quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Porra, com que roupa eu vou? Pirata, Genelvis?

Então. Que idade eu tenho mesmo? Porra, parece que foi anteontem que eu me fudi pra sair da cama. Foi mesmo. E to aqui, ás oito da manhã, sem força pra sair da cama de novo. Levanto, pego o jornal e cago. Cago, nçao, seu ogro, diz defeco. Ok, Cago e defeco! E volto pra cama.

Coloco o despertador pras dez e meia e fico ali, mal. Dez e quinze. Dez e meia. Dez pras onze. Vou pro chuveiro e nem sequer vou ligar o computador em casa hoje. O banho me salva um pouco. Desço. Arrasto a mala com coisas usadas nas fotos pra cima. Ainda bem que tive o cuidado de pendurar a roupa de Genelvis na lavanderia. Bora. Quinze pra meio dia. To na rua. Cavalo me liga e diz que tem meia duzia de novos cds que a galera da MNF de Curitiba mandou pra gente em primeira mão.

- Caraio, Cavalo. Tô atrasadaço. Mais tarde eu passo ai e pego o meu. Parabéns pra nós.

Porra, preciso acompanhar os depoimentos do "Vc não vale nada mais eu gosto de vc". Inda bem que o transito não tá estas coisas. Olha o Paulinho cantando. Paulinho da Viola, sim senhor, cantando como um anjo:

"Solidão é lava que cobre tudo
Amargura em minha boca
Sorri seus dentes de chumbo
Solidão, palavra cavada no coração
Resignado e mudo no compasso da desilusão
Desilusão, desilusão,
Danço eu, dança voce na dança da solidão
Camélia ficou viúva
Joana se apaixonou
Maria tentou a morte por causa de seu amor
Meu pai sempre me dizia :
Meu filho tome cuidado,
Quando eu penso no futuro não esqueço meu passado
Desilusão, desilusão,
Danço eu, dança voce na dança da solidão
Quando chega a madrugada,
Meu pensamento vagueia
Corro os dedos na viola
Contemplando a lua cheia
Apesar de tudo existe uma fonte de água pura
Quem beber daquela água não terá mais amargura
Desilusão, desilusão,
Danço eu, dança voce na dança da solidão"

Dizer mais o quê?

SBT. Jotaeere já me ligou cobrando minha presença. Bora. Estúdio 3, com cenário do SS montado. No centro, uma tapadeira verde para recorte em Chroma. Uma poltroninha azul onde os depoentes vão dar o serviço. Primeiro a filha, que mandou a carta. O câmera man me confidencia que acompanhou o CQC e que eu deveria ter ganho. Obrigado, véio!

A filha, morena , 29 anos, tem florzinhas pintadas nas unhas bejes dos pés. Não posso evitar de olhar pra eles. Sou pedólatra e este par é muito bonito. Delicado.

Ela fala. Depois é o pai, monocórdico e quase mudo. Na sequencia a mãe, falando pelos cotovelos. E depois o netinho. Ok.

Volto pra minha sala. Corro pra dar uma cagada. Depois corro pra ingerir a feijoada nossa de toda quarta. Volto e escrevo o roteiro da reconstituição com base nos depoimentos. Mando pra produção que, ao que parece, tava apostando num belo atraso de minha parte. Chupa! Se dependesse do meu humor, nem sairia. Ressaca e sono em andamento. Depois, todo atrasado, começo a atualizar minhas internetices. Caraio, Dorival Caymi, meu "velócissimo" computador, trava várias vezes. Lei de quem? Eddy Murphy? Eddy Vader?

Vão pingando mais trampos. Socorro. Preciso atualizar estas porras. Olha só, Marcelo Tas declara que ano que vem por, conta das eleições e da Copa do Mundo, o CQC pode aproveitar alguns dos semi finalistas, sem concurso. Seria, como já disse em off no momento de minha eliminação, uma honra trabalhar no CQC. Não é porque perdi que vou detonar o programa. Deixa o tempo passar.

E que mais?

Mais porra nenhuma. Pesquiso uns sons dos Ramones pra gente discutir se faz cover ou não. A minha favorita é "Do you remember rock'n'roll radio?". Tem a letra de "Don't Be cruel", do Elvis, mais longa que eu esperava. Olhos uns possíveis covers do Roberto Carlos e apenas "Eu sou terrível", já bastante coverizada, me atrai. Hum! Área!

A caminho de casa sugiro pro Cavalo (que ta no Banas) "Cantando no banheiro" (é este o nome?) do Eduardo Dusek. Falo dos Ramones, do Roberto, quem sabe um Camisa e ou Ultraje. Banas já havia lançado, mas só agora me liguei que dá pra emendar "Surfista Calhorda" (Replicantes) no fim de "Esta mulher só quer viver na balada" (ela não surfa nada, eh, eh,eh). Olha ai, a coisa tomando forma. Naturalmente! E chega de papo. Home.

Dex fez jantar: arroz, brócolis cozidos e uma maminha no forno. Good! Jantamos juntos. Depois subimos pra zapear um pouco e a única coisa interessante é o Náutico metendo um a zero nos bambis nos Aflitos. Desisto desta merda de televisão e começo a montar a mala de figurino pros shows do fim de semana. É uma mala bem complicada. E cheia. Sexta, em Curitiba, pelo que sei vai ser um lance mais curto, com umas coisinhas nossas, outras do Raul e uma jam. Porra, com que roupa eu vou? Pirata, Genelvis? No sábado é uma espécie de pré estréia do novo show na nossa querida Ponta Grossa, mas é provável que seja ainda um híbrido do anterior com músicas novas e abertura de Genelvis. E domingo é outro mistério.

Então, estou levando as roupas normais pra turnê anterior, inclusive duas batinas, dois sets de pirata e tal. Ainda tem o visual de mago do Raul. E tem a roupa do Genelvis. Só isso já lota minha pobre mala que ta com os bofes pra fora. Ou pra dentro. Fecho tb a mala pessoal e com isso tudo perco mais de uma hora. Foda.

Banho. Banho? Dex, estranha! Banho, sim! E cama, lendo Pornopopéia, que finalmente passa da página 200. Caraio, o Zeca, personagem principal, deu no pé e surgiu numa casa de praia, sem contato com o mundo que parece estar em sua bota. Este cara é um demente. Sou fã dele. Dex vem deitar. Quer que eu apage a luz. Só mais umas páginas. Ta frio. Ela esfrega os pés nos meus. Boa noite, gente, desta vez sem chapação e ressaca. Mas amanhã é outro dia!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Bortolotto joga o conteúdo do seu copo na cara de um tipo que tá na frente do palco e é possivel sentir certa animosiodade por parte do crooner. Nossa

Sete e meia. Jornal e merda. Hum. A coisa tá enrolada com a presença do ex-presidente de Honduras na nossa embaixada. Pau no cu dele. Jornalzinho sem muita coisa, sabe. Nem o Tutty Vasques ta interessante.

Edno liberado pra jogar pelo timão. Rio com boas chances de sediar a olimpíada de 2016, apesar do Barack Obama estar pesando pra sede ser nos EUA.
E mais merda nenhuma.

Internetices. Daqui a pouco, pegar a roupa das fotos e levar as outras coisas que separei, claro. Depois SBT, reunião com Magrão, obras pra roteirizar e pelas 21h, fotos em Santana. Preciso beber algo! Mas pode ser mais tarde! Bem que algo poderia ocorrer de surpreendentemente legal neste dia, né? Foda-se!

Uma olhada na agenda antes de sair me lembra que é niver do Bortolotto. Porra, grande amigo. Queria beber uma com ele hoje. Quem sabe uma escapada até o Aurora após as fotos!
Going to SBT? No, primeiro a roupa de Genelvis. Chego na loja e tá rudo pronto. A costureira enxertou espuma no turbante e ele ganhou volume. O resto tá ok. Grazie, Maria. Bora pro SBT.
Entro com a reunião de pauta em andamento. Magrão pergunta se eu tô pensando que estou no CQC por ter chegado atrasado.

- Não. Tô no Domingo Legal e com orgulho!

Frase de efeito bastante discutível sob a luz da verdade, mas aplaudidissima pela galera. E assim recupero meu prestígio sbtño. Reunião seguindo. Terminou.

Entro na sala da redação e Ed com cara de "Madalena arrependida" pede desculpas da mancada de domingo. Porra, eu gosto do Ed pra caraio, mas ele precisa ter mais controle sobre estas chapações dele. A coisa não pode afetar o trampo, porra, senão põe em risco um código secreto de honra que permite aos bêbados desempenharem funções socialmente produtivas. Ele diz que tá envergonhado e tal e sou direto como ele precisa que eu seja.

- Seguinte, se acontecer de novo e sem justificativa plausível será a última, ok?

Meio sem graça ele diz ok. E vamos seguir trampando. Chega deste papo. Gosto do trabalho do cara, gosto do cara e ele só precisa aprender a chapar em dias que pode e vir trabalhar de qualquer forma no dia seguinte.

Mal me sento, Magrão me chama pruma reunião sobre o novo quadro "Vc não vale nada mas eu gosto de vc". Vai precisar de um roteiro de reconstituição. E é comigo. Reunião terminada. Almoço. Salada e filé de frango.

De volta. A tarde passa lenta. Me dá cinco minutos e começo a alardear pseudo plataformas de um governo de bebado pelo Twitter, incluindo Bolsa Balada, cadeia pra quem ouve forró e pagode e outras demencias. Na verdade, tudo é pra chamar a atenção sobre o lançamento do "Ninguém Beija como as Lésbicas" que amanhã já estará á disposição na internet. E dá certo, pois rola o maior buxixo, com a galera fazendo comentários e anexando idéias aos meus projetos de governo embriagados. Cool.

Transito danado e chuva lá fora. Enrolo, enrolo e vou embora pro estúdio do Rafael fazer as fotos, lá na Conselheiro Moreira de Barros. Acabo me atrasando com papos com o Gê, tio da Dex e sonoplasta aqui no sbt e depois com o Ênio do Café com Bobagem, numa conversa sobre Stand Up Comedy, que ele tá fazendo e sugere que eu faça. Quando me dou conta já passa de oito da noite. Tava pensando em chegar mais cedo e jantar, mas não sei se vai dar tempo.

Marginal semi morosa entre a ponte do Piqueri e da Casa Verde. Engº Caetano Alvares. Porra, já é a terceira vez que repito o Bolero de Ravel no I-pod e agora já tô até regendo, conduzindo uma espécie de air batuta. Que puta música! Gostaria de reger uma orquestra com esta música, um dia. Seria porrivel?

Chego no endereço das fotos e a numeração tá errada. Não é 94, casa 4 e sim 95, casa 4. Rafael sai pra me receber mesmo antes que eu toque, com uma cobrinha filhote enrolada na mão. Eu não curto cobra. Sai pra lá, véio!

Chega Cavalo. Chegam Simon e Lu. Aviso Tuca, Banas e Juju que o endereço tá errado. Simon avisa Roy. Eu e Cavalo vamos até o Supermercado Pastorinho, em cujo primeiro andar há um restaurante caseiro supimpa. Dois Alcatras a Cavalo saindo. Vou de cerveja. Cavalo de coca! Seguimos conversando sobre o set, sobre o cover do Elvis. Marcelo Mickey Hourke chega. Isso quer dizer que Juju já tá lá no estúdio. Uma breja pro Marcelão. Jantar terminado e brejas tb. Bebi mais duas.

Lu telefona pedindo que levemos pães e coca cola de dois litros. Junto a isso uma garrafa de 1 litro de Waschteiner e mais duas alemãs interessantes. Mickey Rourke pega uns tira gostos. Bora pra lá!

Pandemonio. Rafael tem uns pássaros que ficam repetindo assobios e fazem uma algazarra do caraio. Tem uns hamsters, tb. E duas cobrinhas, filhotes. E toda esta galera da banda falando pelo cotovelos. Juju tem bem uns quatro ou cinco figurinos pra trocar. Eu tenho o do Genelvis e do Velho. E os outros tem este visual de croupier de cassino. Várias sessões de fotos em andamento. Dex chegou. Fumaça comendo na sala. Breja em toda parte. E os pássaros fazendo um puta barulho. Zona!

Juju vai trocando o figurino. Fotos individuais e grupais. Mais troca de figurino da Ju. Mais breja. Agora é minha vez de colocar a cartola e peruca e barba de velho e tirar foto de velho safado
Quase uma da matina e terminou. Banas diz que segunda feira deve tentar um contato com a produção do shows do ACDC. Ele e Cavalo ficam escolhendo as melhores fotos. Eu e Dex subimos pra rua num dilema: quero muito dar um abraço no Marião que tá tocando no Aurora. Ela tá na maresia e quer ir pra casa. Como veio de carona pra cá, eu teria que deixa-la em casa. Mas estamos no meio do caminho pro Aurora. Democraticamente eu decido que ambos vamos ver o Saco de Ratos na 13 de maio.

A caminho. Levamos 12 minutos de Santana até o Bixiga. Já na entrada vou cruzando amigos como Linguinha, Ademir, Pierre, Flavinho. Angelo Ravazzi, Arthur e a trupe da Massa Real tão na área. Carcarah. Danny Mel. Cassiano. E um monte de gente conhecida. Dex tá doidoda. Duas heinekens. Som rolando no palco com o time titular do Saco de Ratos. Marião tá de rayban e tá chapadaço. É notável. É aniversário dele, porra, tá mais que no direito de chapar.

Brum, Watanabe, Pagotto e Rick Vecchione, arregaçando como sempre.

Dex tá comigo perto do palco. Bortolotto joga o conteúdo do seu copo na cara de um tipo que tá na frente do palco e é possivel sentir certa animosiodade por parte do crooner. Nossa, deu um chute na cara do cara! Caraio, Marião, não era pra tanto. Conheço o cara, é um carioca que sempre aparece nos shows das VV. Enche um pouco quando chapa, mas nada de mais. Paulo César Pereio tá na área.

Mais brejas descendo. Dex sai pra fumar a primeira vez e eu vou junto. De volta. Mais brejas. Marião e Brum me chamam ao palco. Fazemos uma versão completamente Marvin Gaye de "Esse seu buraquinho". Coolíssima! Marião puxa Buceta. Muito legal tb. Bom tocar com os amigos. Desço e bebo mais uma.

