sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Vão dar o cu pra uma matilha de jegues, seguranças de merda.

Quinta feira – 15 de outubro de 2009

 

Dex levanta da cama antes do despertador tocar. Perdeu o sono. Levanto pouco depois e desço pra pegar o jornal. Nada de jornal. Ligo na portaria e nada de jornal. Ligo no Estadão e reclamo da falta do jornal. Nada de jornal! Pronto, meu dia começou torto sem leitura fresca para a cagada podre. Banho.

Dex entra no banheiro e dá um barro fedorento ao lado do box enquanto conversamos. Isso se chama intimidade! Tava passando as letras das novas músicas mentalmente sob a água. A faxineira deve estar chegando. Dex ta menstruada e, naturalmente, mais sensível. Seguimos conversando sobre estes projetos que estão chegando até mim. Espero que algum deles vingue. Quero ir pra frente das câmeras, porra, caralho, buceta!

Ainda meio faltando um pedaço por causa da não entrega do jornal, vou pra Internet. Dex vai deitar, pois ta com cólica. Lá embaixo ouço os ruídos de dona Rosa. Terminando minhas internetualizações passo no Simon e tento resolver a porra do lance do repertório. Depois vou pro SBT, resolver roteiros. Lá pelas 18h saio pro pocket show. E seja o que Deus quiser. To com minha camiseta vermelha da FDP.

Tento ligar pro Simon pra avisar que to indo, mas meu celular inexplicavelmente está sem sinal. Não exatamente sem sinal, exibe uma mensagem que me informa que o serviço está limitado e só posso fazer chamadas de emergência. O que é uma chamada de emergência? Como informo ao celular que determinada chamada é de emergência? Hum!

Simon's. Ele ta em casa. Subo. Passo as músicas pro Lap Top dele via penis drive. E tb entrego o cd que queimei com umas doze canções, já que as outras se recusaram a ser inseridas na mídia denominada CD-R. Viadinhas! Fefê quer que eu jogue um baralho esquisito com ela. E eu jogo. Mas tenho que ir. Aproveito e deixo o baixolão do Tuca com Simon prele levar na passagem de som. Pronto. SBT.

Transito desgraçado. Anhanguera lenta. Trevo do 18 fechado. Alça do 19 fechada. Retorno no 24. Tudo muito moroso. Gato na frente do SBT. Puta que pariu, tem um busão amarelo gigantesco manobrando na entrada da cancela. E dá-lhe esperar. Minha chegada ao SBT tem se parecido com um campo minado, cheio de armadilhas. Ok. Subo.

Redação. Pelo visto não chegou ninguém. Todo mundo preso no tráfego pesado desta área. Opa, a blusa do Ed está ali. Então ele está. Mas tá tudo certo. A galera vai chegando e se ocupando. Inicializo Dorival. Acertos aqui, checagem ali, almoço. Mocozo, claro, um belo naco de contra-filé sob a salada. Rango em andamento. De volta pra produção. Epa esqueci meu crachá no carro. Não consigo passar pela catraca da praça de alimentação. Peço ao segurança que me libere a entrada, mas ele diz que não pode e me manda pruma outra catraca. Eu vou? Ô caraio! Dou a volta pelo heliponto e entro por trás. Passo bem pertinho do meu carro e vcs podem pensar:

- Por que este velho safado não pega o crachá no carro?

Porque a chave está no bolso da minha jaqueta, na produção. Ok. To de volta agora. Tomo o crachá do Dante emprestado e vou até o Assist ver o que foi gravado daquele marido relapso no SPA. Vida boa da porra, cheia de massagens, banheiras, relaxamento. Vagabundo!

Volto e começo a adiantar esta porra de roteiro de edição. Jorjão ta fazendo o mesmo com a reforma do carro. Dan ta se embrenhando no apê do Tito, Naná resolvendo offs da surpresa do WW que vai ao ar domingo e Ed, que ontem á noite foi assaltado e tomou um soco no nariz, ta com seus tops e um vt de artista. É isso. Tarde em andamento.

Ops. 5 pra seis e tenho que ir pro Pocket show. Já de bolsa a tiracolo e jaqueta no corpo resolvo atender a um último telefonema. Carlinhos, chefe da edição, pede que Nádya escreva o texto para o vt do WW agora. Mas Nádya ta de saída, pois deu sua hora. A verdade é que alugaram ela a tarde toda com detalhes de edição que não são da nossa conta. E quando surgiu a necessidade real de texto já tava na hora de ir. Estabelece-se uma certa tensão, pois Carlinhos quer o off o quanto antes e Nádya tem um compromisso ás sete. Ok, Naná se dispõe a escrever o off de casa e mandar mais tarde. Carlinhos parece não gostar muito, mas é assim que vai ser.  E vamosimbora!

