terça-feira, 25 de agosto de 2009

Depois que fico bêbado viro o maior cuzão do mundo. E gosto. E foda-se.

Manhã comum. Frio. Jornal. Merda. Luta campal para expropriação de um terreno em sampa. Marcelo Mattos voltando por Timão. Precisamos de um primeiro volante bão mesmo. O tal de De Federico chegou dizendo que quer fazer sucesso no Corinthians como Tevez. Seja bienvenido, hermano: meta goles que nosostros te amaremos! E viva o portunhol, futuro idioma das Américas do Sul e Central. Nos EUA teremos uma variação chamada "portunhenglish". Coisa pros nossos tataranetos.

E aeh?

Sarney ficou puto que o Suplicy interrompeu seu discurso ontem. O bigodudo mais salafrário do país falava sobre o centenário de Euclides da Cunha quando Suplão pediu explicações sobre a putaria, a lambrança que o seu presidente aplicou no congresso. E o Sarney ficou bravinho. Alguém deveria dar um pau no Sarney. Não precisa matar, só arrebentar a boca pros dentes caírem todos.

Banho. Roupa. Blog, Twitter. Bora pro SBT? Bora!

Não falei proceis, mas meu I-pod ta de volta e, não sei exatamente como, todos os áudios que estavam no meu computador foram sugados pra dentro do I-pod. Então, tão aparecendo canções que eu não ouvia há séculos. Sensacional.

Cheguei antes da reunião começar. Hum. Começou. Estamos numa semana importantíssima em relação ao Domingo Legal, uma vez que no próximo domingo Gugu estréia na Record. A programação promete se tornar um campo de guerra e a luta pelos pontos do Ibope um "Deus nos acuda". Nem mesmo nós temos acesso a detalhes da estratégia. Sendo assim, o que me resta é seguir neste vôo cego cheio de segredos e mistérios. Nada a declarar sobre CQC, nada a declarar sobre Domingo Legal.

Almoço.

Redação. Preciso dar uma olhada na "surpresa" gravada pelo WW na semana passada. Só vai ao ar, provavelmente, daqui a duas semanas. E de resto meu twitter já passou dos 1600 followers. Noise.

Não tem nada ingestado preu assistir do WW. Então, curiosamente, passa-se um dia sem muito trampo aqui no DL. Tenho sede. Me dê breja!

A Paulinha estagiária acabou de loggar os discos da "surpresa", mas nada foi ingestado. E pelo jeito, não terei mesmo nada pra ver hoje.

O dia segue entre discussões virtuais da galera dos 34 candidatos a 8º CQC. E quer saber, vou embora. Ligo pra Dex que ta com o cara do fogão em casa. Há um vazamento de gás na cozinha. Convido-a a ir pro Terra Nova se embriagar comigo e ela diz sim. Bora.

Sete e meia da noite e já to quase em casa.

- Venha Dex, venha beber comigo!

Ela tá no carro. Coloco o fone prela ouvir o som que ta rolando. Vcs vão me matar, mas é Daniel: "pra falar a verdade, na realidade, é que pra vc o nosso amor desencantou, só que no meu caso, saiu tudo errado, se o tempo apaga, desta vez não apagou".

Ouvi muito esta canção numa época em que estávamos separados, com ela trampando e morando em Brasília. É assim, quando a dor de cotovelo ataca, a gente usa drogas pesadas como esta do Daniel. Depois que fico bêbado viro o maior cuzão do mundo. E gosto. E foda-se.

Terra Nova. Chegamos junto com os donos, Heinz e Lola. Ajudamos a abrir o bar. Tão ambos sabendo do lance do CQC e querendo novidades.

Mesa. Dex ta na taça de vinho e eu na Serra Malte. Disse pra ela pegar uma garrafa inteira, mas ela não quis:

- Não vou beber tudo isso!

Hum. Como se eu não a conhecesse. O bar está ás moscas. Um blues rola ao fundo, Big Chico. E desce breja. Frango á passarinho. Vinho. Heinz vem sentar-se com a gente. Lola e Dex saem a cada dez minutos pra fumar na calçada. Chega Paulinho. Chega Marquinho. E vamos bebendo. Momentaneamente o pessoal do balcão sentou-se á mesa conosco. Pinga de maracujá. Jaboticabinha. Mais maracujá. Eu vou ficar doidão. Serra Malte. Dex ta na terceira taça de vinho. Porra, porque não pediu a garrafa, caralho!

Marquinho me convida a ver um espetáculo de Stand Up Comedy na sexta, no Hotel Renaissence. Beleza. To bem interessado no assunto.

Dex foi fumar mais uma vez e aproveitei pra pedir uma cachaça cuja dose é 35 reais: Anísio Santiago. Mas, creiam, vale. Eu é que raramente tenho coragem de investir tanta grana numa dose de bebida. Foda-se. To bebão e esta vai ser a saideira. Dex ta breaca. Fazendo careta. Quer se mandar. Simbora. Despeço-me de todos e dentro em pouco tamos em casa.

Acabo com o frango que tava na geladeira, sobra da ida ao Frango. Abro uma latinha de Itaipava. Dex quer um gole. Vou encontrá-la no meio da escada e ambos sentamos no chão e recomeçamos a bebedeira ali mesmo. O papo rola bem. Vou até a vitrola e coloco um vinil do Lupicinio Rodrigues. Puta que pariu.

"Ela Disse-me Assim
Ela disse-me assim
Tenha pena de mim, vá embora
Vais me prejudicar
Ele pode chegar, tá na hora.
E eu não tinha motivo nenhum
Para me recusar
Mas aos beijos caí em seus braços
E pedi para ficar.
Sabe o que se passou?
Ele nos encontrou, e agora?
Ela sofre somente porque
Foi fazer o que eu quis.
E o remorso está me torturando
Por ter feito a loucura que fiz
Por um simples prazer
Fui fazer meu amor infeliz"

Que é que eu posso dizer mais? Só posso chorar. A conversa nos degraus da escada segue a gente bebe mais. Agora eu coloco uma coletânea do Lulu Santos. Porra, grandes canções. Minha preferida é a primeira a tocar. E tb a última.

"Tudo com vc
Quero te conquistar
um pouco mais e mais a cada dia
satisfazer tua vontade também me sacia
vem me hipnotizar
no alto andar luar me acaricia
posso morrer de amor
que ninguém desconfia
eu quero tudo com você
que só sabe viver, sabe cantar
não vá para Nova Iorque, amor
não vá!
eu quero tudo com você, não vá.
Vem me hipnotizar
no alto andar luar me acaricia
posso morrer de amor
que ninguém desconfia.
Quero te conquistar
um pouco mais e mais a cada dia
satisfazer tua vontade também me sacia
foi mais profundo por você
fez chorar mais fez chover
pare de sonhar
não vá para Nova Iorque amor
não vá eu quero tudo com você não vá".

Sem condições de continuar operando. Fui.