quinta-feira, 2 de julho de 2009

“Paulo, vc tem que deixar de ser sujo”!

Oito da matina. Como prometido, pouco mais de duas horas dormindo. Bora pro banho. Com cagada antes lendo o jornal, claro. Vcs acham que vou perder a manchete do Estadão? Olha o campeão, gente. Que orgulho. Como sofremos em 2008. Segunda divisão é coisa do demonio. E não ganha qualquer um, não. Olha o Vaschcão em sexto e com um jogo a mais que seus adversários. Se continuar assim, a Lisandra enfarta. Timão campeão! Ganhamos de um grande adversário e o grande nome da conquista em campo não foi o gordinho: foi o Jorge Henrique. E fora dele, Mano Menezes. E tem ainda o Andres. Que recuperação incrível. E ainda tem mais. No ano do centenário vamos buscar o que os Porcos mais temem: a Libertadores. Eles desdenham do nosso título, mas sabem que vai ficar pequeno pra eles. Aliás, chupa porcada, bambizada, peixe da minha rola. Eu sou Corinthians.

Banhoterapia. Uma bronhazinha? Não. Não tenho forças. Beijo a Dex e me mando pro SBT.
Mesmo com esta garoa tipicamente paulistana, o transito tá legal e antes das dez e meia tô na minha mesa. Não vou fazer porra nenhuma. É só pra dar as caras e não ficar dois dias seguidos sem aparecer. Tom chega com a bandeira nas costas. Levanto pra dar um abraço nele. Parceiro de redação e de time. Fala Corinthians!

Olha só o twiter do Mano: "Já saimos do hotel e estamos chegando no aeroporto de Porto Alegre. Assim q chegarmos em SP, vamos para o Parque São Jorge". Parabéns, vc é o cara!

Termino as atualizações webicas e tento aprontar o blog, mas não dá tempo. Faltam dez pra meio dia e Banas já me ligou que o busão tá lá embaixo á minha espera. Jogo o que escrevi no yahoo e me mando. Desço com meu carro e páro no estacionamento de visitantes. Quando voltar o motora me deixa aqui, pego o carro e vou pra casa. Roy me espera na entrada do ônibus. Tá chovendo. O motora é o Vanucci. Esqueci o nome dele mas ele parece muito com o Augusto César Vanucci. Então é Vanucci, porra. A galera tá toda aqui. Tuca bodeado no primeiro banco. Depois Caran, dormindo. Rico acordado. Marcinho com um olho aberto e outro fechado. Juju me dá um sorriso. Edu dá um salve. Fala Banas, Rodrigo, Cavalo, Simon...ih... Olha o Marcelo de Santos. Deve ter vendido o show e vai com a gente. Cool. Tô aqui, sentado no último banco. Bode.
Parada pra almoço no Graal. Queria seguir fazendo regime, mas tô com fome e arrisco um pouco de nhoque além de salada e muita carne.

Back to bus. Começo a ler o Pornopopéia do Reynaldo Moraes. Gosto do ritmo da escrita dele. Porra, duas páginas e já tô babando. Fui.

O fone toca. É a Telma do SBT. Quer me passar um trampo, mas só poderei ajuda-la na segunda. Cochilo. Toca o fone de novo. Calan me liga da Band perguntando se a galera do esporte pode usar minha música pra fazer um clipe. Claro. Cochilo. Toca de novo. Jornalista de Ribeirão Preto querendo uma entrevista. Segue o papo. Sono. Toca o fone de novo. É o Tom. Sono. E este fone que não pára de tocar, puta la madre. Ok.

Pouco mais de seis da tarde. Tamos em San Jose del Rio Preto. Tô no quarto. Desço imediatamente pra finalizar o blog. Não, primeiro uma cagadinha básica. Agora sim, internet. Só saio da frente do computador pelas nove e vinte. Puta merda, escrevi demais. Mas o dia foi cheio. Onze horas temos que sair pra ir pro local do show.

Vejo o Gremio jogar contra o Cruzeiro. Tô com tanta raiva do Interchoronal e tenho tanta admiração pelo imortal que tô torcendo de fato pelo Grêmio. Depois daquela batalha dos Aflitos, não há quem não admire estes caras. Porra. Mas o Cruzeiro faz um. Ih, fez dois. Caraio. O primeiro tempo acaba exatamente como o do jogo do Timão. Que castigo pressa massa tricolor. Pra seguir pra final da Libertadores o Gremio tem que fazer cinco. Sinto muito. O time é imortal mas cinco gols em quarenta e cinco minutos num time ajeitado como é o Cruzeiro é impossivel. Lamento, galera do Gremio.

Onze horas. Tamos na van esperando o atrasado de sempre. Quem? Tuca Paiva, quem mais. Uma salva de palmas irônicas o recepcionam. A porta fecha e vamonóis. O Vila Dionísio é uma cervejaria de responsa com cervejas do mundo todo e tb de micro cervejarias brasileirias. Da outra vez que estivemos em Rio Preto o palco não era onde está agora e não tinha um camarim como este. Tá tudo muito mais legal e profissa. Descubro que eles estão completando cinco anos hoje. Parabéns. No palco eu estendo os cumprimentos. Frutas, água, suco de laranja, Vodka, energético, refrigerantes e Skol beats. Mas quem vai beber skol quando pode tomar Guiness. Old Speckled Hen. London Porter. Colorado. A gente pede e o garçom traz. Eu amo tocar neste lugar. Olha só o naipe dos salgadinhos feitos na hora que a cozinheira tá trazendo. Os caras sabem tratar a gente bem.

Opa, show time. Tô bem bebão. A casa tá bem cheia tb. É noise. Não vou detalhar as coisas que falei (até porque não lembro direito), mas tô inspirado. A casa é tão do caraio que as latinhas pra destroçar na cabeça são Budweiser. Bato pouco e bebo o resto, que não sou trouxa. Que mais? Mandei o José Serra e o Kassab tomarem no cu, claro. Bebi cerveja no tenis e na meia da mocinha que participou de "Blues do Velcro".

Terminou. Tá tudo muito bom. Bis. Volto de Raul. Beleza, o pessoal canta junto. Agora acabou.
Vou pro camarim arrumar minhas coisas e bebo mais. Tô bem chapado. Vou pro meio da galera na frente do palco bater papo, tirar fotos, dar autografos, essas coisas. Tô com duas Skol Beats nos bolsos do roupão amarelo. Tô doidão. Camarim de novo. Roubaram a faixa que amarra o roupão e eu não senti. Caraio, como tô bêbado.

Ônibus. Chamo a galera pra beber no meu quarto. Ligo o som. Todo Poderoso Timão. E o banho? Nada. Desmaio ainda de cueca samba-canção, por sinal, uma underwear com logos do Coringão que Juju me deu. Que podridão. Amanhã eu lavo a cerveja do corpo. Dex não tá aqui pra pegar no meu pé. Ela vive dizendo: "Paulo, vc tem que deixar de ser sujo"!

Not tonight, honey darling. Not Tonight.