terça-feira, 29 de setembro de 2009

Bortolotto joga o conteúdo do seu copo na cara de um tipo que tá na frente do palco e é possivel sentir certa animosiodade por parte do crooner. Nossa

Sete e meia. Jornal e merda. Hum. A coisa tá enrolada com a presença do ex-presidente de Honduras na nossa embaixada. Pau no cu dele. Jornalzinho sem muita coisa, sabe. Nem o Tutty Vasques ta interessante.

Edno liberado pra jogar pelo timão. Rio com boas chances de sediar a olimpíada de 2016, apesar do Barack Obama estar pesando pra sede ser nos EUA.
E mais merda nenhuma.

Internetices. Daqui a pouco, pegar a roupa das fotos e levar as outras coisas que separei, claro. Depois SBT, reunião com Magrão, obras pra roteirizar e pelas 21h, fotos em Santana. Preciso beber algo! Mas pode ser mais tarde! Bem que algo poderia ocorrer de surpreendentemente legal neste dia, né? Foda-se!

Uma olhada na agenda antes de sair me lembra que é niver do Bortolotto. Porra, grande amigo. Queria beber uma com ele hoje. Quem sabe uma escapada até o Aurora após as fotos!
Going to SBT? No, primeiro a roupa de Genelvis. Chego na loja e tá rudo pronto. A costureira enxertou espuma no turbante e ele ganhou volume. O resto tá ok. Grazie, Maria. Bora pro SBT.
Entro com a reunião de pauta em andamento. Magrão pergunta se eu tô pensando que estou no CQC por ter chegado atrasado.

- Não. Tô no Domingo Legal e com orgulho!

Frase de efeito bastante discutível sob a luz da verdade, mas aplaudidissima pela galera. E assim recupero meu prestígio sbtño. Reunião seguindo. Terminou.

Entro na sala da redação e Ed com cara de "Madalena arrependida" pede desculpas da mancada de domingo. Porra, eu gosto do Ed pra caraio, mas ele precisa ter mais controle sobre estas chapações dele. A coisa não pode afetar o trampo, porra, senão põe em risco um código secreto de honra que permite aos bêbados desempenharem funções socialmente produtivas. Ele diz que tá envergonhado e tal e sou direto como ele precisa que eu seja.

- Seguinte, se acontecer de novo e sem justificativa plausível será a última, ok?

Meio sem graça ele diz ok. E vamos seguir trampando. Chega deste papo. Gosto do trabalho do cara, gosto do cara e ele só precisa aprender a chapar em dias que pode e vir trabalhar de qualquer forma no dia seguinte.

Mal me sento, Magrão me chama pruma reunião sobre o novo quadro "Vc não vale nada mas eu gosto de vc". Vai precisar de um roteiro de reconstituição. E é comigo. Reunião terminada. Almoço. Salada e filé de frango.

De volta. A tarde passa lenta. Me dá cinco minutos e começo a alardear pseudo plataformas de um governo de bebado pelo Twitter, incluindo Bolsa Balada, cadeia pra quem ouve forró e pagode e outras demencias. Na verdade, tudo é pra chamar a atenção sobre o lançamento do "Ninguém Beija como as Lésbicas" que amanhã já estará á disposição na internet. E dá certo, pois rola o maior buxixo, com a galera fazendo comentários e anexando idéias aos meus projetos de governo embriagados. Cool.

Transito danado e chuva lá fora. Enrolo, enrolo e vou embora pro estúdio do Rafael fazer as fotos, lá na Conselheiro Moreira de Barros. Acabo me atrasando com papos com o Gê, tio da Dex e sonoplasta aqui no sbt e depois com o Ênio do Café com Bobagem, numa conversa sobre Stand Up Comedy, que ele tá fazendo e sugere que eu faça. Quando me dou conta já passa de oito da noite. Tava pensando em chegar mais cedo e jantar, mas não sei se vai dar tempo.

Marginal semi morosa entre a ponte do Piqueri e da Casa Verde. Engº Caetano Alvares. Porra, já é a terceira vez que repito o Bolero de Ravel no I-pod e agora já tô até regendo, conduzindo uma espécie de air batuta. Que puta música! Gostaria de reger uma orquestra com esta música, um dia. Seria porrivel?

Chego no endereço das fotos e a numeração tá errada. Não é 94, casa 4 e sim 95, casa 4. Rafael sai pra me receber mesmo antes que eu toque, com uma cobrinha filhote enrolada na mão. Eu não curto cobra. Sai pra lá, véio!

