quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Porra, com que roupa eu vou? Pirata, Genelvis?

Então. Que idade eu tenho mesmo? Porra, parece que foi anteontem que eu me fudi pra sair da cama. Foi mesmo. E to aqui, ás oito da manhã, sem força pra sair da cama de novo. Levanto, pego o jornal e cago. Cago, nçao, seu ogro, diz defeco. Ok, Cago e defeco! E volto pra cama.

Coloco o despertador pras dez e meia e fico ali, mal. Dez e quinze. Dez e meia. Dez pras onze. Vou pro chuveiro e nem sequer vou ligar o computador em casa hoje. O banho me salva um pouco. Desço. Arrasto a mala com coisas usadas nas fotos pra cima. Ainda bem que tive o cuidado de pendurar a roupa de Genelvis na lavanderia. Bora. Quinze pra meio dia. To na rua. Cavalo me liga e diz que tem meia duzia de novos cds que a galera da MNF de Curitiba mandou pra gente em primeira mão.

- Caraio, Cavalo. Tô atrasadaço. Mais tarde eu passo ai e pego o meu. Parabéns pra nós.

Porra, preciso acompanhar os depoimentos do "Vc não vale nada mais eu gosto de vc". Inda bem que o transito não tá estas coisas. Olha o Paulinho cantando. Paulinho da Viola, sim senhor, cantando como um anjo:

"Solidão é lava que cobre tudo
Amargura em minha boca
Sorri seus dentes de chumbo
Solidão, palavra cavada no coração
Resignado e mudo no compasso da desilusão
Desilusão, desilusão,
Danço eu, dança voce na dança da solidão
Camélia ficou viúva
Joana se apaixonou
Maria tentou a morte por causa de seu amor
Meu pai sempre me dizia :
Meu filho tome cuidado,
Quando eu penso no futuro não esqueço meu passado
Desilusão, desilusão,
Danço eu, dança voce na dança da solidão
Quando chega a madrugada,
Meu pensamento vagueia
Corro os dedos na viola
Contemplando a lua cheia
Apesar de tudo existe uma fonte de água pura
Quem beber daquela água não terá mais amargura
Desilusão, desilusão,
Danço eu, dança voce na dança da solidão"

Dizer mais o quê?

SBT. Jotaeere já me ligou cobrando minha presença. Bora. Estúdio 3, com cenário do SS montado. No centro, uma tapadeira verde para recorte em Chroma. Uma poltroninha azul onde os depoentes vão dar o serviço. Primeiro a filha, que mandou a carta. O câmera man me confidencia que acompanhou o CQC e que eu deveria ter ganho. Obrigado, véio!

A filha, morena , 29 anos, tem florzinhas pintadas nas unhas bejes dos pés. Não posso evitar de olhar pra eles. Sou pedólatra e este par é muito bonito. Delicado.

Ela fala. Depois é o pai, monocórdico e quase mudo. Na sequencia a mãe, falando pelos cotovelos. E depois o netinho. Ok.

Volto pra minha sala. Corro pra dar uma cagada. Depois corro pra ingerir a feijoada nossa de toda quarta. Volto e escrevo o roteiro da reconstituição com base nos depoimentos. Mando pra produção que, ao que parece, tava apostando num belo atraso de minha parte. Chupa! Se dependesse do meu humor, nem sairia. Ressaca e sono em andamento. Depois, todo atrasado, começo a atualizar minhas internetices. Caraio, Dorival Caymi, meu "velócissimo" computador, trava várias vezes. Lei de quem? Eddy Murphy? Eddy Vader?

Vão pingando mais trampos. Socorro. Preciso atualizar estas porras. Olha só, Marcelo Tas declara que ano que vem por, conta das eleições e da Copa do Mundo, o CQC pode aproveitar alguns dos semi finalistas, sem concurso. Seria, como já disse em off no momento de minha eliminação, uma honra trabalhar no CQC. Não é porque perdi que vou detonar o programa. Deixa o tempo passar.

E que mais?

Mais porra nenhuma. Pesquiso uns sons dos Ramones pra gente discutir se faz cover ou não. A minha favorita é "Do you remember rock'n'roll radio?". Tem a letra de "Don't Be cruel", do Elvis, mais longa que eu esperava. Olhos uns possíveis covers do Roberto Carlos e apenas "Eu sou terrível", já bastante coverizada, me atrai. Hum! Área!

A caminho de casa sugiro pro Cavalo (que ta no Banas) "Cantando no banheiro" (é este o nome?) do Eduardo Dusek. Falo dos Ramones, do Roberto, quem sabe um Camisa e ou Ultraje. Banas já havia lançado, mas só agora me liguei que dá pra emendar "Surfista Calhorda" (Replicantes) no fim de "Esta mulher só quer viver na balada" (ela não surfa nada, eh, eh,eh). Olha ai, a coisa tomando forma. Naturalmente! E chega de papo. Home.

Dex fez jantar: arroz, brócolis cozidos e uma maminha no forno. Good! Jantamos juntos. Depois subimos pra zapear um pouco e a única coisa interessante é o Náutico metendo um a zero nos bambis nos Aflitos. Desisto desta merda de televisão e começo a montar a mala de figurino pros shows do fim de semana. É uma mala bem complicada. E cheia. Sexta, em Curitiba, pelo que sei vai ser um lance mais curto, com umas coisinhas nossas, outras do Raul e uma jam. Porra, com que roupa eu vou? Pirata, Genelvis? No sábado é uma espécie de pré estréia do novo show na nossa querida Ponta Grossa, mas é provável que seja ainda um híbrido do anterior com músicas novas e abertura de Genelvis. E domingo é outro mistério.

Então, estou levando as roupas normais pra turnê anterior, inclusive duas batinas, dois sets de pirata e tal. Ainda tem o visual de mago do Raul. E tem a roupa do Genelvis. Só isso já lota minha pobre mala que ta com os bofes pra fora. Ou pra dentro. Fecho tb a mala pessoal e com isso tudo perco mais de uma hora. Foda.

Banho. Banho? Dex, estranha! Banho, sim! E cama, lendo Pornopopéia, que finalmente passa da página 200. Caraio, o Zeca, personagem principal, deu no pé e surgiu numa casa de praia, sem contato com o mundo que parece estar em sua bota. Este cara é um demente. Sou fã dele. Dex vem deitar. Quer que eu apage a luz. Só mais umas páginas. Ta frio. Ela esfrega os pés nos meus. Boa noite, gente, desta vez sem chapação e ressaca. Mas amanhã é outro dia!