Bão. Quase meio dia e saio da cama pra cagar. Caguei quando cheguei e esqueci de contar. E tb li o jornal. Mas ler o jornal quando chego mamado da balada é uma merda, pois esqueço tudo e tenho que ler novamente. É isso que eu to fazendo.
Estão lançando no Brasil o romance Terras Baixas, de Joseph O'Neill, que foi recomendado pelo Barack Obama. Nosso Presidente já recomendou algum livro? Não, né! Ele é alfabetizado? Apenas o suficiente para seguir enganando o povo com seu populismo operário de merda.
Xuxa é eleita a rainha do festival de cinema de Gramado. Chegou cheia de pompa e seguranças, disse que é "loira, povo e vencedora e que a galera vai ter que engoli-la". Mas tirou de sua filmografia o filme "Amor, estranho amor", onde aparece transando com um garoto. A rainha dos baixinhos não quis passar atestado de Michael Jackson. Na época, em início de carreira, deve ter sucumbido a um cachê mediano. Por aqueles tempos virou namorada do Pelé. Comida do Pelé, vai! Deve ter até feito programa. Aí sua vida mudou e ela virou uma princesinha. Hum! Não seria mais digno se ela explicasse que era jovem, em início de carreira e acabou fazendo algo que ia contra seus princípios só por grana. O povo ia perdoar (não sei o quê, mas iria). As pessoas adoram quando um ídolo age com humanidade. A gente adora herói, mas admira ainda mais bons seres humanos. Os erros humanizam a gente. Xuxa podia ter assumido o que fez ( não vejo erro nenhum) e seguido a vida. Mas, não. Preferiu a truculência da censura. Xuxa, rainha do cinema brasileiro? E Leila Diniz, onde fica?
Ok!
Ok, o caralho. Vai se fuder, Xuxa. Beleza é o teu cu! Dignidade, isso sim!
Fernandinho, meia do Barueri, quer jogar no Timão. O tal de Federico, o novo Messi, ta enrolado. A porcada precisa vencer o Botafogo hoje e torcer por tropeços do Interchoronal para se sagrar campeão simbólico do primeiro turno. Quer dizer, se o Inter ganhar seus compromissos, todo este buxixo alvi verde terá querido dizer exatamente, nada. Bem, meteram três na gente. Três de Obina. Isso é foda!
São Paulo tá com 11.037.593 habitantes. O Rio tem 6.186.710. É mole? O Brasil tá na casa dos 191.480.630 e em 2014 deveremos chegar aos 200 milhões. Por outro lado, o município brasileiro com menos gente atende pelo nome de Borá e fica no interior de São Paulo. Tem 837 pessoas. Meu twiter, neste momento, tá em 904 pessoas. Tenho mais seguidores que pessoas na cidade de Borá. Eh,eh,eh. Vou dormir de novo. Dex passa pelo quarto. Peço que ela venha ter comigo. E vamonóis tentar emplacar um herdeiro neste dia de aniversário do meu afilhado Pedrão, filho do Cavalo e da Ju e tb aniversário da Heleninha, filha do Amatore. Parabéns a todos.
Tentativa engravidatória deliciosa realizada com êxito. Banhos. Internets. Almoço. Dex ta de ressaca e mal humorada além de conta. Treta na mesa. Volto pra Internet e ela vai pro quarto. Daqui a pouco tenho que ir comprar um presente pro Pedrão. Mas agora tenho que cagar. Té mais
E caga, heim! Mas, caga, né?
Ok. Bora comprar o presente do meu afilhado. Shopping Center Norte apinhado nesta ensolarado sábado á tarde. Cadê vaga preu parar a porra do carro? Saio do estacionamento e páro num outro bem distante. Óculos Rayban escuros, cabelo alvi-negro esvoaçante, barba de aiatolá e barriga de mestre cervejeiro: i really love my style!
Vou direto na B-Mart. Juju me disse que Pedroca tá na fase de montar coisas, então, a jogada é comprar algo prele ir grudando. Tem um saco de pecinhas de encaixar que é quase do tamanho dele. Acho que é isso. Comprado.