Dex sumiu pro banheiro. Angelo me pede que espere o fim do show pra gente trocar umas idéias com o Bortolotto. Vai ser dificil, pois ele tá doidão. E tem mais, esta jam não tem muita hora pra terminar. Quando tá quase batendo três da amanhã a parada acaba. Eu, Angelo e Bortolotto ficamos de acordo em gravar o programa, questão só de acertar datas. Zé Paulo, o santista proprietário, tá na área. Proponho que façamos o Clube dos Cornos aqui, ás quartas e ele parece curtir. Ficamos de falar amanhã á tarde sobre isso. Com tanto alcool na cabeça, não é hora de fechar negócios. Bora. Dex tá na lara e quer comer sanduba no Estadão. A caminho. Poderia muito bem pedir uma bela feijuca da madruga, mas vou de sanduiche de pernil, com direito a pururuca. Caraio, que versinho bonitinho. Quase um Hai-Kai:

"Poderia ir de feijuca da madruga,
mas vou de sanduiche de pernil,
com direito a pururuca"

Dex quer por que "quer" X-salada. Tá. Peço uma Brahma Long Neck. Outra. Dex deu cabo do sanduba dela e quer mais. Viva a larica! Rachamos um churasco salada. Meu pernil se foi faz tempo. Simbora, agora? Sim.

Cidade fria a vazia. Aconchego do lar. Quatro da manhã. Vai ser uma quarta feira bem complicada a de amanhã.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Além de echarpes, tecidos, enfeites pequenos, máscaras, tem umas coisas inacreditáveis até pra mim que só gosto de Corinthians, buceta e cerveja.

Dez da manhã e com sono. Jornal. Foda-se o jornal. Merda.

Dex em pé. Vamos pra 25 de março correr atrás de alguns adereços pro Genelvis. Mas tem o sofá que os caras ficaram de entregar agora. Não, eles teriam que ligar antes. 25 de março, here we come! Come? Come, sim! Cumé que num come?

Carro deixado ao lado do metrô Jd. São Paulo. Tem uma tiazinha meio andrógina tomando conta dos carros, mas ta lá longe e nem sequer acena pra gente. Vai ter dificuldade de ganhar uns trocados quando voltarmos. Metrô a 2,55 reais. Duas pra ir, duas pra voltar. Descemos pra estação, eu e Dex, e antes do trem encostar liga o Rafael da portaria do condomínio dizendo que o sofá chegou. Dex me olha com cara de "e agora?". Mandamos deixar o sofá na garagem. Não vamos voltar pra lá só pra receber esta porra. Dex queria que voltassem pra entregar no fim da tarde, mas não rola. O sofá vai ficar na garagem e depois eu e Dex, quem sabe com a ajuda do zelador, colocamos a bagaça na sala. Com minhas costas ainda fudidas, num sei não!

Estações passando. São Paulo véia de guerra lá fora. Underground. São Bento. Temos que sair pela Ladeira Porto Geral. Mal entro na escada rolante e um figura do outro lado já manda:

- Porra, Paulão, torci por vc!

Dex não crê. Olho pra ela e rio. É assim! Mais pra cima encontramos dois tios velhinhos da Dex. Dona Erza, a que tem uma borsa e anda na carçada ta meio corcundinha, tadinha. Lá vai ela, mãos dadas com tio Luis, comprar um telefone novo, pois Luis arrebentou o antigo ontem. Eles ficam e a gente adianta o passo.

Ainda dentro do metrô surgem vitrines de lojas de fantasias com temas de Halloween, que se aproxima. Pronto. Tamo na guerra da Ladeira Porto Geral que dá acesso á 25 de março. É segunda feira e, segundo Dex, ta um verdadeiro shopping. Não gosto de muvuca. A gente entra numa e noutra loja. Preciso de uns óculos baratinhos em formato de rayban, mas em cores que combinem com as roupas do Genelvis: uma é azul e dourada, outra branca e prata e outra preta e vermelha. Pronto, achei alguns, 2,50 cada. Pego dois dourados, um azul e um prateado, tudo de plástico!

Que mais? O Elvis usava uns anéis exagerados, meio cigano. Vamos olhando as banquinhas da 25. Um aqui, parece uma bola de futebol. Não, este não, muito gay, Dex! Hum! Este sim! E aquele bracelete? Hum! Pode ser! Quem sabe um colar espalhafatoso com a letra inicial do cara, "G". Ok. Foi tb. Dex comprou um brinco pra ela. Que mais? Peruca e barba de velho prum papai Noel bebum na música do Velho? Não, antes Dex quer ver uma loja Indiana que falaram pra ela. Anda, anda, o nome é Katmandu! Velho, se vc curtiu a porra da novela da Globo e ta nesta onda de produtos indianos ou hindus, vc tem que conhecer esta porra desta loja. Além de echarpes, tecidos, enfeites pequenos, máscaras, tem umas coisas inacreditáveis até pra mim que só gosto de Corinthians, buceta e cerveja.

Já na entrada uns guardiões, uns samurais de pedra, quase da minha altura. Sete paus no varejo. Sete mil, eu disse! Metade no atacado! Uma carruagem sai por doze paus. Aquele móvel que parece ter sido usado pelo próprio Sidarta Gautama. Oito mil! Porra, citar o nome do Buda me lembra do papo que tivemos bêbados com Mara e Rick sábado, dando conta que o irmão dela e seu sócio, Wil e Walter, respectivamente, estão para ir novamente para a Ásia e são devotos de um cara que seria num novo Buda (?) cujo nome é, não vale rir, Sai Baba. Sai o quê? Sai Baba! Vi uma foto do cara e mais me lembrou Tião Macalé. Não entendo nada de Budismo, Saibabismo, sei lá. Sei que pelaquelas bandas os caras não comem carne de vaca e isso inviabilizaria muitos churrascos e, então, sou, contra.

Lembramos do papo, eu e Dex, e começamos a rir. Hare, Sai baba! A loja tem um clima que nos leva a estes assuntos. Uma cítara, aparentemente em condições de uso, 3 mil e quinhentos reais. Um espelho, seis mil. É tudo assim. Mas que é legal, é. Dex compra uma máscara de 35 reais. Ta bom!

De volta á 25, vamos pro Mercadão comer um sanduba de mortadela ou de volta pra ZN? Dex quer comer lá na nossa área. Maria, das fantasias, me liga e quer saber que horas passo pra prova semi-final da roupa. Duas da tarde ta bom!

Mais lojas de fantasia. Peruca de cabelos brancos pro velho, com barba e bigode. Porra, mas este visual é o que eu tava antes de cortar o cabelo! Sim, mas agora o visual inicial é de Elvis, sem excessos capilares. A peruca é de mulher, com coque, mas soltando fica uma coisa exageradamente branca. Meio de mago. O bigode e a barba tb são legais! Tenho um gorro de papai Noel e acho que com isso já posso fazer o bom velhinho bebão nas fotos, se for o caso. Que mais? Uma fantasia completa de papai Noel custa 60 reais. Hum! Depois eu penso nisso. Metrô. To agarrando a Dex e tem um casal me olhando. Pode ser que sim, pode ser que não, mas acho que tão comentando do CQC. Aposto. Tem uma matéria da Carol rolando na tv interna. Hoje tem final. As duas, Carol e Mônica, devem estar uma pilha extamente agora. Eu tb estaria. Mas isso não me pertence mais, é assim que se fala no Zorra Total?

Estação Jd. São Paulo. Missão 25 de março completa. Com êxito! Almoço? Deixamos pacotes no carro, que ta perto. Pego minha bolsa masculina. Hum, onde vamos comer? Ali, neste restaurante por quilo dentro deste novo mini-shopping. Carinho, né? 31 reais o quilo. Mas comida boa. Coca Zero pra mim, costela de porco com molho barbecue. Dex filé de frango com Suco de laranja. Barriga cheia, mão lavada, gripe suína que nada!

Pegamos o carro pra ir pra loja de fantasia que é bem perto, mas já no caminho de volta. A etéia que tomava (mas não tomava porra nenhuma) conta do carro se aproxima com cara de "me dá uma grana aí, ô!". Nenhum mísero sorriso. Ela se posta á frente da roda dianteira esquerda, impedindo minha manobra pra sair da vaga. Abro o vidro.

- Dá licença?

Ela resmunga algo e repito o pedido, num tom suficientemente explicativo de que não tem grana pra vagabundo nenhum. Eu odeio guardadores de carro! Especialmente os que não guardam nada e nem sequer fingem!

Loja de Fantasias. Maria, com a gentileza de sempre, me mostra a roupa branca e prata. Ta muito legal. O cinto com pedras vermelhas e a inscrição Velhas Virgens em branco sobre o cinto prata. Ótemo. O turbante é que ta meio zambeta. Peço que coloquem um elástico atrás e elas sugerem um enchimento para dar forma. Beleza. Experimento com a capa prateada. Uhu! Elvis is here, digo Genelvis is here. Experimento tb o azul e dourado. Este ainda precisa de mais detalhes. Pronto. Pego a roupa branca e prata amanhã pela manhã e uso nas fotos de 3ª á noite. As outras roupas pego até semana que vem. Tudo nos conformes. Vestido de Elvis, penso que deveríamos inserir algum clássico do rei no set pra aproveitar o clima. Hum! Vou sugerir isso pro Cavalo.

Casa. Primeiro luta pra por o sofá pra dentro. Paulão, o zelador, dá uma mão. Pronto.

Dex, bode. Eu, Internet. Pelas seis da tarde Dex acorda e eu termino minhas atualizações que, entre outras coisas, dão conta de que os seis "Friends" resolveram confirmar uma reunião que se tornará um longa metragem em 2011. Já disse, mas tenho que dizer de novo: sou "friendmaníaco". Ou era! As coisas mudam tanto, né?

Bode. Acordo e Dex fez uma torta de jantar. Hum! Não sei por que ela insiste com essas tortas. Ok, vamos comer. Volto pra Internet pra responder os orkuts, que esqueci. Banho. Conjunto. Uau! Quanta sacangem neste casal de meia idade? Hum! Até as dores nas costas melhoraram. Quarto. Nos dentro e vcs de fora, please. Um pouco de privacidade, caralho!

Mais TV. Dex quer ver o CQC e eu, sinceramente, não queria. Mas vejo. Caraio, o Andreoli fez várias matérias. Interessantíssima a matéria do Rafinha sobre bikes. Roteiro longo e bem amarrado. A do Rafael Cortez sobre pedofilia ta meio confusa, mas funny, too! Que mais? O Dario, Dadá Maravilha, admite que batia punheta antes e depois dos jogos. Pra ficar mais leve e parar no ar como beija flor! É o cara!

A final. Carol X Mônica! Tem uma galera de participantes que ficaram entre os 32, 34 escolhidos, na platéia.

Bem. Primeira matéria das duas meninas no ar. Pra mim a Carol foi melhor. Segunda matéria: Mônica apareceu mais, mas não foi superior a Carol. Vale o editado. E pelo editado, acho que a Carol foi melhor. Mas sigo achando que a Mônica vai ganhar! E, de fato, é isso que acontece. Parabéns pra ela com quem conversei muito na primeira participação dos 32, 34, no concurso. E ela me parecia crua, meio desligada, até inocente. E não é que ela ganhou. Disse préla usar a intuição. Nem sei se ela lembra. Sorte pra ela e simbora! Chega de falar no CQC. Chega! Porra!

Mando uma Colorado Indica pra baixo com auxilio luxuoso da Dex e vamos pra cama, ambos sem sono. Ela resolve procurar cravos nas minhas costas. Me dá umas mordidas na bunda. Mulher tarada, sô! E eu goschto! Simbora tentar dormir! Boa noite gente!

domingo, 27 de setembro de 2009

- Elas estão descontroladas! Quem? A bicharada!

Eu tenho quantos anos? Doze? Em cada membro, maybe! 22? Oh, caraio: eu tenho 44 anos e não tenho mais força pra beber até as quatro e levantar as sete. Puta que pariu. Que bode! Que domingo é este? O despertador tocou ás sete, mas só dei o jump ás sete meia. Nem li jornal, porra nenhuma. Merda, banho e pé na estrada.

Que vida de bebum é esta que eu levo, se não posso sequer dormir até tarde num domingo? Isso tem que mudar! Porra.

Sorte que tem pouca gente na rua neste horário e tá tudo livre. Tem uns filhas das putas duns domingueiros andando a vinte por hora.

- Sai da frente, filho da puta!

É neste clima que eu to hoje. Bebendo há três dias, praticamente sem curar o porre. Num dá! SBT. Acesso á parte de cima. Caminhada difícil para a produção. Sol na cabeça. Oito e vinte da manhã. Passam-se alguns minutos e Jorjão chega. Nadya e Dante estão de folga. Cadê o Ed? Alguém precisa de algo no palco, camarim, roteiro, sei lá. Vou eu! Jorjão tá atualizando umas coisas.

Camarim. Celso sendo maquiado, Dirlan de um lado, Magrão de outro. Cumprimento todos. Celso gentilíssimo como sempre. Magrão dá ok pra seqüência da piscina maluca. Volto pra nossa sala.
Jorjão me informa que uma amiga de Ed ligou do celular dele dizendo que ele ta passando mal, mas que ela ta dando um jeito e que ele deve vir. Não é a primeira vez que isso ocorre e se não houver justificatica plausível vou ter um atrito com o Ed. Quer ir pra balada? Ok. Venha trabalhar no dia seguinte. Eu já disse isso a ele, ainda esta semana. Venha ás três da tarde, venha em estado vegetativo, mas mostre a porra da cara! A lei dos bêbados é esta. Olha eu aqui, em estado lastimável, mas em pé e mandando ver.

O programa ta pra começar. Ta rolando a gravação dos merchas e Jorjão desce. Desço na seqüência. Há duas funções primordiais no domingo ao vivo: entrega de fichas e TPs no palco e supervisão de GCs lá em cima. Precisamos de mais uma pessoa para suprir qualquer emergência. Se o Ed não vier, ficaremos eu e Jorge sem lastro, sem poder ter uma caganeira, caralho! Ele ta lá em cima e eu embaixo!

O programa começa e a Record tá com Titanic desde as nove da matina. Tamos atrás no Ibope. Coisa de 9 pra eles e 5 a 6 pra nós. A Fórmula 1 ainda segura a emissora do Bispo, mas quando termina a corrida a Record assume a frente com seus 14 pontos, Globo com 10 e a gente entre 5 e 7. E assim acontece durante todo o dia. Não importa o que coloquemos no ar, estamos perdendo da Record. De vez em quando ligo no celular do Ed, sem resposta. Isso ta me emputecendo!
Latino, Perla, humoristas, gostosas na Piscina, Top da Internet, Construindo um sonho. Nada muda. Tamos com um limitador de audiência que não nos permite passar a Record neste dia de aniversário deles e de lançamento do tal de portal R-7.

