domingo, 4 de outubro de 2009

Será que vamos ficar pops agora, meu Deus? Pelo menos livramos estas meninas de gostar de bandas emo, porra. Aqui é rock’n’roll, caralho!

Chacoalha - coalha no ônibus. Começo a recobrar a consciência e já estamos em Telêmaco Borba. O Hotel tem uma escada complicada preu carregar a porra da bagagem. Levo tudo pra cima e me dão um quarto que é no mesmo andar. Obrigado, isto facilita muito o manuseio das malas.

Gente, que quarto é este? Uma suíte, com sala incluindo sofá, mesinha, duas poltronas, um computador só pra mim. Banheiro, cozinha. O quarto tem uma puta camona de casal. E outra cama de solteiro ao lado. Tv de plasma no quarto e na sala. To bem ou não? Nosso contratante e amigo Robinho foi forte desta vez. Não sei se já disse pra vcs, ele tem duas tatuagens iguais ás minhas nos braços. Penduro a roupaiada e caio na cama. Nada de almoço hoje. Fico ali, meio que dormindo e acordando várias horas. Meio dia e pouco, Robinho, o bambi, liga me convocando pro almoço. Peço prele me arrumar uma marmita. Preciso descansar.

Fico assim até três da tarde. Ai falo com a portaria e Robinho vem me buscar pro churrasco que ta rolando no clube onde vamos tocar. Roy ta com ele e os dois estão movidos a latinhas de breja. Este Roy gosta de uma farra, mano!

No clube a técnica ta trabalhando no som. Eu mando uns pedaços de churrasco pra dentro, acompanhados de tomate, arroz e uma skol. To comido. De volta pro hotel. Eu não disse, mas o pessoal do hotel colocou um bombom e um bilhete super gentil para nos recepcionar, agradecendo a preferência, se pondo á disposição para qualquer coisa e desejando bom show e breve retorno. Só tive coisa parecida com esta quando fui participar do carnaval de Salvador a convite da galera do Andrezão, onde além de um bilhete como este, ainda havia abadás pra vários blocos e uma garrafa de Black Label. Fora transporte e hospedagem pra mim e pra Dex. Uhu!

Aproveito a mamata do computador no quarto e atualizo o que posso do blog, twitter e e-mails. O show vai ser mais cedo por aqui. Nove da noite. Banas me liga por volta de seis e meia dizendo que a saída é sete e meia. Sigo escrevendo e descubro que a porcada ganhou de 3 a 1 de virada do Santos na Vila. Fora o baile! Ta foda, não é hoje que vou me vingar do Roy.

Portaria do hotel. Bora. Vamos em vários carros. Robinho se vira como pode para fazer uma boa produção, mas van não coube no orçamento. Não tem problema, mano. Tamo junto.

Camarim. Bebericos. Passei a tarde com cólicas intestinais e cagando até o que não comi. Espero que tenha cagado tudo. Cervejinha? Sim! Peço que Ricardo faça aquele drink estranho que me liga. Banas faz uns comentários sobre a dificuldade de abrir pro AC/DC, assim como sobre a fraca expectativa de público pra hoje, o que me deixa de bode. Peço pra ele não vir com estes assuntos antes de show que me derrubam. Eu quero abrir pro AC/DC e eu vou! E vai ter uma galera animada hoje. E se só tiver uma pessoa na platéia vamos tocar com a mesma rola dura de sempre, puta que pariu!

Robinho traz a família pra gente conhecer. Filhos, esposa, todos corinthianos. O patrocinador do evento é um porco chato. Pense num porco chato! Pensou? Este é pior. Mas a esposa dele e os filhos são corinthianos. O diretor do clube traz cds pra gente autografar. Era ele quem tava cuidando do churrasco hoje quando almocei. Gente boa, o Pintinho!

Vou cagar. Voltei. Bora. Genelvis na área. Uma entrevista pra TV. Vamo?

Mesma estrutura do show de ontem, com algum cuidado pra não cometer os mesmos erros. Não ta lotado, mas ta bem legal. Vamonois. E tudo sai ainda melhor que sábado. Juju faz o discurso direitinho em Cafajeste. O resto vai indo bem. Fim. Bis. Tem muita molecada de 10, 12 anos na área. Uma meninas, certamente com menos de 18 anos na frente do palco, corando a cada putaria que eu pronuncio. Será que vamos ficar pops agora, meu Deus? Pelo menos livramos estas meninas de gostar de bandas emo, porra. Aqui é rock'n'roll, caralho!

Acabou. Camarim em festa. Vou falar com a galera lá fora. Abraços, fotos, autógrafos. Volto pro camarim. Ta uma farra só, Robinho de esbaldando. Olho pro Marquinho, nosso motora e pergunto se tenho chance de ir pro busão agora. Ele me escolta. To cansadão. Não sei se pela tensão do show novo ou se por terem sido três dias intensos. To cansado!

Antes de sair um fã aparece e me mostra o filhote ainda de colo. Vitor? Pego o menino no colo e tiro fotos. Lembro que ontem, em Ponta Grossa, tb peguei uma criança pequena no colo na tarde de autógrafos. Era uma menininha. E a cena se repetiu após o show no Empório, á noite. E agora de novo. Estarei pronto para virar pai? Ah, que presente de Deus seria! Busão.

Dou uma cochilada, tomando água mineral. Deu "rabuje" de breja. Banda no busão. Hotel. Banho. To pelado, deitado no sofá, ouvindo o cd novo sendo reproduzido no computador. Parece que corri uma maratona. O interfone toca. Precisamos ir. Arrumo tudo. O interfone toca.

- To arrumando a porra toda.

Beleza. Busão. Vamosimbora. São Paulo, here we come. Brigado Robinho, mais uma vez foi uma honra tocar em Telêmaco Borba!

Brigado Deus pelos bons shows. Leva a gente bem pra sampa. Inteiros!