Chega Cavalo. Chegam Simon e Lu. Aviso Tuca, Banas e Juju que o endereço tá errado. Simon avisa Roy. Eu e Cavalo vamos até o Supermercado Pastorinho, em cujo primeiro andar há um restaurante caseiro supimpa. Dois Alcatras a Cavalo saindo. Vou de cerveja. Cavalo de coca! Seguimos conversando sobre o set, sobre o cover do Elvis. Marcelo Mickey Hourke chega. Isso quer dizer que Juju já tá lá no estúdio. Uma breja pro Marcelão. Jantar terminado e brejas tb. Bebi mais duas.

Lu telefona pedindo que levemos pães e coca cola de dois litros. Junto a isso uma garrafa de 1 litro de Waschteiner e mais duas alemãs interessantes. Mickey Rourke pega uns tira gostos. Bora pra lá!

Pandemonio. Rafael tem uns pássaros que ficam repetindo assobios e fazem uma algazarra do caraio. Tem uns hamsters, tb. E duas cobrinhas, filhotes. E toda esta galera da banda falando pelo cotovelos. Juju tem bem uns quatro ou cinco figurinos pra trocar. Eu tenho o do Genelvis e do Velho. E os outros tem este visual de croupier de cassino. Várias sessões de fotos em andamento. Dex chegou. Fumaça comendo na sala. Breja em toda parte. E os pássaros fazendo um puta barulho. Zona!

Juju vai trocando o figurino. Fotos individuais e grupais. Mais troca de figurino da Ju. Mais breja. Agora é minha vez de colocar a cartola e peruca e barba de velho e tirar foto de velho safado
Quase uma da matina e terminou. Banas diz que segunda feira deve tentar um contato com a produção do shows do ACDC. Ele e Cavalo ficam escolhendo as melhores fotos. Eu e Dex subimos pra rua num dilema: quero muito dar um abraço no Marião que tá tocando no Aurora. Ela tá na maresia e quer ir pra casa. Como veio de carona pra cá, eu teria que deixa-la em casa. Mas estamos no meio do caminho pro Aurora. Democraticamente eu decido que ambos vamos ver o Saco de Ratos na 13 de maio.

A caminho. Levamos 12 minutos de Santana até o Bixiga. Já na entrada vou cruzando amigos como Linguinha, Ademir, Pierre, Flavinho. Angelo Ravazzi, Arthur e a trupe da Massa Real tão na área. Carcarah. Danny Mel. Cassiano. E um monte de gente conhecida. Dex tá doidoda. Duas heinekens. Som rolando no palco com o time titular do Saco de Ratos. Marião tá de rayban e tá chapadaço. É notável. É aniversário dele, porra, tá mais que no direito de chapar.

Brum, Watanabe, Pagotto e Rick Vecchione, arregaçando como sempre.

Dex tá comigo perto do palco. Bortolotto joga o conteúdo do seu copo na cara de um tipo que tá na frente do palco e é possivel sentir certa animosiodade por parte do crooner. Nossa, deu um chute na cara do cara! Caraio, Marião, não era pra tanto. Conheço o cara, é um carioca que sempre aparece nos shows das VV. Enche um pouco quando chapa, mas nada de mais. Paulo César Pereio tá na área.

Mais brejas descendo. Dex sai pra fumar a primeira vez e eu vou junto. De volta. Mais brejas. Marião e Brum me chamam ao palco. Fazemos uma versão completamente Marvin Gaye de "Esse seu buraquinho". Coolíssima! Marião puxa Buceta. Muito legal tb. Bom tocar com os amigos. Desço e bebo mais uma.

Dex sumiu pro banheiro. Angelo me pede que espere o fim do show pra gente trocar umas idéias com o Bortolotto. Vai ser dificil, pois ele tá doidão. E tem mais, esta jam não tem muita hora pra terminar. Quando tá quase batendo três da amanhã a parada acaba. Eu, Angelo e Bortolotto ficamos de acordo em gravar o programa, questão só de acertar datas. Zé Paulo, o santista proprietário, tá na área. Proponho que façamos o Clube dos Cornos aqui, ás quartas e ele parece curtir. Ficamos de falar amanhã á tarde sobre isso. Com tanto alcool na cabeça, não é hora de fechar negócios. Bora. Dex tá na lara e quer comer sanduba no Estadão. A caminho. Poderia muito bem pedir uma bela feijuca da madruga, mas vou de sanduiche de pernil, com direito a pururuca. Caraio, que versinho bonitinho. Quase um Hai-Kai:

"Poderia ir de feijuca da madruga,
mas vou de sanduiche de pernil,
com direito a pururuca"

Dex quer por que "quer" X-salada. Tá. Peço uma Brahma Long Neck. Outra. Dex deu cabo do sanduba dela e quer mais. Viva a larica! Rachamos um churasco salada. Meu pernil se foi faz tempo. Simbora, agora? Sim.

Cidade fria a vazia. Aconchego do lar. Quatro da manhã. Vai ser uma quarta feira bem complicada a de amanhã.