Adorei dar umas olhadas na Mega Rampa que a Globo mostrou ao vivo direto do Sambódromo paulistano. Os skatistas litarelmente voando. Tb perderam da Record. Será que o CQC ta lá cobrindo? Que perguntas eu faria? Opa, isso não é mais da minha conta!

Cabou o Domingo Legal. Apesar da derrota, o clima ta legal e Celso ta sorridente. Nem toda hora tem pão quente, amigo. Tv tb é isso!

Pego minhas coisas e vou pra casa curtir o clássico com os Bambis. Dex ta pela rua, sei lá eu onde. Peço comida chinesa pelo telefone. Não, não é a Gong Li com shoyu. Gong Li é chinesa? É sim, o Google me diz. Mas não é ela que eu pedi.

Jogo começando. Timão se defende bem, mas não acerta um contra ataque. De Federico ta mostrando alguma habilidade, mas bem mais timidez. Opa, bola mal atrasada por André para Bosco, Ronaldo acompanha e mete pra rede. Que lambança que fizeram o beque e o goleiro.
- Elas estão descontroladas! Quem? A bicharada!

Um a zero noise! Mr. Haddad disse que seriam 3 a 0, mas ele não acerta placar faz tempo. Deus queira, oxalá seja assim. O primeiro tempo termina e to comendo a Gong Li, digo, a comida da terra da Gong Li. Começa o segundo tempo e os bambis cercam mais, mas não chegam. A gente, mesmo acertando poucos chutes, leva mais perigo. Washington entra e em impedimento empata a porra do jogo. Vai tomar no cu: o filho da puta é o Juiz!

Vai lá, vem cá, gol anulado nosso. Sacanagem. Richarlyson se rasga toda e desarma gol certo de Ronaldo. Jucilei tropeça na bola na hora de fazer o segundo. Caraio!E a porra termina em 1 a 1, pra alegria da porcada que vai abrir 5 pontos dos bambis e um monte da gente. E foda-se este campeonato de merda. Vamos cuidar da Libertadores. Nossa defesa esteve muito bem e segurou o ataque dos caras, especialmente a merda da bola parada deles. O gol do SP foi impedido. Poderíamos ter ganho. Eles reclamam de um penatli. Minha rola! Zap!

Mocinhas se pegando no canal pornô. Opa. Taratatá!

Vou dar um bode. Dex chega. Sigo apagado até uma nove. Dex me ataca na horizontal. Hum.
Pânico. Tamos vendo TV. Tamos os dois meio emburrados, meio incomodados com a vida, meio injuriados, meio putos mesmo! Ela pelo prolongado período de recolocação profissional e eu pelo doce sabor que o CQC deixou na minha boca e que, pelo menos por enquanto, ainda não me mostra novos horizontes.

- Vamos pro Mac? Desafia Dex!

Drive Through. To de pijama. Milk shake de chocolate, nuggets de frango, molho barbecue, sanduba, coca, batata frita. Ah, ah, ah! Comida. Co-mi-da! Vingança. Foda-se dieta. Foda-se gordura. Vamos engordar até explodir. Comida balanceada? Porra nenhuma! Super size me!
Tamos os dois sentados no sofá, vendo a merda da Tv de domingo á noite, sem sono, com a barriga cheiaça, como uma jibóia após ingerir um boi. Arroto. Friends? Yes! Dex tem as dez temporadas. Começamos a ver o erros de gravação. Ótimos. Somo ambos "friendsmaníacos". Vamos vendo os erros, rindo, peidando, cochilando.

Vou pra cama primeiro. Antes encho as garrafas d'água. Ela vem depois. Nada foi exatamente como queríamos, mas tb não tá tão ruim. E ainda estão rolando os dados. E temos um ao outro.

Isso sim, é muito!

sábado, 26 de setembro de 2009

Quatro da manhã e eu tô meio mareado de novo.

Quatro da tarde. Eu disse quatro? Quatro, porra! Caraio!

Saio da cama completamente bebum ainda. Banho. Preciso ir ao shopping ver os calçados pra roupa de Genelvis e dar uma passada na Feira da Música que fica bem ao lado do Center Norte. Dex tá fazendo um Miojo. Ainda tá meio mal da bebedeira de quinta feira e eu já to doidão da bebedeira do show de ontem. Ela tá uma ressaca atrasada. Bora.

Mal entro no shopping, passo a ser reconhecido pelo lance do CQC a ponto de tirar foto com dez, quinze pessoas. Caraio. Como um MacDonalds pra tentar rebater a demencia alcoolica de ontem.
E dá-lhe gente me dizendo que tava torcendo pra mim, que foi marmelada, estas coisas. Incrível.
Não encontro as botinhas nas cores azul, vermelha e branca que eu queria. Resolvo comprar tênis, então. Rodo, rodo e compro na C&A. Um branco com faixas prateadas, outro azul com faixas prateadas. Falta um par vermelho. Vou em outra loja e encontro um com logo da Ferrari, tipo sapatilha de piloto, vermelho escuro. Belo. Mas o 41 fica apertado, não tem 42 vermelho e acabo não comprando. Passo no empório que vende breja importada e compro algumas brejas de microcervejaria, tipo Dado Beer, Eik Bier, Colorado. Vou levar pra casa do Rick onde vamos jantar mais tarde. Coloco tudo no carro e vou a pé até Feira da Música. Aí é que a galera me reconhece pra valer. Primeiro na rua, ao cruzar as pessoas. Depois dentro da feira. Sempre me reconhecem em eventos musicais, notadamente os de rock, mas desta vez tá demais. Não dou dois passos sem tirar uma foto e receber um cumprimento.

Opa, olha o estande da Bends, que me fornece gaitas. Mais fotos, mais cumprimentos. Melk Rocha me fala das aulas via internet que ele tem dado no site da empresa, com mais de dois mil acessos ou alunos. Não entendo direito. Encontro a Kaká do Clash TV. Encontro Rufyno do Tutti Frutti. Saio rodando mais pela feira. Ainda bem que não bebi nada. Caralho, quanta mulher bonita nos estandes. Belos instrumentos. To mal de ressaca.

Chega. Penso em comer um churrasquinho de rua. Cheiroso! Não! Uma água com gás. Volto pro carro e vou pra casa. Pego Dex e vamos pro Rick.

Vcs devem saber que o Rick é meu amigo mais antigo, desde os tempos de ginásio. O primeiro batera das VV. Ele é casado com a Mara, seu segundo casamento. Ele tem dois filhos deste segundo casamento, o Rodrigo, 4 anos, e a Lorena, que não sei direito a idade, mas suponho uns 8 ou 9. O Rick, que é dois dias mais velho que eu, tem tb uma filha do primeiro casamento, a Paulinha que tá pelos 16, 17 e namorando.

Bom de fazer filho, meu amigo, nénão?

A gente chega e me surpreendo com a simpatia do Rodrigo. Acho que nunca tinha tido chance de conviver com ele tanto tempo. O moleque fala pra caralho, sujeito conversador. Muito simpático, mesmo!

A Lorena é a gracinha de sempre. Rick tá aprendendo a tocar guitarra. Ele liga a Epiphone branca dele, pego o violão e sai uma jam meio doidona. Rodrigão participa com sua guitarra que toca sozinha.

E vai a noite, bebendo, conversando, bebendo. Bebendo. E bebendo! Mara fez uma lasanha e uma carne de panela deliciosos. Mara tá no vinho. Dex, Eu e Rick vamos nas brejas. Rodrigo apagou. Lorena tb.

Quatro da manhã e eu tô meio mareado de novo. Caraio, amanhã tenho que levantar ás sete para estar até oito e meia no Domingo Legal que , como vcs sabem, é ao vivo. Sim, tenho que trabalhar neste domingo. Como os feirantes. Casa. Bode. Vida malvada!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Tô impraticável. Vou fingir de morto o dia todo. No work today!

Acordo pelas 10 e meia e ainda to doidão. Cago sem jornal. Banho. Internet. Mala de show pra Piracicaba hoje á noite. Pronta!

Semana que vem é aniversário de 20 anos da morte do grande poeta paranaense Paulo Leminski. Sou fanzaço dele. O conheci ainda vivo, pessoalmente, em 87, na Tv Cultura. Que mais neste jornal? A explosão de Sto André foi forte e matou dois. Ai os caras escrevem no Twitter que o ABC ta bombando! Porra, maldade!

Não dá pra prestar atenção em mais nada neste newspaper. Preciso ir pro SBT. Fazer o quê?
Bora pro SBT. Chego pelas duas da tarde. Tô impraticável. Vou fingir de morto o dia todo. No work today! Dia que passa. Lento!

Tá um transito gigantesco. Só consigo voltar sair do SBT pelas 20h30. Venho pela Lapa. Home. Daqui a pouco o pessoal me pega pro show em Piracicaba.

Jorjão e sua van azul bebê na área. Banas tá dentro. Tuca tá bebendo saquê. Eu ainda to mal. Gabaju.

Pegamos todos. Ju vai entrar em Jundai. Simon na esquina. Vou bodeado. Mal percebo a passagem do tempo e a entrada da Ju. Piracicaba.

O Bar é o Salve Jorge. À minha saída da Van uma galera vem me cumprimentar, sempre fazendo referencia ao CQC. Inside.

O camarim, se é que se pode chamar assim, fica atrás do bar e é muito mais um depósito sei lá de quê. Banheiro. Vou cagar! Hum!

Cervejas. Hi-Fi. Batida de abacaxi com vinho. Vou pirando. Eu e Cavalo falamos do set do novo show. Pra música "Onde o velho vai" sugiro que eu me vista de papai noel, um Sta. Klaus bebum. Vamos ver. Lily e o seu namorado "Rala côco" aparecem. Saudade da Lily.

Me troco sem alongar. Bora pro show. Ok. Palco pequeno. Casa lotada. Mesmo set de BH e dos últimos shows. Vou bebendo do Hi-Fi do Rico durante todo o show e termino(?) a apresentação doidão. E vou ficando cada vez mais. Van. São Paulo. Minha cama. Que sexta feira mais maluca, sô!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Num falei que ia ficar bêbado hoje?

O despertador tocou e nem ouvi. Quer dizer, deve ter tocado. Eu não ouvi. Pego o jornal lá embaixo, deixo a porta encostada pra Dona Rosa entrar. A faxineira, caralho! To lendo e cagando. Porcada, vitória de virada. O bicho ta pegando em Honduras e o presidente deitadão dentro da nossa embaixada. Rubinho ta indignado com o Nelsinho. É pra estar mesmo. Coitado do Nelsão! Inventaram um tal de alho negro, envelhecido, aromatizado, tá na capa do suplemento paladar. Hum!


Dex foi fazer as unhas. Vai se encontrar com minha cunhada Lena e vão fazer não sei o que no almoço. Almoçar, suponho. Banho.

Internet. Antes, camiseta da travessia de bêbados no peito.

Andrés Sanches foi pra Europa pra tentar contratar Ronaldinho Gaúcho pro ano que vem. A boite vai ficar mais animada. E que mais?

Mais tarde temos, eu e Dex, que nos encontrar no Memphis pro Stand Up do Rogério "Datena" Morgado. Parece que é uma festa de 3 anos de sucesso do show e vai ter convidados. Ou um ano? Cool. Ficarei bebum! E bora pegar as roupas de show que tão penduradas desde o fim de semana na lavanderia. E bora simbora pro SBT.

(NOTA: A metalinguagem das convenções tempo-espaço me permite dizer a vcs que, apesar de aí em cima estar escrito quinta feira, uma vez que escrevo este maledeto blog sempre no dia seguinte, na verdade, agora é sexta feira. E o porre que eu vou descrever na noite desta quinta, em verdade, já aconteceu e eu to de ressaca monstro agora. E sem nenhuma condição de escrever. Entenderam? Eu já to de ressaca do porre que ainda vou contar pra vcs que tomei no Memphis. Hum! Deixa pra lá!)

Saio de casa ouvindo meu I-pod. Ta rolando Cuelho de Alice e, na minha opinião, minha melhor criação musical até hoje: Samba Russo. Blá, blá, blá e tamos no SBT.

Almoço. Escondo frango e uma lingüiça recheada com queijo sob o alface pra só pagar os oito paus da salada. Hum! Esta ressaca de amanhã ta me matando. Terminei. Roteiro do WW para a demolição da casa de Limeira.

Os caras se propuseram a postar 10 mil recadinhos na comunidade orkutica do CQC pedindo a minha volta. Na hora em que dou uma checada já são quase 9 mil e oitocentos. Caraio, esta gente me quer mesmo no programa. Claro que isso não muda a cabeça de ninguém e nem eu quero ser incluído por uma medida de tapetão, ainda que popular. Mas que é do caraio ver tanta gente se movimentando por minha causa, isso é.

Tem uma outra pesquisa sobre que banda deve abrir pro AC/DC. Dr. Sin tava na frente até eu convocar os meus followers do Twitter e a coisa virou. Tamos em primeiro. Tb duvido que isso nos ponha no palco ao lado da família Young. Mas é bom sonhar. E não quero mais fazer porra nenhuma.

Opa, tenho que transformar o roteiro do WW em fichas. Pronto. Bora pro Memphis. Rogério Morgado e sua trupe estão de smoking por conta do aniversário de um ano do espetáculo, casa lotada. É um ano mesmo. Antes mesmo (quanto mesmo, merda!) de sentar já to com uma Itaipava na mão. Tequila Sunrise. Chopp. Dex ta comigo, nos encontramos na porta. Hi-Fi. Muita breja. O produtor do espetáculo nos alojou num "aquário" para convidados ao lado do palco. Geraldo Magela, o ceguinho engraçado, ta aqui como convidado tb. Luis Hygino, um dos oito finalistas do CQC, tb ta aqui. Ta tendo oportunidades na ESPN, onde trabalha, por conta do relativo sucesso no concurso. Olha que beleza.