Aproveito e vou numa loja da Zêlo e compro uma toalha amarela pra cortar e fazer a faixa do meu roupão da mesma cor que foi surrupiada num destes shows embebedado que eu faço. Pronto.
Tô ao lado daquele empório das brejas importadas. Dou uma olhada e nada de novo. Back home. Dex sumiu. Ela ia no "bate cabeça" com a Bio. Deve ter antecipado a partida. Ficamos meio emburrados depois do almoço. Ligo pra ela pra tentar localizar uma tesoura nesta casa. Ela me dá dois paradeiros do instrumento cortante. Achei. Corto a toalha. Beleza.
Vou aproveitar e assistir ao documentário do Timão sobre a conquista do paulistão de 77: "23 anos em 7 segundos". Não tem as sacadas do roteiro do outro documentário, aquele que fala da queda e da volta. Mas é um registro poderoso deste título épico. Conta a história da conquista de 54, contra a porcada, quando eles nem eram porcos ainda. Imagens do Pacaembu antigo, com concha acústica e tudo. Depois começa o drama dos 23 anos de sêca, com direito a registro dos 11 anos sem vencer o Santos do Pelé que, eu já disse, enquanto brasileiro é ídolo, o maior jogador de todos os tempos (Maradona quem?). Mas enquanto santista é inimigo! I-NI-MI-GO!
Mostra o fim do tabú em 69, acho, que foi mais comemorado que título. Aí vem a final de 74 que o porco ganhou de um a zero e condenou Rivelino a sair do parque. Em 76, a invasão do Maracanã. Juca Kfouri afirma que esta ida de 70 mil corinthianos pro Rio foi o maior deslocamento popular em tempos de paz de toda a história da humanidade. Uau! Gosto do Juca. Já o Olivetto eu não curto. Todos falam. Mas o mais legal é a entrevista final com os quatro jogadores mais diretamente envolvidos na jogada do gol contra a Ponte, no terceiro jogo, em 77. Zé Maria, que cruzou a bola, Vaguinho, que chutou no travessão, Vladimir, que cabeceou contra a defesa da Ponte e, finalmente, Basilio que empurrou pra dentro, tudo com direito á narração épica do maior locutor de todos os tempos, o pai da matéria, Osmar Santos.
Claro que chorei paporra. Corinthianos não podem perder este documentário. Adversários não serão capazes de entender que ás vezes um paulistinha vale mais que um mundial. E 23 anos cabem em 7 segundos de delírio. Obrigado Basílio! Eu tenho orgulho de ser corinthiano! E amanhã vamos ganhar do Galo no Pacaembu pra espantar este principio de crise.
Arrumo minha mala. Desço e janto lasanha e macarrão. Volto e me visto. Abro a internet pra ver a quantas anda a rodada de sábado. A porcada empatou com o Fogão em 1 a 1 em casa. E o Cholorado ganhou de dois do Santo André. Com estes resultados, Inter e Galo mineiro, com dois jogos a menos que o Verdinho, podem se sagrar campeões simbólicos do primeiro turno. A porcada não vai nem levar este troféu invisivel. Que lixo que é esta representação futebolística sediada no Parque Antarctica. Lixo!
Toca o interfone e Banas tá lá fora com a Van. Me municio de três latas de breja e saio arrastando minha mala pelo condominio horizontal. Quem veio nos buscar é o Marcelo, um motorista que ás vezes trampa com a gente. Passamos no Tuca pra pega-lo. Cavalo ficou na casa dele. Tá aqui tb. Agora é Roy na padoca próxima da Gabaju. Simon tá junto. Juju vai direto pra Osasco Rock City. A marginal, devido ás obras, tá engarrafada plenas dez da noite de sábado. Osso!
A gente se perde nas próximidades de Osasco, mesmo com o auxilio luxuoso do GPS. Acabamos numa pirambeira, numa bocada com a polícia dando uma geral numa boca de fumo. Banas se eriça como gato diante de um cachorro.
- PelamordeDeus, Marcelo, tira a gente daqui!
Roda, roda, tamos na sede do Delta motoclube. O show é beneficente pro Marcos Jagger, vocalista baleado de uma banda de cover dos Stones. Ele tá de cama e ameaçado de ficar tetraplégico. Foda! Boa sorte, amigo. Melhoras. Deus te abençoe!
