. Saio procurando Reynaldão pela feira e dou com o cara num estande de equipamentos com mesinhas e qualhado de mestres cervejeiros. Ele tá reencontrando a turma que foi a Munique junta em 88 (acho) fazer curso de cervejeiro (acho). Tô "achando" muito por que estou bêbado e não presto muita atenção em nada. Tá descendo Heineken. Um dos mestres da mesa, me diz Reynaldão, é um mago das bebidas, um alquimista. Ele coloca na mesa algumas garrafinhas de fabricação caseira, sem rótulo: uma de Fernet, outra de Conhaque e uma de Absyntho. Praticamente apontando uma arma para minha cabeça, Reynaldão me obriga a provar as bagaças. Vou dar petê. O filho do Rey, Giuseppe, tá chamando o pai pra ir embora. Claro que ele não vai deixar o Rey dirigir pra Barão Geraldo. Rey está feliz por ter rencontrado algo como sua turma de faculdade.

Felipe, o bambi? Felipe, o jornalista? Já foi, não sem ser devidamente achincalhado por ser bambi, pelo fato momentaneo do diploma de jornalista não ser obrigatório. Tchau, afilhado, vai com Deus pra Limeira, caraio.

Dex me liga. Passa de nove e meia. Volto à Ralf beer e toma mais umas . Compro uma garrafa de Coruja. Fui. Doideira no estacionamento. Uns fãs da banda que desceram comigo da feira no mesmo elevador me ajudam a achar o carro. João Goulart, 23. J, setor G, 23. Decorei.

Dex me liga de novo. Com esta barulheira á minha volta, não atendo. Eles se foram. Vou dirigindo com um olho fechado. Dex tá me esperando no Terra Nva. E eu tô chapado. Porra, tomo uma coca zero. Caralho, tomo uma H2OH. Picanha. O Gremio tá tomando de três a zero do Cruzeiro. Caraio. Isso não pode. Precisa fzer pelo menos um pra ter que vencer de dois a zero no Olimpico. Fez . Três a um. Tem jogo em POA semana que vem, sim.

Tamos em casa. Sal de Fruta. Fui.