Papo vai, chopp vem. Vou dar petê hoje. Marco Luque chegou. A gente fala sobre a ex-cantora da banda, Claudinha, que era amiga dele. A gente fala de um monte de coisas enquanto eu bebo chopp e ele smirnoff ice. Entrego pra ele o e-mail de uma fã do Rio que o ama e pediu que eu entregasse pra ele. E eu entrego. Ligo pra ela do bar e a coloco pra falar com ele. Num sei se ele gostou muito, mas achei legal realizar o sonho da fã. E espetáculo é bem engraçado, o Morgado e seus comparsas o são. Luque tb ta arrebanhando gargalhadas. Eu e Dex nos encontramos na saída do banheiro e arriscamos sentar numa outra mesa e comer uns badulaques. A gente não jantou, porra!

O espetáculo termina e todos somos chamados ao palco. Eu to bem breaco. Agora é a tietagem no Luque e nos caras e até em mim. Dex some e reaparece. A gente briga e eu não sei bem porque. Saímos do bar brigados. Dou-lhe uma grana trocada para pagar o estacionamento e fico tentando falar com ela ao telefone. Ela não atende. Ta bebaça, como eu!

Heim? To com fome. Dex me atende e diz que tá em Santana. Ela veio com o carro dela, sim!
Como um delicioso sanduba de pernil do Estadão. Coxinha. Casquinha salgadissima de pernil. Casa? Atrapalhadaço. Ligo, antes, no Terra. Há vida lá, ainda. Entro pra tomar uma. Tuca ta lá com Lisandra. Hum. Vagabundo.

To tão chapado que mal lembro de ter bebido a breja. Home. Cadê meu pijama? Hum. Apago solenemente. Num falei que ia ficar bêbado hoje?

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

- Ó, o Senhor CQC está falando comigo. Hum! Heim? Vai dar o cu, Senhor CQC.

Bom dia. Sem ressaca. Dex ta no chuveiro. Banho não é. Será que foi peidar e se cagou? Será que "desceu"? Hum!

Tenho reunião com o Ângelo sobre o programa, "aquele", comigo, hoje. Dex agora ta na cama e eu lendo o jornal no trono. Ela me disse que tava com dor no joelho e foi colocar sob a água quente. Pra mim foi peidar e se cagou!

O cowboy hondurenho tá dormindo em cima das cadeiras na embaixada brasileira. A porcada quer ganhar do Cruzeiro e ser líder mais isolada ainda. Kleber vai ser cobrado pela torcida do Cruzeiro por ter ido a festa dos porcos.

O mundo segue esta merda e foda-se.
Internetices.

E hoje tem feijoada. E eu to a fim de comer e beber e foda-se o regime. Bora pra reunião. Chuva e atraso. A produtora é numa travessa da Avenida Pompéia.

To de guarda-chuva tentando acessar a porta da casa, mas um dilúvio seguido de vendaval se abate sobre sampa. Me abrigo num canto, com umbrella e tudo, mas levo um banho. Ok. To entrando. A secretaria/recepcionista com pinta de lutadora de vale tudo me pergunta:

- Quer falar com os "minino"?

Quero. O local tem um ar de biblioteca esculhambada. O Ângelo ta ali. O Arthur acolá. Pedro surge. Tai a gang da Massa Real. Este nome da produtora parece banda de axé, nénão. Pensa bem: Ivete Sangalo e banda massa real! Mas os caras são bons, talentosos e confiáveis e isso em trampo pode ser tudo.

O papo é bom e divertido. Conto um pouco dos bastidores do CQC que não posso escrever aqui. O quê? Hum. Que a maioria dos integrantes ta puto com os horários imprevisíveis de gravação.

- Não, não conta isso Paulão!

Ta bom, então não conto!

Bem, a idéia da galera é fazer um programa para Tv a cabo (ótimo, pois agradar a gregos e baianos na tv aberta é foda prum cara que gosta de falar palavrões como eu). A proposta é um rolê pela cidade, pautado num entrevistado, conhecendo locais familiares a ele e/ou a mim, ou enventualmente, desconhecidos de ambos, tudo costurado com um bom papo embriagado. Tem mais, mas não vou abrir agora. Um programa com minha cara bêbada e boemia. Amei. Marquemos o piloto, gente. E fui!

- Confio em vc, Ângelo. Confie em mim!

Esta foi a última frase que troquei com o diretor. Ele é sério e competente, como toda a galera. Com eles, creio num projeto que passe das idéias e possa, realmente acontecer! Minha questão na vida não é fama e nem grana: é fazer o que gosto e ser feliz! E quer saber, naquele exato momento em que eu tava no Anhangabaú, no sábado, me espremendo para falar com o Serra e o Kassab, lá no fundo da minha caxola surgiu uma pergunta:

- Se vc ganhar esta porra vai passar o resto da vida pagando pau presses trastes destes políticos brasileiros, sabia?

Ok. E mesmo assim eu queria ganhar. Eu queria ganhar! Como lidar com isso, eu pensaria depois. Não to desvalorizando ou tentando justificar uma possível derrota. Com todo e qualquer problema que surgisse, eu queria ser o 8º pinto, digo, membro do CQC que é um programa que eu admiro. Mas não rolou, então, resta-me beber. Que belo consolo, nénão?

Vamos crer no andar do tempo e na providencia divina. Na esquina tem alguma coisa boa, suponho. Vou lá buscar! Eh, eh, eh! É metáfora! Meta, fora!

SBT, atrasado. Tem uma porra duma casa pra ser derrubada na sexta e tenho que escrever esta merda de roteiro. Merda! Merda! Empreiteira Legal de merda! Puta que pariu. Amo as pessoas do Domingo Legal, mas o trampo ta me dando no saco!

Feijoada deliciosa sendo ingerida. Como feito um boi e acho que minha saída durante a tarde será uma cesariana. Cavalo quer que eu escreva um release sobre o novo cd, novo show. Escrevo o roteiro da surpresa do WW. O Baraldi quer que eu responda umas coisas e mande fotos com definição sei lá o quê. Baraldi, sou tiozinho bebão e não sei que porra de DPI é esta merda.
Troco twitters com o Rogério Morgado e até por escrito ele imita o Datena bem pra caralho, me fazendo rir. Amanhã vou até o Memphis ver o Stand Up dele. E vou me embriagar. E como previa a Marina Lima, tudo terminou e vai virar só uma canção na minha guitarra. Ou uma caipirinha no meu copo. Pau no cu dos políticos e da política e da porra toda. Não sou do CQC e posso mandar todo mundo se foder de novo. Viva meus amigos, minha banda, minha família, o rock'n'roll, a feijoada, a punheta, a buceta, o Timão e pau no cu da virada esportiva e desta merda toda.

- Ó, o Senhor CQC está falando comigo. Hum! Heim? Vai dar o cu, Senhor CQC. O cu, o buraco do cu, vai dar o buraco do cu! Chupa minha rola.

I'm free to do what i want, any old time!
Caraio, quanta gente no orkut.

To com sede. A caminho de casa. Digo pra Dex que quero beber no Terra, mas ela diz que fez janta e então devo jantar antes. É meu erro. Arroz, feijão e uma linguicinha deliciosa. Peso. Preguiça. Tv.

Porcada perdendo. Eh!
Porcada empatando. Hum!
Porcada ganhando de virada. Bláh!

Vou dormir. Porponopéia antes. Agora sim!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Vou lutar pra suportar este dia!

As costas doem mais que o normal. Levanto, pego o jornal e vou pro banho, de-sa-ni-ma-do! Bárbara Paz comemora sua entrada na Globo, dizendo que lutou muito por isso. Ela fará uma alcoólatra anoréxica na nova novela, Viver a Vida. Conheci a Bárbara, amiga do Bortolotto. Grande atriz, pessoa gentil e engraçada. E claro que na época da casa dos artistas, me apaixonei por ela. Boa sorte!

Nelsinho Piquet, com o rabo entre as pernas, é absolvido pelo júri da F-1, enquanto o Briatore é banido. O italiano, quero que se foda, mas Nelsinho vai penar pra achar espaço novamente. No Timão, o drama do chocolate do Goiás parece que foi controlado. Hum! Temos clássico com a bambizada domingo. Quero ver! Possivelmente com Edno e De Federico.

Na primeira página, o tal de Zelaya, ex-presidente de Honduras, voltou ao país e se entrincheirou na embaixada brasileira. Que cagada!

E quer saber. Banho.

To sem forças pra encarar este dia, sinceramente. Dex vai ter que me dar carona até a Barra Funda, pois meu carro ficou no SBT. Atualizanets em andamento. Vou comer algo e tomar remédio. Daqui a pouco acordo Dex. A vida, o show tem que continuar!

Pessoal do Domingo Legal hiper gentil comigo, me aplaudindo quando entro na sala todo torto. Brigado, amigos. É por isso que amo o SBT. Aqui tem gente!

No twitter, no orkut, nos e-mails, corredores, torpedos, todo mundo me pegando no colo. Brigado de novo!

Almoço. Tenho direito a esta gordura de alcatra!

WW me mostra a casa que vai derrubar esta semana. Estas obras é que me torram o saco. Vou lutar pra suportar este dia! Dirlan me liga e reitera que torceu e que eu fui melhor. Sei lá, chefe! Brigado pela amizade!

Danilo Gentilli me mandou um torpedo. Abrax, mano. Brigado pelo apoio no Anhangabaú, quando quase desabei por causa das costas.
Beto Marden me cumprimenta.

To a fim de ver o Rogério Morgado no Memphis, na quinta!
E aeh?

Chega! Não to a fim de falar. Nem de escrever. Bora

Dex chamou Paulona, Rita e André pra beber em casa. Ótimo: to precisado de um porre. Viro todas as latas. Abro a cerveja que o Zé me deu pra comemorar a vitória. Sinto muito, Zé. Vai na derrota mesmo!

É uma Unibroue Blanche de Cambly canadense, uma ale de trigo que mais parece esperma divino. Que delícia. Paulona e André tb curtem. Pena que já era.

A cerveja em lata acaba. André e Paulona se foram. Rita foi antes. Passo a beber vinho com coca zero, bebida da molecada em Madri, que presenciei quando estive lá. To falando mole e doidão. Tomo meu remédio por cima da bebida. Xiii! Dex tb ta meio zureta. Dex vai dormir. Mesmo enebriado, recolho as coisas todas e coloco o que é de geladeira na geladeira e o que é de lixo no lixo e me coloco no sofá e apago.

No meio da noite, torto e dolorido, cama.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Fazer o quê: merdas cagadas não voltam ao cu!

Acordo ainda dolorido pelas 9h para tomar remédio. Como umas esfihas que tão na geladeira antes pra não fuder meu estômago. Volto pra cama e to ansioso. Num dá pra tentar dormir mais. Venho pra Internet antes mesmo de ler o jornal.

Atualizo o domingo e vou ler as bagaças. Em alguns sites diz que hoje é o dia do radialista, mas em outros diz que o dia mesmo é em novembro, aniversário do gênio e tb radialista Ary Barroso. Hoje é dia da Árvore e os cachorros e macacos agradecem. Amanhã é dia de andar sem carro. Terei que aderir, meu carro ta no SBT e vou ter que ir de busão.

Dex levanta e já corre meio dia. Ela desce pra armar algo pra gente comer com as sobras do domingo. Ótimo.

Ta tudo em dia, exceto minhas costas que seguem doendo com competência.

Almoço consumido, tenho dois compromissos e devido ás estas mesmas dores nas costas, contarei com Dex como motorista. Um, preciso pegar minhas malas na Gabaju, desfaze-las, pendurar, lavar, estas coisas. Dois, preciso passar na loja de fantasias e fazer uma primeira prova da roupa de Genelvis.

A chuva não ajuda nada nosso atracamento em frente da Gabaju. Cumprimento a todos, André me ajuda a descer a mala de figurino que é a mais pesada, notando minha tortura cervical. To parecendo uma lingüiça da sadia. Ok. Malas no porta-elas, vamos ver a fantasia.

A Maria, dona da loja, me recebe gentilmente e me apresenta a costureira. Elas fizeram uma espécie de "boneco" preu provar. O macacão Genelvico ta grudado com alfinetes, mas já tem formas, naipes, gola, clima. A costureira checa as medidas me perguntando se ta agradável, confortável. Ta. Ótimo. Obrigado. Ficamos com um compromisso de aprontar esta primeira, branca e prateada, para início de outubro, quando começam shows da nova turnê, mais ou menos.

Bora. Casa.

Dificuldade para descer as malas. Dex me ajuda. O vai e vem da lavanderia está mais doloroso por causa da avaria cervical. Subo as malas vazias. Me preparo para deitar e tentar, aí sim, repousar as costas e me concentrar na semi-final do CQC. Sinceramente, me sinto como se tivesse virado o fio. Não, não to desdenhando: quero esta vitória como nada neste mundo. Mas o esforço que fiz no fim de semana foi tão hercúleo que parece que nada do que acontecer hoje poderá superar a satisfação de ter conseguido gravar tanto e tão bem no sábado. Na boa, fiz a minha melhor matéria. Se perder, perderei pra alguém que fez ainda mais que eu. Mas tenho orgulho da minha, especialmente pelo auxílio do Danilo Gentilli, do produtor Salinas e do Pedro, câmera. Bode.

To aqui tentando dormir e Dex vem bolinar o velhote doente. Esfrega daqui, cutuca de lá e lá vamos nós. Uhu! Fazia tempo que eu não ficava por baixo! Agora é que eu durmo gostoso mesmo. Ela aproveita e vai pro banho. Bode forte.

Acordo pelas 18h. Como a Gi me orientou, posso levar cinco convidados. Na verdade vão seis: Paulona, Lisandra, Carlota, Rodragg, Paolo e minha Dex. Ta todo mundo esperto com o horário, pois chove em sampa. To pronto, após o banho e a aparada na barba. A camiseta do CQC, que eu não lavo desde a primeira usada, me espera pendurada na escada. Seguirá sujinha até o fim, seja o fim da minha participação ou seja minha vitória no fim, exatamente como faço com a camisa do Timão quando embala numa disputa de campeonato.

To pronto. Rodragg e Paolo chegam e vão pegar a prima Carlota. Eu pego Paulona e Lisandra. E simbora, com Dex dirigindo e, claro, reclamando da mordomia que consegui com este problema nas costas.

Ao contrário das outras vezes, não to ansioso. Pela primeira vez to indo confiante. Não é clima de já ganhou, não! É de dever cumprido.

Já após a ponte da Cidade Jardim começa a rolar no rádio um surpreendente Billy Squier, "Stroke me" e, mesmo dolorido, começo a chacoalhar a cabeça no banco da frente. Uhu! Rock'n'roll Damnation. Na seqüência emenda uma que tem tocado muito no meu I-Pod, "Heartache Tonight", Eagles.