Evento de moto é sempre legal, porque a galera curte o "rock'n'roll style", you know?
Há uma tenda ao lado do palco de alvenaria (acho) que será nosso camarim. A Vera, empresaria da banda do Marcos, é a organizadora do evento. Na verdade, é um festival que começou na sexta e vai até domingo. O chão do camarim é de terra meio desnivelada. Então, fica meio complicado de colocar minha mala numa posição que permita abri-la e pendurar os badulaques. Ok. Tá tudo ajeitado.
Tem breja de montão, uma garrafa de Smirnoff e outra de Absolut. Caixinhas de suco de laranja, gêlo. Tudo nos conformes. Tem uma banda no palco. Eles parecem covers do Sisters of Mercy. Eu gosto. Entrou outra que tá numa onda mais glitter rock dos anos 70. Tá comendo Sweet e T.Rex. Tô amando este repertório.
Juju trouxe a irmã e uma amiga da irmã. Tamaqui, bebericando, jogando conversa fora e esperando a hora de ir pro palco. O lugar é aberto e a noite quente e estrelada parece ter sido feita pra gente chacoalhar a cabeça. Trouxe a roupa número dois de pirata, com sobretudo vermelho, que alguns acham que roubei das paquitas. O chapéu tb é vermelho. Simbora? Sim, bora!
O chão do palco é mais liso que o de ontem na Ocean. Palco pequeno, mas tô ouvindo tudo. Segue o enterro. Esqueço de falar do "Edu viado" e da lojinha antes de chamar a Ju. Troco de roupa enquanto a mulher do diabo bota pra fuder no palco.
- Chupa minha rola, Simon Brô!
Este é o grito da Ju que faz o nosso batera adiantar o andamento pra encerrar a música. A ju é disparado a nossa melhor vocalista: canta bem e domina o palco e a galera. Voltei. A música do padre. Corrijo o esquecimento a anuncio Edu lá atrás. Vamos indo. Chegou um dos vocalistas dos Trovadores de Bordel, tô vendo do palco! Na verdade, são dois vocais e confundo os nomes, chamado este de Geléia, quando na verdade ele é o Douglas Xamã. Sorry, bro. Coisa de bêbado!
Antes da canção final arriscamos mais uma nova , "Bunda Boa". Esta é mais candenciada que a do "velho" e a da "mulher que quer viver na balada". Nenhuma reação especial aparente. Uns drinks fecha.
Antes da canção final arriscamos mais uma nova , "Bunda Boa". Esta é mais candenciada que a do "velho" e a da "mulher que quer viver na balada". Nenhuma reação especial aparente. Uns drinks fecha.
Volto pro Bis com a roupa de mago, mas antes do Raul, chamo a galera da banda do Marcão Jagger e fazemos um clássico dos Stones, "Honky Tonk Woman", comigo nos vocais e no baixo. Grazie, signori!
Segue Raul e a galera vem junto. Tocar pra iniciados é outra coisa. Terminou o Raul. Entraram mais duas nossas. Agora já era. Muvuca sob a tenda. Abraços, autografos, fotos, aquelas coisas. Dou um role no evento. Mais papo. Tô na Van. Tamos todos. Fome. A Van para em alguma conveniencia. Um bolinho de carne me é dado nas mãos. Nhac.
- Tá estragado!
Tava mesmo. Esfiha de queijo. Que treco seco. Hum. Aham. Heim!
Opa, tô na frente do meu condominio. Em meio ao dia que amanhece um vulto vestido de roupão amarelo arrasta uma mala e cruza trôpego a ruela do condominio Bougainville na Zn de sampa, Brasil, south america, mundo, via láctea.
Tô moído. Desfaço a mala, pendurando as coisas molhadas, jogando no chão as encharcadas. Banho. Ufa! Saio do banho e dou com Dex sentada no sofá mas coberta de cabeça e tudo por um cobertor. Que susto, porra. Ela conversa comigo, quer me contar sobre sua ida ao centro. Seis e meia da manhã. Não consigo prestar atenção. Fui.