terça-feira, 13 de outubro de 2009

O papo desce o elevador e se senta num restaurante próximo chamado Marajá onde Igor pede um suco de laranja e uma vodka, lançando o produto alcoólico

O despertador toca e eu desligo. Dex ta acordada, com dor nas costas, sete e meia da manhã. Pede que eu aperte suas costas e eu faço isso, rapidamente. Tb to com minhas costas fudidas. É uma epidemia!

Jornal. Merda. Porcada se fudeu ontem em Recife, tomando de três do Náutico. Taí uma boa notícia. Tem algo me incomodando neste banheiro. Um short azul, da penalty, pendurado, molhado. Desconfio, mas não tenho certeza, que pulei na piscina do condomínio já chapado em algum momento do meu porre. Não lembro. Tava completamente no piloto automático. Ta lá, o short azul, pendurado no box e eu não me atrevo a perguntar a ninguém se pulei ou não na piscina. Deixa este estandarte da minha chapação secar. Aí eu o tiro dali e finjo que não aconteceu. Preu não lembrar se rolou isso ou não, certamente eu já estava pra lá de Bangladesh. Ai, ai, ai! Banho. Barba. Internet.

Atualizo tudo com certa rapidez e ainda dá tempo de responder os orkuts. Dex ta la embaixo. Ainda meio de tromba comigo. Beijos e fui pro SBT.

Transito legal e vou ouvindo o repertório do Clube dos Cornos. Não falei pra vcs? Falei! Fechei três datas no Aurora, ás quartas de novembro, para mostrar este repertório com clássicos que vão de Chrystian e Ralf até Nelson Gonçalves: só música de corno! Mas não corno ridículo. Corno com sentimento, contando histórias comoventes, intensas como está do Lindomar Castilho, em que ele diz assim: "não fale o nome dela... senão eu vou beber de novo!" É demais ou não é? Aí, vou ouvindo estas coisas e me emocionando. Ok.

To aqui no estacionamento do SBT sentado no banco do carro ouvindo o Nelsão dizer: "É destino, meu amigo, ela voltará e trará nos olhos tristes..."!

Bão, vamulá!

Naná e Ed em ação. Dante só vem amanhã. Jorjão ta chegando. Preciso escrever o roteiro da entrega da casa de Limeira pro WW. Mas antes disso vou abrindo o Dorival Caymi. E quer saber, vamo "armoça"? Vamo. Salada, carne.

De volta á minha mesa. Fio dental. Cagadinha esperta. Vou lá no "assist" ver as imagens da "surpresa" desta mesma casa, quando tudo começou semana passada. Ver o passeio do Celso pela casa, as observações que a família fez sobre este ou aquele cômodo, pra fazer ganchos na hora da entrega, sacam?

Beleza. Já vi tudo. Vamolá!

Bruno, diretor de externa e meio que assistente do WW me apóia nisso. Ele esteve lá durante toda a obra e vai me ensinando a roteirizar o passeio do Celso por um local em que eu nunca estive. Vai a tarde toda. É muito detalhe. Depois tem que transformar o roteiro em fichas. Quando termino o processo todo já passa das sete e meia da noite. Vai tudo via e-mail e fico meio que esperando algum retorno da direção para alterações.

Em paralelo eu vinha procurando as letras das canções do Clube dos Cornos na internet pra fazer uma pastinha de repertório. Dá trabalho. São 31 letras. Termino 20h30. Amanhã terei um encontro com o diretor da série do estagiário para passar o texto. Então, me preocupo em dar mais uma lida na bagaça. São cinco ou seis falas, não mais. E deu minha hora de ir encontrar a Aline sobre a idéia de programa preu apresentar. Antes de dar play neste repertório chifrônico que está me seduzindo, repasso mentalmente as letras do cd novo das VV, para ter certeza que decorei mesmo. Ok. Bora pra o centro da cidade!

Transito tranqüilo.

Como uma feijuca no Estadão, antes ou não? Não, subo! 26º andar. Aline abre a porta. O visual amplo do centro da cidade é lindíssimo. Exceto quando o transito encalacra, eu amo SP. O Adriano, marido e sócio da Aline na Aiá Produtora vem bater papo tb e o assunto é o CQC. Conto alguns detalhes que vcs que lêem esta porra diariamente já sabem. Opa, chega o Igor, diretor que tb ta envolvido no projeto. O papo desce o elevador e se senta num restaurante próximo chamado Marajá onde Igor pede um suco de laranja e uma vodka, lançando o produto alcoólico dentro da fruta liquefeita. Isso chama-se Hi-Fi pra mim, Screwdriver pra ele. Ele diz que Hi-Fi é com refrigerante de laranja. Screwdriver é o nome do drink que John Bonham, batera falecido do Led, bebeu em quarenta doses antes de morrer sufocado no próprio vômito. Bela referencia.
Igor é um cara de dois metros de altura, nascido em São Paulo e criado no Rio. Por isso tem o tal sotaque carioca e torce pro Corinthians. Pra mim ele é o elo perdido entre paulistanos e cariocas.

Aliás, hoje, 13 de outubro, faz 32 anos que o timão saiu da fila e ganhou da Ponte Preta. Data fundamental pra qualquer corinthiano! Adriano, além de diretor e videomaker, era baixista originalente e faz trilhas prum monte de programas que a gente vê na Tv, inclusive na Globo. Aline é tb diretora e editora. Toma suco de laranja puro. Depois encara um Amarula para, segundo ela, ouvir melhor o papo. Adriano começa na breja. Peço uma Hoegaarden belga, após brigar com o garçom que me garantiu que tinha Leffe. Ok, papo sigiloso em andamento. Quando puder eu conto pra vcs. Idéias interessantes, pessoas interessantes, mas tudo ainda por ser feito.
O relógio vai andando, a cerveja vai descendo. Dex me torpedeia querendo saber se vou demorar. Vou!

Porção de filé aperitivo. Bar fecha. Mais de meia noite e tamos indo pro Estadão que teria sido nossa primeira opção se não estivesse tão lotado quando descemos. Ok. Agora é balcão e Cerpa. Peço uma porção de pernil com direito a casquinha. E o papo segue animado.

Duas e pouco e ta na hora de sartar. Igor fica de mandar um e-mail sintetizando algumas idéias. Todos concordamos que é preciso ser rápido, pois este relativo destaque que ganhei no CQC morre um pouco a cada dia. O defunto ta esfriando e daqui a pouco ninguém mais lembra de mim na TV. Comprei um X qualquer coisa que a Dex pediu. Vou pra casa atravessando SP noturna, calma e bela como uma morena nua na cama da gente. Carros de polícia passam ao meu lado. Não tem essa de bafômetro. To bem, no melhor momento da cerveja. Home.

Tento queimar um cd com o repertório dos cornos pro Simon, mas não consigo. Hum! Três e meia e vou deitar. Dex pergunta a hora só pra ver se bebi demais e to gago. Respondo seguro:

- Três e meia, mas já toh em casa desde as duas e meia tentando queimar um cd. Boa noite!