Chego na Band num puta clima pra cima. A fila de pessoas que vão assistir ao programa se espreme sob a pequena cobertura da portaria da Band. Alguns me reconhecem, falam da banda, de breja, me cumprimentam a seu modo. Falo um oi pro segurança da Band que vira e mexe ta nos nossos shows. Olha a Mônica ali, com a família. Hi, people!

A produção pede que entremos e lá vamos, eu e ela, ambos de preto, a caminho do camarim. Antes um beijo de boa sorte da Dex.

Camarim ao lado da maquiagem. A produção aparece. Renata, Gi, uma outra mocinha que não decorei o nome, todas muito gentis. Chega Carol. Chega Rogério Morgado. Tom ta por aqui tb, ficou me esperando pra me dar um abraço antes de zarpar. Conversamos um pouco até que Tom se despede dizendo que torce por todos, mas que eu vou ganhar. Grazie, amigo!

Maquiagem. Eu e Carol primeiro. Ao meu lado está a apresentadora daquele programa de vídeos que antecede o CQC. Acho-a muito bonita e digo isso a ela. Não é xaveco, é só um elogio a uma moça bonita. Ela agradece simpática. Tem uma frase tatuada no pé dela: "sou luz". Uau!

De volta ao camarim. Vai Rogério se maquear. Depois vai Mônica cuidar dos cachinhos. Ta perto da hora. A gente sobe pro auditório. Desejos de boa sorte entre todos. À nossa entrada no estúdio a galera se agita. Muitas pessoas pedem fotos e vou atendendo. É bom sentir que a galera gosta de mim. Gosta de todos, mas sinto um carinho especial por mim. Já disse, o povo gosta de malucos! A gente encarna coisas que eles muitas vezes não tem coragem de ser ou fazer. Fotos, alguns autógrafos. Mais fotos, algumas de dupla com o Rogério.

- Bem que poderia ser a foto da final, heim? - comento na orelha dele. Ele sorri!

Sentados. Vira e mexe um de nós se levanta para tirar uma foto. Vou até Dex e minhas meninas e dou beijos. O carinho do povo me deu mais forças. To feliz. Realmente acho que ninguém aqui sai perdendo. A exposição e o prestígio do programa devem garantir algumas oportunidades a todos, imagino.

O programa ta atrasado. Os apresentadores mal têm tempo de cumprimentar o povo. Começou. Na abertura, apenas trechos da matéria do Rogério e da Carol.

Programa rolando.

Um bloco. Outro. Chegou a hora de Rogério e Carol verem quem segue pra final. Durante a matéria Carol vai se destacando. Pouco. Mas vai. E o inesperado, pra mim, acontece. Carol desclassifica Rogério. Não sei sobre o que foi gravado, mas pelo que foi no ar, apesar de meio apertado, o resultado é justo. Rogério, como é natural, ta decepcionado. Não derrubado. Triste.

No intervalo do programa dou-lhe um abraço reiterando que o acho um puta cara talentoso. Ele diz que sou eu o cara que vai pra final. Podem ser duas mulheres, retruco. Mas pensando bem, ponho fé na matéria que eu fiz. Posso realmente ser o outro finalista. Sabem o que minha intuição diz? Não serei eu!

O programa segue. Entra um vt e eu e Mônica vamos pro pau. Os momentos de coxia que antecedem a entrada são tensos. Penso nos meus pais. Caminho de um lado pro outro como antes dos shows, mas com dificuldade por causa das dores. Antes disso tudo, num outro intervalo, Marcelo Tas nos cumprimentou os dois. Todos, sem exceção, foram sempre muito gentis conosco. Coração entre a boca e o cu! Mônica vai primeiro. Eu atrás. Matéria rolando e a cada segundo a mesma sensação que tive na outra semifinal: pelo que está editado (que é o que vale) a Mônica está ligeiramente melhor. Hora do "vamo vê". Marcelo diz que o clima está tenso e eu completo dizendo que estamos com o "cu na mão". A galera ri. Rafinha Bastos solta mais uma piada com cu, alegando que eu abri o cu, digo, o espaço.

Lembro da correria e das dificuldades do fim de semana. Lembro que prometi um urro gutural, o maior da história da TV, em caso de vitória. Vai ficar pra outra vez! Dá Mônica.

Saio do palco triste, sem saber o que fazer. Cumprimento a todos, especialmente Mônica. Boa sorte pra ela. Abraço Gi que ta visivelmente emocionada. Ela chora e diz que ficou tocada com a situação em que quase perdi por WO. Eu a abraço e me emociono tb. O pessoal da técnica, produção, Marcelinho do canal pornô, todos me cumprimentam. O abraço mais importante é da Dex que vem me amparar na lateral do estúdio. Vou até o auditório abraçar Carlota, Lisandra e Paulona. A galera me aplaude atestando um carinho popular muito importante nesta hora. Aplaudo de volta e me resta sair dali.

Fico quieto, um pouco. De lado. Antes do final, desço pra pegar minhas coisas no camarim que ta trancado. Sento-me na cadeira em frente e aguardo que alguém da produção venha abrir. Tudo passa na minha mente. A Jornada do Herói. A prova final. E cadê o prêmio? Penso em estar na redação do domingo legal no dia seguinte e, sem desprezo ou prepotência, não consigo me ver lá novamente. Ai, ai, ai ! Preciso dar tempo ao tempo e não fazer bobagens, apesar de saber que ao final da jornada, o herói não pode mais voltar para o local de onde partiu, simplesmente por que foi modificado pela aventura e já não é mais o mesmo.

Porta aberta, jaqueta, bolsa. Subo a escada ao lado do estúdio que mais parece uma entrada de gramado. Muita gente pedindo fotos, alguns dizendo que foi marmelada. Não vou entrar nessa de mau perdedor. Boa sorte pra meninas. Que portas se abram á minha frente tb.

Saio amuado. Calado. O celular, no vibra call, parece um despertador, indicando dezenas de mensagens de amigos, fãs, torcedores.

Carlota, Rodragg e Paolo se vão em outro carro. Dex dirige o nosso. Vou respondendo como posso os torpedos. Algumas pessoas, indignadas, dizem que a votação entre as finalistas começou no site da Band antes que minha matéria fosse ao ar e estivesse definido quem seria o 2º (ª) finalista. Fazer o quê: merdas cagadas não voltam ao cu!

Deixamos Li, que tenta me consolar. Deixamos Paulona que tenta fazer o mesmo. A caminho de casa eu e Dex aventamos a possibilidade de comer um Mac, mas a loja ta fechada. Lembro Dex que agora já podemos beber a breja canadense que o Zé me deu pra comemorar a vitória que, definitivamente, não vem mais! Pelo menos, não no CQC!

Casa. Dex frita coxinhas. Preciso comer algo pra tomar o remédio das costas. Corto pedaços grandes de bacon e jogo no olho fervente, como fez a secretaria do personagem do Reinaldo Moraes á tarde, quando dei mais uma lida em Pornopopéia. Bacon frito: este será meu premio de consolação.

Coxinhas pra dentro, tb. Na Internet, meu twitter passou de sete mil. Há mais de 1800 e-mails no yahoo. Limpo, respondo e atualizo o que posso. Agradeço via twitter tudo que aprendi e vivi nestes dias CQCisticos. Dex insiste preu deitar.

3 da manhã e o dia da vitória que virou derrota termina. Minhas costas doem. Mas tenho orgulho de tudo que fiz e de onde cheguei. Pra onde vou agora, Deus e o tempo vão dizer!

domingo, 20 de setembro de 2009

- Vamos pra qual hospital, amor?

O carro estaciona e o motorista anuncia o fim da jornada. To deitado no banco, todo torto. Isso não vai acabar bem. Ao tentar me sentar, a fisgada é mortal e a dor me abraça com o peso de um lutador de sumô. Caio no banco. Carol se preocupa. Vou repetindo o movimento, só que mais lentamente. Consegui sentar. Saio do carro e a coisa ta feia. To arqueado e adernado pra direita. A produtora quer ajudar, mas mando o motorista leva-la que eu tomo conta de mim. E assim é. Beijos e obrigado, querida.

Entro no saguão do aeroporto como um robozinho antigo, esfregando os pés no chão a passadas curtíssimas. A volta é de Tam. Aproximo-me do check in slowly. Me apoio no balcão e entrego o papel da Internet. Identidade? Ok!

Sem bagagem? Só meus sonhos e as dores do mundo, né Hyldon.

Preciso cagar. Tento me encaminhar prum dos cantos do saguão, mas a dor é demais e no meio do processo me sento. E ali fico. A dor vai diminuindo a conta gotas. Caraio! Uma mãe ainda jovem e uma filha muito bela sentam-se ao meu lado. Um irmão de boné metido a NX Zero vem pegar algo e um pai tb em forma faz o mesmo com a mãe. Eles estão pegando documentos para fazer o check in pra elas. Ok. Parece que conseguiram. O pai convida o resto do pessoal a sentar do outro lado, onde há 4 cadeiras vagas próximas. E eu fico só. A dor ainda ta aqui. Mas a merda bate na porta e resolvo me mover. Vou até a ponta do aeroporto e a porra do banheiro não é aqui. Volto, sentido centro. A cada passo a fisgada aumenta. Sou um velho peixe fora d'água, tentando me debater até um curso de rio. No meio da travessia os olhares de um funcionário da Gol cruzam com o meu e, sei lá por que cargas d'água, ele me cumprimenta. E o cara é anão. Não to delirando não! Eu pergunto do banheiro e ele, simpaticamente, aponta atrás de mim. To salvo. Devo esta a Branca de Neve. Brincadeirinha, mano!

Entro, acho um box trancável e me deixo assentar com dificuldade. Opa. Me ajeitei.

- Fora de mim, merda!

Terminei. Assepssia, hum, pronto. Lavando as mãos. Voltando pra frente do portão de embarque. Entro direto, mesmo antes do horário marcado. Perco a vergonha e me aproximo da mocinha da TAM.

- Preciso de uma cadeira de rodas. Tô com muita dor nas costas e ta difícil caminhar!

Ela assente com a cabeça. Sento-me por perto. Antes bebo um gole d'água com gosto de cloro no bebedouro. São 10h15 da matina. O vôo sai ás 11h e chega em sampa 13h30. Fico ali, observando como as mulheres são belas no aeroporto. Todas de sandália mostrando os dedinhos, ou sapatos chiques fechados. As calças, mesmo os jeans, são agarrados e novos. Algumas delas são muito belas de rosto tb. Homens vem sempre largados, barrigas proeminentes. Mas as mulheres, mesmo as mais balzacas e até as da "melhor" idade, vem ajeitadas. A não ser as mães. A beleza delas é diferente. Olha aquela ali, de tênis, camisa social e um figurinha no colo que não tem um ano de idade. Ele ta de touca azul e dorme largado nos braços da mãe. Se não estivesse de touca azul ainda sim eu saberia que é homem pela pose: uma perna pra cada lado, um braço meio na cabeça, o outro largado. Bem ao lado, um outro bebê está ajeitadinho no colo da mãe. Uma mocinha, claro!

Olha só aquela mocinha, maiorzinha, comprando café no pão de queijo. Está com um tamanco alto e sexy. Cabelos louros farmácia, mas a juventude faz de seu rosto um país de beleza natural turisticamente sedutor. E aquela outra "mocinha" de seus quarenta, andando elegante com seu tailleur e salto agulha. As mulheres iluminam nossa vida. Uau!

Embarque. Uma velhinha, bela ao seu modo, foi com a primeira cadeira de rodas. Mesmo com dores e dificuldade, fico sem graça de assumir a segunda, á disposição ao lado. A miss Tam parece ter esquecido de mim e lá vou eu a passo de tiozinho a caminho do embarque. Beleza. To na segunda fileira. Vôo recheado. Roberta Miranda tava na fila. Paulo Vilhena esconde-se sob um Ray ban, com um corte de cabelo meio "arnaldoantunesco" no primeiro banco. O cara do teste de fidelidade e astro pornô Marcos Oliver tb ta na área. E tem eu, o 11º CQC.

Ao meu lado duas mulheres, ambas mais velhas que eu, conversam animadamente. Pego os fones da aeromoça e passo a curtir os 13 canais de áudio á disposição. Tem também uma revista de bordo com Hebe na capa e matérias sobre SS e sobre, adivinhem, o CQC. Aliás, estas poses do Marco Luque fazem parte de um ensaio que eu presenciei ao vivo no estúdio ao lado do CQC, na primeira eliminatória. Uma onda meio Kill Bill esculhambado, ao estilo dele. Na tv Tam o repórter mostra os bastidores do programa. O clima no camarim. Curiosamente, hoje estão todos os sete, exatamente por causa da eliminatória do concurso. Marcelo Tas, o capo, deixa clara sua participação em algumas decisões da direção do programa. Claro, ele é o ancora. Interessante estas reportagens estarem á minha volta justamente neste momento. Lembro que numa das outras travessias aéreas deste final de semana vi aquele seriado do multi show (Mothern) e não é que reconheci o Rafinha Bastos fazendo o pai de uma das crianças. Minha amiga Fernanda D'Umbra faz parte do elenco tb. CQC is all aroud me! Deep in my dreams, hope in my future too!

Sanduichinho misto bom. Suco de laranja. Mais revista. Esta Brasil é bem legal. Tem umas piadas, causos do Rolando Boldrin, matérias interessantes. E nesta onda, com Paulo Vilhena esticando suas pernas por cima das revistas á sua frente o vôo vai. E chega. E lá vamonois. Passo de formiga. O saguão das esteiras não tem fim. Saio. Procuro Dex. Acho. Carro. Beijos saudosos.

- Vamos pra qual hospital, amor?

Ela achou um na Voluntários da Pátria, o mesmo em que operei meu tendão de Aquiles e que agora mudou de nome: Hospital São Paulo. Há um pronto socorro ortopédico. Vazio. Sou o primeiro candidato, digo, paciente. Ficha feita, lá vou eu pra sala do dr. explicar a dor, como ocorreu, minha rotina corrida neste fim de semana, mostrar o remédio que to tomando. Ele observa rapidamente a caixa dos comprimidos e diz pra continuar tomando, mas de 8 em 8 horas. Repouso. Terapia com gelo. Massagem depois. E um soro com corticóides, exatamente igual ao que tomei em Campo Grande e que não adiantou porra nenhuma. Nada tem adiantado. Nem para curar a dor e nem para segurar este trator chamado Eu! Yeah!