Dante pede carona. Eu o deixo lá embaixo e, pasmem, chego ao Shopping Villa Lobos na Marginal Pinheiros em 20 minutos, com todos os caminhos livres como num feriado. Vai entender esta cidade. Carro encostado. Subo até a Livraria Cultura. Já tem uma filinha de gente esperando pra nos ver. Cumprimento-os e vou pra dentro do auditório que, fui informado, tem capacidade pra 120 pessoas.

A banda ta passando o som e me junto a eles. Depois fazemos uma entrevista em vídeo. E na seqüência, batendo sete da noite, saio só, como o Lenine, para tomar uma. Encontro um bar típico americano chamado Joe's and outro nome que não lembro. Pelas paredes decoração de baseball, cricket, futebol americano e esportes universitários. Joe? Bar? Baseball? Enquanto saboreio um chopp pilsem Eisenbahn e vejo garrafas de Baden baden e Devassa na prateleira, lembro da canção do Simon & Garfunkel, Mrs. Robinson: "where have you gone, Joe DiMaggio, a nation turn his lonely eyes to you, uh, uh, uh!". Bingo. Este é um bar temático do Joe DiMaggio, lenda do baseball americano, praticamente desconhecido entre nós e que, entre outras coisas, foi namorado da Marilyn Monroe. Morreu em 99, depois a wikipédia vai me informar. É como se eu entrasse num bar temático do Rivelino em Nova York. Mais uma caneca de chopp catarinenese desce. Sigo assuntando o pessoal sobre a decoração. Descubro que há cinco bares como este no Rio e aqui no Villa Lobos foi instalada a primeira versão paulistana. Cool.

Bem, como vcs já devem ter sacado, o bar serve produtos Schin. Tem tb chopp Primus e Schin. Pego duas garrafas de Baden pra viagem, uma Stout e outra Cristal. E volto pra fazer o show acústico.

Ofereço tragos das brejas pra galera. Roy sumiu. Roy voltou. Simbora tocar o novo cd inteiro.

E vai bem. As pessoas até cantam várias das novas canções. Uhu! Que bela surpresa. Abrir as canções na Internet antes do lançamento fez efeito. Tocamos por pouco mais de uma hora, com um ou outro comentário no meio. Inclusive citações como a dos Replicantes e da Amy "adega" saem tb. Não podemos esticar bis ou bater papo, pois tem um espaço pra fotos e autógrafos na parte de baixo da loja. É pra lá que vamos, regados a vinho branco. Muita gente, gente! Uau! Amigos, fãs, gente que não via faz tempo. Cool. Até Rodrigo Arijon, que esteve entre os finalistas pro CQC dá as caras. Legal! E desce vinho branco. Terminou. Loja fechando. Banas me informa que amanhã ás sete da noite o Metrópolis vai gravar com a gente no Inferno. E dá-lhe dar gato no SBT.

Volto pro bar do Joe DiMaggio. Dex me liga e pergunto se ela quer ir até o Terra Nova depois, mas ela já jantou e ta com preguiça. Como um hambúrguer aqui mesmo. Delícia. Isso é que é hambúrguer, porra! Mais chopp. Hora de ir. Levo uma Devassa long neck pra não morrer de sede no caminho.

O caixa do estacioamento não aceita Visa e to sem grana. Shopping em vias de fechar e tenho que atravessa-lo vigiado por seguranças pra ir ao um caixa 24 do lado de fora, sacar grana, voltar, pagar o estaciomanento e sair. Vc acredita que durante este trajeto interno um segurança disse que eu não podia portar minha Devassa? Mas, por que não explodem todos os seguranças do mundo? Quem este cretino pensa que é? E mais: o que ele pensa que uma cerveja é? Droga pesada! Vão dar o cu pra uma matilha de jegues, seguranças de merda.

A luz que indica combustível no osso tá acesa. Encosto num posto na Marginal e enquanto cara introduz álcool no tanque, eu desintroduzo cerveja no banheiro.

Indo pra casa. Tô aqui. Dex ta de tromba e nem sei por que. Terei feito mais alguma cagada? Ou será algo retroativo? Ou ainda, apenas a porra da mestruação? Vai saber! Resolvo comer um bife com pão e abro uma Eisenbahn daquelas que ganhei em Ponta Grossa, aquela comemorativa da Oktoberfest. Frito o bife com sal grosso e azeite. Corto as fatias endurecidas de pão e jogo em cima. Uma massaroca deliciosa que desce muito bem, lubrificada com breja. Dex ta de tromba. Já disse isso, né! Pergunto a razão e nada. Me troco, escovo dentes e vou dormir. Começo a roncar feito louco e ela me cutuca a cada cinco segundos.

- Ok, seus problemas acabaram: vou dormir no sofá.



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