To na espera para tomar o coquetel intravenoso. O Todo Poderoso é o filme da Tv, na Globo. Soro. Peço pra enfermeira pegar leve com o furo, senão a tinta da tatoo vaza. Ela ri. Ela está de meia branca, transparente, e tem uma tatoo no peito do pé. O soro vai lento. Tento dormir. Não rola.

Ligo pro Brum e cumprimento-o pelo seu aniversário, aproveitando para informa-lo de minha maratona em sua terra. Ligo pro Dan no SBT e descubro que estamos ganhando bem da Record, todo o tempo. E que ta tudo sob controle. E neste corversê, se foi o soro e to de volta ao carro. Dex quer almoçar. Vamos num restaurante meio rústico que fica dentro de uma garagem ali mesmo numa travessa da Brás Leme. Fila de espera que se desfaz assim que eu volto do banheiro. Dex pede um macarrão de molho vermelho com carne e berinjela. Eu peço um espeto á brasileira. Com arroz, fritas e farofa. E carne, claro! Antes, oito bruscchetas, quatro de alho e quatro com gorgonzola. H2OH de maracujá pra mim e jugo de naranja para la señora.
Comemos o espeto com arroz, fritas e carne (hum!) e mandamos embrulhar o macarrão. Puta gulodice do caraio pedir dois pratos. Bora pra casa.

To mortão. Pego o jornal e descubro que o Timão só encara o Goiás com volta de Ronaldo no Pacaembu ás 18h30. Cama. Apago feio. Acordo por volta de 20h00 e corro pra Internet pra saber do jogo. Dex me adianta que Fabinho ligou e que tava 2 X 0 pros inimigos. Caraio. Que pesadelo é este?

Ligo o computer. 3 X 0 para os verdes do centro-oeste. Meu Deus, que desastre pra quem queria ganhar e se aproximar dos líderes. Vou ser sincero, não faço questão de ganhar o brasileiro. Só não quero que dê bambi ou porco. Não gosto do Inter tão pouco. O Timão faz um, mas na seqüência o Goiás aumenta. E é 4 a 1 o final da bagaça. Entro correndo no twitter e antes de mandar notícias minhas e das VV, cuido em acalmar o coração dos corinthianos. Me solidarizando com a perplexidade em relação ao resultado e lembrando que já estivemos na segundona e superamos, que já ganhamos dois títulos este ano, força Corinthianada. Um tiro só, nem mesmo quatro tiros, vão nos derrubar.

Engatilho minhas atualizações, antes notando que o Twitter passou de 5 mil seguidores. Sejam bem vindos.

Vou nessa, a contragosto da Dex que quer atenção, até ás 23h, quando desço, encaro o macarrão e tomo meu remédio. As costas seguem doendo e eu tortinho pra direita como o DEM, o que parece incomodar a Dex. Paciência se ela acha que é "h".

Termino a atualização até sábado. To caindo de sono. Antes de entrar no quarto onde Dex já está de velha e linda, ajoelho-me á porta, rezo e agradeço por ter conseguido vencer. Se não a disputa do CQC, ainda, vencer a mim mesmo e minhas dificuldades. Amanhã sei se continuo ou não. Mas a vida, esta sempre continua até terminar de vez. Mas não agora. Ainda não.

sábado, 19 de setembro de 2009

Lá vem Dex. Me abraça ainda sentado e choro ainda mais nos ombros dela. Sorry, mas não posso resistir. Acho que fudeu!

Acordo em algum lugar entre São Paulo e Campo Grande, muitos mil metros acima de ambas as cidades. Pelo menos sentado a dor aliviou.

Meio em transe, pelos remédios, pela bebedeira e o pouco tempo pra dormir, cheguei.

Ao levantar noto que a dor diminuiu e fico mais esperançoso. O vôo é internacional e veio da Bolívia. Desembarcamos na ala internacional. Pego uma fila descabida para a alfadega. Reclamo que to vindo de Campo Grande, não da Bolívia. A moça me manda passar sob uma daquelas divisórias de elástico, esqueço da situação e ao fazer este movimento sinto uma forte fisgada que quase me faz desabar no chão. A partir de então ando com muita dificuldade, a ponto de solicitar de um funcionário uma cadeira de rodas. To vendo o sonho de ser o 8º CQC ir pro buraco e tá me dando vontade de chorar.

Ligo pra Dex que ta me esperando em alguma parte do desembarque em Cumbica. Cadê a cadeira, caralho? Foda-se. Me levanto e sigo andando a passo de que está com algemas nos pés. Presidiário da dor.

Vou falando com a Dex via fone e caminhando como um carro avariado que volta pro Box. Sento-me num ponto do desembarque do terminal dois, já do lado de fora, e começo a chorar por trás das lentes escuras. Lá vem Dex. Me abraça ainda sentado e choro ainda mais nos ombros dela. Sorry, mas não posso resistir. Acho que fudeu!

Ela deixou o carro no estacionamento. Diz que vai pega-lo, mas insisto em ir andando. Caminhada dolorosa. Em determinado momento desisto, me sento e peço que ela vá buscar o carro. Quando estava ainda em Campo Grande liguei pro meu irmão médico, Cá, notando que nada fazia efeito e pedindo que ele me indicasse algo pra tomar em sampa. Agora é hora de tentar uma nova medicação. Ainda há uma esperança. Eu não desisto! É quando a vida me desafia que eu sempre dobro a aposta!

Peço que Dex siga sentido Pacaembu, onde fica a produtora, sempre de olho na aparição de uma farmácia. Opa, ao lado da produtora, além do Pão de Açúcar, tem uma. Tento comprar a injeção que meu irmão indicou, mas não há ninguém pra aplica-la. Além do mais, sou informado que ninguém mais da injeção em farmácia sem receita médica. Compro um antiinflamatório, relaxante muscular e sei lá mais o que a ser ingerido via oral. Como umas barrinhas á venda na drogaria para não fuder meu estomago com o remédio. Tudo resolvido. Vamos pra CuatroCabezas. Pego a mochila trazida por Dex que contém artigos preu pular numa piscina, como parte da matéria esportiva. Me digam vcs, como vou pular numa piscina se mal consigo andar? Ok.

Dex se foi, não sem antes beijar-me e desejar sorte. Vou precisar. Sigo andando com dificuldade. Apenas um dos produtores, Salinas, ta na área. São onze da matina. Ele me passa algumas informações. Abro a Internet e tento criar algo em cima da pauta. As pessoas vão chegando: câmeras, áudio, motora, minha adversária momentânea, dois dos CQCs que vão apadrinhar-nos na gravação. A dor ta presente, mas suportável. Tento informar a todos do estado físico em que estou, mas meu caminhar lento e adernado para a direita diz tudo. Vamos sair. Daqui pra diante é segredo e vcs vão ver no ar, segunda. Tenho que dizer que começamos a gravar pela uma da tarde e paramos depois das 16h, basicamente no centro aquático do Pacaembu e no Anhangabaú.

Entrevistei (ou quase) todas as celebridades e autoridades presentes. Tive crises caminhando onde fui ajudado por Danilo Gentilli que, como o nome indica, é um cara sensacional: sem o cara eu não teria conseguido fazer o que fiz. Brigado, amigo!

Cinco da tarde. To num táxi indo pro aeroporto de Cumbica. Ta cedo, pois o vôo só sai ás 22h. Ligo pra Dex pra dizer que consegui fazer tudo e, graças a Deus, com qualidade. Sinceramente, com mais qualidade que na do Raul. A dor segue intensa, até maior por causa do esforço e de ter ficado muito tempo em pé.

Ela insiste que eu vá pra casa descansar um pouco ao invés de ir penar no aeroporto. Mudo o itinerário e, entre comentários com o motora de que o transito em Sampa ta tão filho da puta que não dá folga nem em sábado, to em casa.

Beijos, carinho. Bode. Uma hora deitado e a esperança que a dor diminua. Meu trabalho hoje foi tão bom que me dispensaram de gravar amanhã. Quer dizer que o estágio dois se foi. O próximo desafio é, depois de esticar as espinhela na cama e tomar banho, pegar o vôo, andar 300 km e fazer o show em Dourados. A cama reanima pouco. Uma hora de repouso não é nada, mas tamaqui. Banho. Ainda dói. A caminho do aeroporto. Ainda dói. Dex me deixa. A dor não! Ando com dificuldade. Mil beijos, amor. Eu te amo!

Check-in eletrônico. Vou prum bar onde sei que tem Guinness. Sento perto do caixa. Agradeço a Deus entre um gole e outro desta deusa negra irlandesa. Abro o celular pra enxergar se alguém me ligar, pois coloco o fone. Ta tocando "Starry Starry Night", Don Maclean. A história de um gênio incompreendido como Vincent Van Gogh que, diz a letra:

"And when no hope was left in sight, on that starry starry nigh .You took your life as lovers often do".

Vcs sacaram? Algo como, "e quando não havia mais esperança, vc tirou sua própria vida, como amantes eventualmente fazem". Os versos aumentam minha pressão emocional interna e o resultado são dramáticas lágrimas descendo enquanto o casal da mesa ao lado joga vídeo game animadamente. Caraio, quanto terror! Mas fiz meu trabalho. Bem feito. Du Coleone, chefão do crime cultural de Ibitinga, me manda um torpedo querendo saber o que rolou. Assim como meu sobrinho Dani, meu outro sobrinho Emerson (este com recado gravado) e outros amigos e amigas. Brigado, gente!

Ligo pro Coleone chorando com Don Maclean cantando. Abrax, bro.

Peço uma porção de filé de frango aperitivo enquanto abro a segunda Guiness. Entra "Too old to rock'n'roll and too youg to Die" do Jethro Tull e desabo a chorar mais intensamente. Velho pro rock e jovem pra morrer, né? Mas no fim muda e diz:

"And he was too old to Rock'n'Roll but he was too young to die. No, you're never too old to Rock'n'Roll if you're too young to die".

Parece muito autobiográfica, não? Dá-lhe chorar mais. Se continuar assim vou menstruar.

Uma Warsteiner está no copo.

Que porra de complô é este: Sarah MaClachlan, Arms of na Angel? Caraio. "Gaste todo o seu tempo esperando por uma segunda chance, neste intervalo que vai fazer as coisas melhorarem. Tem sempre alguma razão pra gente não se sentir bom o suficiente". Vou desidratar. Cerveja ingerida, lágrimas engolidas. Bora pro terceiro estágio, andando com difiuldade pra caralho.
O embarque é no portão 21. E cada passo é um drama. Parece que tudo piorou depois destes momentos sentado, cheios de desabafo. A dor é tanta que tenho que parar e me sentar duas vezes até chegar ao local. Penso em pedir uma cadeira de rodas. Mas sigo a pé. Inside.

Porra, sentado no avião tudo melhora. Há um casal com uma filhinha ao meu lado. To com o I-pod á toda. Passo todo o trajeto ouvindo e dançado. Do outro lado do corredor há uma mocinha magrinha, pequena, tira suas sandálias de dedo e massageia sensualmente seus delicados pés descalços e não posso negar que esta é uma cena cheia de sedução, prum pedolátra como eu.
Viagem ótima, com muita música e dança sentado. Se as coisas pegarem, farei o show sentado hoje. A garganta não tem fisgada e ta ótima. Obrigado, meu Deus por ter chegado até aqui. E se cheguei aqui, Tim Robbins, quem sabe consigo ir mais longe? Né, Morgan Freeman!

Ok. O atendimento da Gol já foi mais aconchegante, como o da Azul. "Ahora" ta profissa demais. Beleza.

Vejo pela janela a mesma imagem de Campo Grande á noite que vi ontem quando cheguei. Déjà Vu? Não. Realidade.

Desço do avião sem dor, como aconteceu em Sampa de manhã. Mas á medida que caminho pelo aeroporto atrás da minha carona para Dourados, as dores voltam. Carol, a produtora, me encontra. Me leva até o carro que será dirigido por Preto. Tem tb mais uma mocinha que esqueci o nome. Viagem de carro boa. Cobrimos os 300 km de Big Field a Dourados em duas horas e meia como eu havia previsto que um motorista malaco faria. Preto é fã da banda e repete várias vezes que tudo o que ele quer agora é chegar, abrir uma Skol e vira-la no gargalo. Depois abrir mais uma e beber mais lentamente.

Foi muito bem, véio. Chego ao hotel e ainda tenho tempo de auxiliar Rico na montagem da mala de figurino. O bar onde vamos tocar fica a 100 metros daqui. Um pequeno passo prum cara saudável, mas um passo gigantesco para mim.

Rico colocou as roupas molhadas para secar pela cama e ta tudo em cima. Mala montada, a banda foi pro bar. Parece que o baixista da banda de abertura teve problemas e foi pro hospital, obrigando os colgas a se apresentarem sem ele. Como diria o saudoso Simplício:

- Ta sortô!

Quem ta "sortô"? O cão!

Antes de sair, cruzo com nosso técnico de som que convenientemente é tb fisioterapeuta. Caran me põe na cama e dá uma alongada profissa de uns 20 minutos. Melhora muito. Brigado, irmão!
Bora. O show é ao ar livre. Tem cobertura apenas no palco. O camarim para troca de roupa fica numa espécie de tenda ao lado do palco. To aqui, bebendo uma e outras para desespero do Banas.

- Chefe, bebendo ou não, a dor é a mesma. Se bebo, curo pelo menos meu humor!

E esta frase proferida de minha boca encerra discussões. Banas tb ta avariado, tomando remédio e tal. Mas segue sem beber. Me visto com pouca dificuldade. Peço a todos que pulem mais intensamente hoje. Ta frio em Dourados, o que é bem estranho. E para evitar que eu passe boa parte do show sem camisa, limamos "Homem lindo". De resto, cuidado nos ataques ao meu corpo durante "Blues do Velcro", Ju. E vamos no mesmo set de ontem.

Evito pulos, mas química dos acordes do rock fazem a mágica e me sinto mais forte pra conduzir a bagaça. As canções novas vão bem. Tudo vai sob controle. Num intervalo entra o grito que já vai ficando tradicional, nestes dias: "Paulão no CQC". Faço um flash back ligeiríssimo do meu dia e quase choro de novo.

Ao final do show sinto dores mais fortes. Volto pro bis. Acabou o bis. Agradecimentos e fico sentado numa cadeira dentro da tenda que virou camarim. Excepcionalmente, vou receber a todos sentado, como papai Noel. Assim rola. Aparece um ex-tecladista do Bando do Velho Jack. Aparece um monte de gente. Fotos, abraços, alguns e algumas não resistem ao fato de eu estar sentado e aterrissam de leve no meu colo. Dex não vai curtir, mas não há nada que eu possa fazer. Muito menos sexo, Dex, creia.

Volto ao hotel a pé e os 100 metros tornam-se um desafio da madrugada. Quarto. Banho longo. To pronto. Tem um táxi á minha espera pra me levar ao aeroporto de Campo Grande. A produtora e minha anja da guarda do fim de semana, Carol, vai junto. Brigado pelo apoio menina. Já que to com a passagem comprada, vou voltar de avião evitando o "chacoalha-coalha" de 14 horas de busão até sampa. Meu plano é ir direto pro hospital.

Vou deitado no banco de trás. Estagio três completo. Iniciando estágio quatro, o útimo. Goin to Big Field na back to sampa. O carro roda pela estrada e embala meu entorpecimento. Seis e meia da manhã.

A missão comprida tá quase cumprida. Graças a Deus.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Fim do show. Saio antes e quando a banda entra no camarim to deitado no chão chorando de dor.

Ele toca e eu finjo que não ouço. Claro, o despertador. Enrolo mais alguns minutos e levanto. Tenho que fazer a barba. Tenho muita coisa pra atualizar antes de zarpar.

Jornal. Ronaldo volta domingo, a mesma pasmaceira de política, economia, o mesmo diz-que-diz, o mesmo nhenhenhém. Não to com o menor saco préssa merda. Nem pro Tutty Vasques. To de ovo virado! To com a vó atrás do toco, né André Prata?

O suplemento do fim de semana anuncia na capa a Virada Esportiva dirante o fim de semana em sampa. Virada Esportiva durante todo o fim de semana, sacaram? 31 horas envolvendo 2 mil atividades e, estima-se, 3 milhões de participantes. Seria uma boa matéria pro CQC, se é que vcs me entendem.

Banho. Barba. Faz mais de um ano que não faço a minha, eu mesmo. Só dou uma aparada. Me corto no pescoço. Nada de mais!

Roupa. Camiseta "Ninguém beija como as lésbicas". Internets. Dex acorda meio zonza. Ah,ah,ah, ta dançando uma coreografia estranha. Porra, ela foi tão carinhosa á minha chegada, ontem. Me abraçou, beijou e disse que tava com pena de mim por causa da maratona que se aproxima! Eu a amo! Mal sabia ela. E eu!

Ela vem aqui e me dá um beijo. Dou uma "afofada" nas costas dela e ela se derrete. Um aperto na bunda, claro!

Desceu. A mestruação não, ela, até a cozinha!

Terminei o blog. Vou checar mais umas coisinhas e me mandar. Sigo na frente na pesquisa do Uol, que já tem um quetionário novo em seu lugar. O resumo é: votaram 17.310 pessoas e eu fiquei com 32,87%, seguido da Mônica com 28,06%, o Morgado com 23,88% e a Carol com 15,19%. Será que isso influencia de alguma forma a direção do programa? Num sei. Mas melhor ganhar que perder.

Ângelo Ravazzi, o diretor do documentário das VV que tá pelos festivais, me manda um e-mail crendo que minha exposição no CQC pode alavancar um piloto de programa que a sua produtora faria comigo. A idéia, boemia, é ótima. Melhor até que a proposta de trampar no CQC, se for pensar. O programa rolaria nos bares. Uhu! Vai saber qual será o meu destino? Ta nas mãos do Homem lá de cima. Ele toma conta da minha cabeça!

Fui pro SBT, depois pra Campinas, Campo Grande, São Paulo, Campo Grande, Dourados, Campo Grande, São Paulo e, espero, minha cama no domingo, aqui no pé da Serra da Cantareira. Eu amo este lugar!

Bora pro SBT. Milagres da edição de texto e...Cheguei. Pego algumas coisas no carro e coloco na bola. Ele vai ficar por aqui até terça de manhã, quando volto pra trabalhar. Pelo menos não pago estacionamento!

Vamolá. Que é que tá rolando neste DL? Jorjão foi acompanhar a gravação da surpresa do Valter Leite. Naná ta melhor e mandando bala nas coisas, assim como Ed. Dante dando andamento nas correções da entrega do apê do Tito. E eu aparando arestas aqui e e ali. Ed tá trampando com a gente a cachê faz tempo e tamos tentando agilizar sua contratação. Espero que ele fique. Doidão e eficiente.

Almoço. Gente segue me parando pra declarar apoio. Comida no bucho. Fernando Benini, que vcs conhecem do Topa Tudo por Dinheiro, senta-se perto e comento que tenho visto muitos filmes dele, da época das pornôchanchadas. O cara era jovem, magrinho, cabeludo boa pinta e cheio de amor pra dar, metendo a vara em gente como a Sandra Bréa, muito diferente das barbas e cabelos brancos de hoje. Ele dá risada, lembrando os bons tempos, especialmente os filmes dirigidos por Carlos Reichenbach. Grande cara, o Benini. Ao lado do Ivo Honalda (ambos estão fazendo novamente pegadinhas pro programa do SS) são dois caras que admiro pacaraio e vira e mexe encontro aqui no SBT.

Atenção, Nádya: vai tarde, anda tarde, passa tarde...opa, passou ( a tarde, entende, era uma prece pro dia passar logo e fui atendido...eh,eh,eh...beijos)

Cinco horas.

- Se tudo continuar como está, avisem o Jorjão que ele ta de folga domingo. Mesmo não estando aqui em mais este fim de semana, acho que dá pra dar folga para mais uma pessoa na equipe. Semana que vem só terei show na sexta, em Piracicaba. Então, domingo to aqui! Aí dou folga pra mais dois. Quanto menos a gente trabalha, mas vale o salário que nos pagam.

To no busão do SBT que sai ás 17h10 e vai me levar até a estação Barra Funda do metrô, de onde, ás 19h, sai o ônibus da Azul Linhas Aéreas para Campinas. Ta um transito do quinto dos infernos em sampa e olha sai duas horas antes, com medo de perder esta condução gratuita da empresa. Ao meu lado, no banco, vou papeando com um estagiário do DL.

E não é que acertei em cheio. A marginal ta cimentada e chegamos á Barra Funda 10 pras sete. A fila do busão da Azul é bem na cara de onde o do SBT me desembarca. Fico batendo papo com um cara que me reconhece do CQC. O cara adora trilhas, é biker, e me conta umas aventuras, uma delas até Matchu Pitchu. Ele ama trilhas. Eu prefiro cerveja. Cool.

O busão da Azul tb se atrasa e saímos coisa de sete e meia de sampa, para encarar mais congestionamento.

Caralho! Tem um cara com a maior pinta de pagodeiro carioca, de bermuda , barriga pronunciada, sandália de dedo e boné virado pra trás, ouvindo uma porra duma rádio comercial no banco da frente. Pagode meloso de corno em andamento, alto pra caralho. Tem uns caras que não se tocam. Ao sairmos da cidade, o que leva mais de 50 minutos, o sinal da rádio some. Será que agora vou conseguir dormir um pouquinho? Porra, o celular do cara não pára de tocar e a cada toque entra um ruído especial brega pra caralho, alto que só a porra! Filho da Puta.
Tenho até amigos pagodeiros. Mas este é muito mala.

- Hey pagodeiro, vai tomar no cu!

Claro que este berro ecoou apenas dentro da minha cabeça. Não vou começar este fim de semana atarefado com treta. Não. Vamos na paz.

Viracopos na área. Desço e faço novamente o check in que tinha feito na Internet, pois o código de barra não foi impresso. Resolvo rápido.

Vou praquele bar que vende Schin, mas tb Devassa, Eisenbahn e Baden Baden. Ah, paraíso! Peço uma Baden Baden Red Ale sentado ao balcão. A mocinha repasa o pedido:

- Uma rédi ali, a vermeia, ali!

Pronuncia em inglês não é o forte das meninas. Peço amendoim. Parece haver uma maldição de quebra de copos entre elas hoje. O comentário é sempre o de que "quebrou mais um".

Mudo de lugar, coloco minha bolsa masculina no outro banco e peço agora um chopp Weiss da Eisenbahn. Na minha frente há um copo de batida de morango, acho, esquecido, vazio. À aproximação da mocinha, o copo estala e se parte em dois pedaços sem que ninguém o toque. Ela faz cara de espanto. Imediatamente faço uma imposição das minhas mãos sobre ele, como se lançasse uma energia e fosse o responsável pelo estranho acidente.

A moça se assusta. Olha pra outras, tb espantadas e declaro, inspirado em Zé do Caixão.

- Agora vou explodir uma das garrafas da prateleira!

O grito de "não" vem em uníssono. Cool. O chopp Weiss tá demais, assim como estava a Baden Baden. Deu minha hora. Embarque.

Gente, que mulheres são estas no staff da Azul? Caraio. Que loiras são estas? Mulheres lindas. Esta Roberta tem porte de miss. Caraio!

Os bancos são mais distantes neste avião tornando o processo de ficar sentado mais agradável, sem falar nas pessoas, que são mesmo gentilíssimas. O vôo sai na hora e ta tudo indo nos conformes.

Tamos no ar e São Paulo, não tem jeito, é um lindíssimo tapete colorido á noite. Não tem pra ninguém. Vôo tranqüilo.

Chego a Campo Grande pelas 22h20, horário local. Banas já me aguarda com Carol, produtora dos dois shows, e um motora. Bora pro hotel. Subo até meu quarto e minha mala já está no jeito. Uma cama de casal, um banheiro e num outro quarto uma cama de solteiro.

A mala de figurino está no Barfly, onde vamos tocar. Ligo pra Dex e metade do primeiro estágio deste fim de semana de maratona já está vencido. Agora é show e começar o segundo estágio, voltando pra sampa pela manhã de avião.

Me troco, acionando os chinelos e a bermuda. Ta quente aqui. Fico pelado um pouco. Dou um cagão, me animo e toco uma bronha. Taratatááá!

Meia noite temos que estar lá embaixo. Veja bem, meia noite no horário de Campo Grande, que é uma hora atrasado em relação a Brasília, o que quer dizer o mesmo pra sampa. É por isso que sai ás 21h50 de e cheguei aqui 22h20. Com uma hora de fuso, a gente fica confuso. Seria isso um Hai Kai? Assim o avião não cai! Eh,eh,eh! Porra, esqueci o livro do Reinaldão Morais, onde o personagem principal vive fazendo Hai Kais infames. Bem, como diria Fiori Gigliotti, o tempo passa e simbora descer. Ta todo mundo aqui. Cumprimento um por um e checo se faremos mesmo o set de BH, se as colas estão na mão. Ta tudo meio nebuloso. Van. Barfly á vista.

O clima ta du caraio, lá fora e aqui dentro. Todos brincando, todo mundo rindo. Porta lateral aberta e já encontro o Nilsão. Abrax, mano. Edu ta com a barraquinha na lateral. Fala, veio. Vamos lá pra trás onde vai rolar o esquenta. Passo sem ser notado no meio da galera que curte o Bêbados Habilidosos que tão destilando blues cortantes no palco. Dou uma olha e diviso Renato Fernandes e Marc Blues, baixista e vocal, bons amigos. Mesmo com a correria, depois do show a gente toma uma ou doze, seguramente. Sou muito fã destes caras!

Cá atrás é o quarto de alguém que mora no bar. Tem um banheiro detonado cuja porta veio abaixo. E uma grande cama de casal. Virou camarim. O frigobar ta lotado de breja. Tem vodka e rum sobre a mesa, assim como liquidificador e frutas. Bora esquentar. Um cara para quem prometi dar um depoimento em um documentário sobre o rock brasileiro chega. Não tem luz suficiente aqui, apenas no banheiro. Dou a entrevista sentado na privada.

Uma repórter de rádio pra quem o Cavalo deu entrevista á tarde tb chega. Fotos. Bebida vem, bebida vai, dei uma cagada meio "cóliquenta" na hotel e to meio preocupado em ter que cagar durante o show. Sim, pois este espaço onde estamos agora é só passagem. Minhas trocas de roupa serão no palco, num camarim improvisado atrás do pano da gente. Deve ter um balde com gelo por lá que será, é certo, receptáculo de muito mijo e, quem sabe, merda!

Ok. Ta na hora deu ir pra lá alongar e me trocar. Depois o pessoal vai. Rico vai na frente abrindo caminho. Cumprimento uns e outros que me reconhecem no escuro do bar. To aqui. Vamos alongar.

Sinto uma fisgada estranha nas costas, mas nada pra me preocupar. Quente pra caralho. Pouca luz e ventilação. To pronto. Banda chega. Anuncio feito. Adoro Campo Grande. A galera curte rock e sabe do que fala.

Bora. Será o mesmo set de BH, com as novas "FDP", "Gênio...", "Strip'n'blues" e "A Última partida de bilhar". Bora.

Primeira canção em andamento. Me estico por sobre as cabeças das pessoas e, ai, um puxão mais forte na musculatura das costas do lado esquerdo, fisgando o músculo da coxa. Volto á minha posição e a dor não pára.

Terminou a primeira música e embora eu esteja semianestesiado pelo álcool, a dor me incomoda. A partir da segunda canção a dor se intensifica de tal forma que mal posso ficar em pé. Me prego no pedestal a là Joey Ramone e sigo cantando com muita dificuldade até que termina "Tudo Que a gente Faz", por sinal, uma homenagem aos Ramones. Antes disso, FDP foi legal. Saio e me deito no chão, urrando de dor encoberto pano e tendo meu grito sufocado pela Mulher do Diabo que já ta comendo no palco.

Peço a Rico, que ta me ajudando, que me alongue pra ver se a dor diminui. Me troco com muita dificuldade. "Strip'n'Blues" foi bem. Volto pro palco com as costas latejando, com espasmas de dor que ameaçam me fazer desabar. E assim segue todo o show. Puta que pariu, já não basta minha correria, ainda vou ter que faze-lo com as costas limitando muito meus movimentos e me impingindo uma dor filha da puta? Em meio ás letras das canções, ás brincadeiras com o povo e ao álcool que atrapalha e organiza minhas idéias, penso nas dificuldades que terei pra fazer toda a maratona deste fim de semana e, como todo canceriano, sinto pena de meus infortúnios. Tudo isso entre um solo e outro de guitarra. O show, ainda assim, segue sem dar pinta do que ta rolando comigo. Faço o Gênio que vira bem. A Ultima Partida de Bilhar tb vai legal, apesar de ser lenta. A dor segue e passo a avaliar a possibilidade de interromper o show, sair do palco e ir pro hospital, neste turbilhão de inseguranças, ódios, medo e sentimento de vingança que chacoalham dentro da minha cabeça.

Peço que Rico faça a Cuba Libre mais forte que já fez na vida e me dê. Do jeito que estou, um simples movimento de abaixar pra pegar uma breja ou uma gaita torna-se uma epopéia. Uma aventura. Uma jornada. Jornada do herói. Hum! Antes de conseguir aquilo pelo que lutou por todo o tempo, o herói tem uma prova final que vai mostrar se ele merece ou não alcançar seu objetivo. Ai, meu Deus!

Dou vários goles grande na cuba que tá puro óleo diesel. Fico mais tonto, erro palavras, gaguejo, mas a dor continua intacta.

Fim do show. Saio antes e quando a banda entra no camarim to deitado no chão chorando de dor. Cavalo, pra ganhar tempo, volta e faz "Não Vale nada". Entro no fim, de mago, com toda a dor do mundo. Fazemos Rauls. Vamos terminar sem Sitio de Sorocaba e Beijos de Corpo. Não! Fazemos mais estas duas e saio do palco direto prum carro que a produtora arrumou. Vamos eu, ela e Banas pro hospital.

To deitado atrás e a dor beira o insuportável. O primeiro pronto socorro não pode me atender. Vamos pra Santa Casa. Acho. Não consigo sacar o que tá acontecendo. To bebaço e, mais que a chapação, a dor me domina.

Fecho os olhos. Abro e to sentado em frente a uma mesinha, num consultório, aparentemente á espera do médico. Ele chega com a cara amassadíssima. Tava dormindo. Passa de cinco da manhã. To com dores e os movimentos limitados por uma crise de dor na coluna e daqui duas horas tenho que estar dentro de um vôo pra sampa onde vou gravar uma matéria ligada a esportes. Ai, meu Deus, me ajude, senão fudeu!

- To bebaço, dr. Mas a dor ta demais. Já tive isso há muito tempo atrás e só o que aliviava era cortizona!

Não sei se ainda dormindo, ato contínuo, o homem receitou corticoides e mais umas porras num soro intravenoso que agora vejo pingar e adentrar minha veia. Banas ta no quarto e gemo de dor. Carol está com as mãos justapostas sobre mim, fazendo um reiki. Toda ajuda é importante. Ninguém precisa me curar agora. Basta tirar a dor e permitir que eu faça o que tenho que fazer hoje.

Apaguei. Lá se foi o soro, com direito a ronco animal ecoando por todo o hospital.
Carro. Hotel. Muita dor ainda. Parece que não me deram nada!

To sozinho no meu quarto tentando tomar banho e a dor segue me açoitando. Troco de roupa, peço que Banas dê um jeito nas minhas coisas, uma vez que não posso sequer me abaixar. To vestido. To no carro a caminho do aeroporto. Caminhando com passos curtos e a dor gigante. Check in. Sala de espera. Embarque. To caminhando naquela velocidade em que as tartarugas e as lesmas passam por mim e dão tchau. Fudeu. Era só o que me faltava.

To sentado no meu lugar perto do corredor. Tamos no ar. Vou apagar. Espero que , quando acordar, o pesadelo tenha passado.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

- Então estou fora do CQC por WO, querida!

Sete e quinze. Jump. Porta destrancada para dona Rosa. Jornal sob o braço a caminho do trono. Reinado.

Olha a foto do Obama fingindo lutar esgrima em frente da Casa Branca, para promover a candidatura de Chicago ás Olimpíadas de 2016. Na versão Lula, o esporte seria virada de batida de maracujá em Copacabana. E eu apoio!

A legalização dos bingos ta em processo. Eu já disse e repito: deveriam obrigar estes cassinos disfarçados a ter música ao vivo! Show é show! Aliás, libera a porra do jogo logo. Todo mundo joga. Menos o Fluminense!

Por falar em futebol, Ronaldo quer voltar domingão ao Timão, contra o Goiás, pra abrir caminho pruma convocação do Dunga. Sorte nossa. Azar do Goiás.

Sábado de manhã aqui em sampa, comemorando 18 anos de campanha pela despoluição do rio, tem projeto Praia do Tietê entre as pontes das Bandeiras e da Cruzeiro do Sul: guarda-sóis, esteiras e cadeiras estarão á espera de quem se arriscar a tomar sol no local. É bom ter cuidado pra nenhum banhista se assanhar e dar um mergulho. Há 100 anos isso seria possível. Quem sabe daqui a 100 anos tb!

E o livro novo do Dan Brown, o Símbolo Perdido, já sai com 5 milhões de cópias vendidas. Sou fã do cara. Podem me chamar do que quiserem. Pra mim é Dan Brown lá fora e André Vianco aqui.
E bora me banhar. Taratatá!

Internets. Depois tenho que montar minha mala e deixar na Gabaju, pois a banda segue pro Mato Grosso do Sul hoje á noite. Bons tempos em que eu podia ir no busão, bebendo e curtindo. Mas este fim de semana, em especial, tem um motivo nobre: CQC. Vou fazer uma epopéia de idas e vindas, mas não vou perder por W.O. E quando a doideira mais estiver me apertando o pescoço vou mandar parar o mundo, descer e passar um ou dois anos coçando o saco e bebendo no buteco á beira mar. Me aguardem. Minha revolução ocorre de dentro pra fora. Como um vírus, entro sorrateiro e quando se dão conta, tá tudo no chão.

Hey, ho, let's go!

Mala. Gabaju e SBT. É noise!
Passo rapidamente pela "Diasland" e encosto os dois volumes num canto da sala. Beijo e cumprimento todos e me voy. SBT na alça de mira. Vou ouvindo um som. Vários sons. Mudando o tempo todo. To ansioso. Hoje devo ter uma definição do que farei no CQC. O dia de ontem foi um caralho, o de hoje não pode ser pior. Ou pode? Sempre pode, né! Hum!

Terras Abravanélicas na área. Antes mesmo de passar a cancela reconheço um ex-segurança do Gugu que me cumprimenta de longe e pergunta como ta o CQC. Digo que to na semifinal de segunda. Ele deseja boa sorte ao que agradeço com um meneio de mão.

Carro parado, a caminho da produção do DL. Um capuccino da máquina pra animar e bora. Valter Leite me cobra o roteiro da "Surpresa" de amanhã. Ok. Vou trabalhar nisso agora. As pessoas vão almoçar e eu ataco este roteiro. Depois eu como.

Naná e Ed faltaram. Ambos estão indispostos. Melhor hoje que sexta. No caso da Nádya, tá tudo sob controle. O Ed precisava acertar detalhes num vt e o Jorjão ta cuidando disso. É assim que se trabalha em grupo, um cobre o outro e os dois juntos peidam pro diabo! Já ofereceu um peido pro diabo? Ofereça. Ele fica puto!

Termino o roteiro e toca o telefone. É a Gi do CQC dizendo que pode rolar uma matéria na sexta de manhã. Se isso acontecer, cancelo toda a demência de aviões no sábado e curto o fim de semana no MS. Ela fica de me ligar em seguida pra confirmar. Espero que role. Será a salvação da lavoura!

Termino o roteiro e vou comer algo. Salada de merda. Almôndegas de bosta. E um pouco de Yakissoba por baixo da alface, pra não pagar o peso. Ok. Cruzo o Aldrin Mazzei, diretor do Esquadrão da Moda e ele, que foi um dos que me aconselhou a aparar barba e cabelo, diz que o visual ficou legal.

- Mas cortei no Lao, porra! Sou Vintage e não Hypado!

Comido. Saio do restaurante e um segurança me cumprimenta, perguntando do CQC e da banda. Noise. Passo no banheiro e não estou certo se quero cagar ou só mijar. Sento no trono e deixo a natureza decidir, enquanto passo o fio dental preguiçosamente entre os dentes grudadíssimos. Olha que caguei! Porra!

De volta á redação. Valter Leite tem pequenas alterações no roteiro. Faço. Transformo a bagaça em fichas e mando pra equipe dele. Agora querem que eu ache uma definição compreensível para Déjà Vu. Olho alguns dicionários, saco que em francês quer dizer "Já Visto" e explico que é a sensação de ter estado em um lugar onde nunca estivemos ou de já ter feito algo que, na verdade, nunca fizemos. Acho que o povo entende. Odeio ser presunçoso e achar que as pessoas são burras. Mas algumas são mesmo! Então, tem que mastigar! Eu mastigo, sim senhor!
Gi me liga do CQC e parece que tenho um "déjà vu", eu mesmo.

- Paulão, a matéria será sexta á noite. Vc tem que estar na produtora pelas 20h30 e a coisa mesmo acontece a partir das 23h30.

Como pegarei o último vôo desta sexta feira de Campinas para Campo Grande ás 22h; e como terei que estar no palco em CG pelas 01h00 da manhã, não posso fazer uma matéria ás 23h30 em sampa.

- Então estou fora do CQC por W.O., querida!

Segue-se uma conversa onde explico que tenho este compromisso marcado há três meses e que meu dead line é estar no avião das 22h da Azul. Gi me põe pra falar com o responsável pelas pautas e explico que tenho estas datas faz tempo, que quero mais que tudo ser o 8º CQC, mas que não posso deixar de cumprir meus compromissos pré-marcados.

- Sei que não é problema de vcs e sim meu. Vou até lá na segunda, ao vivo, e explico no ar que não pude comparecer na gravação matéria e saio por W.O.

Desligo o telefone arrasado. Pelos sonhos cultivados durante o concurso. Pelas etapas vencidas. Pelo tesão que tenho de ser parte do programa. Pela vontade de ganhar. Por tudo que rolou e tem rolado nestes dias, tensões, expectativas, maratona aérea, grana que sairá do meu bolso, tudo isso. Desarvorado, sigo fechando textos e me virando no DL. A cada dez segundos entra alguém pedindo texto, roteiro, providencias ligadas ao programa do SBT. E eu, derrotado, tenho que manter a peteca em cima. E quer saber? Porra, sai um peso das minhas costas. Se não é pra ser, então melhor sair logo, porra. Jorjão ouviu o papo e pede que eu me acalme.

- Eles vão achar uma solução. Calma! - diz ele.

Momentos, instantes, segundos, séculos, o tempo entrou parafuso ao meu redor e dentro da minha cabeça. Saio, caminho, tomo mais um café. Foda-se. Vou encher a cara e tocar rock em Big Field. Tô á beira de um colapso! Mas não posso me dar ao luxo de ter um!

Toca o telefone. Engano. Toca o telefone. É a Gi.

- Ok, tamos dando um jeito, mas fique de plantão, a gravação pode ser a qualquer momento!

Mas que porra de tortura psicológica é esta? Ok. Saio daqui agora e gravo seja o que for.

Volto pra mesa e me preparo para fazer o roteiro da "Surpresa" do WW, que é pra sábado. Me enrolo, crio novas esperanças e o tempo...o tempo sei lá eu o quê! Quem disse que o dia não poderia ser pior que o de ontem?

Fone de novo. É o seguinte: voltamos para a matéria do fim de semana, do sábado. Informo que tenho todo o esquema pra vir, gravar e voltar no sábado. Eles me dizem que a gravação seria até a meia noite e explico que pego o último vôo de sábado para CG ás 22h em Guarulhos. Mas das 13h até umas 20h00 me viro e pelo menos não perco por não comparecimento no programa ao vivo de segunda. Perco no campo, jogando, caralho, porra! Ok. Ta aceito o esquema. Mas precisam de mim tb no domingo, pois o evento que vamos cobrir ainda estará rolando.

- Sem problemas: compro a passagem no primeiro vôo de domingo que saia de CG e volto pra gravar mais!

Virado? Viradíssimo. Cansado? Idem, no mesmo superlativo! Foda-se? "Foda-sesíssimo"! É noise! Tô de volta no jogo!

Claro que pra voltar domingo terei que encarar de carro os 300 km entre CG e Dourados. Supondo que eu saia domingo de Dourados pelas 07h00 da manhã, chego em Big Field ás 10h. Tem um avião direto que sai ás 11h e chega em Congonhas ás 13h30, mais ou menos. Pego um táxi e em 30 minutos to gravando, seja onde for! Seja o que for! Porra!

Fechado. Sabem quanto vou gastar em 4 passagens de avião neste fim de semana? 1.200,00 reais. Mais táxis e transporte de carro até e desde Dourados? O buraco vai passar de mil e quinhentos reais, saindo do meu bolso. Com o que vamos ganhar nos shows, devo abater uns mil, pouco mais ou menos. Vale? Vale! E to no jogo! E se tudo der certo, e se eu gravar bem, e se estiver no páreo na segunda e se eu passar pra final, vcs vão ouvir o mais longo e emocionado urro de vitória que a Tv brasileira já mandou pro ar.

Vou ao banheiro lavar a cara e avaliar a demência que me envolveu e ainda paira sobre mim. Uh! Passo por WW e ele me avisa que a gravação de sábado "caiu". Portanto, nada mais tenho pra escrever pro SBT hoje. Brigado por esta "canja", meu Deus! Gentileza sua!

Passo a pesquisar o tema da gravação, tento bolar abertura, perguntas engraçadas, réplicas, tréplicas. Um tiro só não vai me derrubar! Great Big Wolf!

Chega. Home.

O pessoal da Carol, da Anhembi-Morumbi, que ta fazendo um TCC com a gente vai gravar aqui em casa. Bebi toda a breja ontem com a Dex, exceto "aquela" que o Zé me deu pra abrir quando eu ganhar o CQC. To morto e sem forças e tempo pra comprar brejas e quitutes. A moçada merece, mas não dá. Ficarei devendo um churras preles.

Tudo montado na minha sala. Duas horas de depoimento sobre a história da banda, opiniões, estas porras. Terminou. Tomei um quarto da garrafa do Vinho do Porto. Era o que tínhamos!
Eles se foram. Vou jantar. Dex fez uma espécie de Suflê de batata, queijo ralado e carne moída. Eu amo carne moída. E ta uma delícia. Uau!

Acabou. Tv. Sono. Fui. Só voltarei a dormir nesta cama domingo á noite. Me leva e me traz de volta inteiro, meu Deus. Não sei quando escrevo de novo pra vcs!