Acordo cedo já na pilha do CQC. Bosta, jornal. Luxemburgo quer ser senador pelo Tocantins. Taí uma pessoa que cairá como uma luva naquela latrina legislativa. Na foto, Sarney acena depois da missa. Vagabundo.
E a cagada geral: Timão em 11º. Foda. Banho. Internet. Acordo Dex. Levo o meu carro pra revisão. Meu amigo Laércio, da Sorana, como sempre resolve as coisas pra mim. Grato, mano.
Dex me pega e voltamos pra casa. Ela vai comigo na Band. Deveremos sair ás onze. Ela vai pro banho. Se der sairemos antes. Ansiedade crescendo.
Dex me pega e voltamos pra casa. Ela vai comigo na Band. Deveremos sair ás onze. Ela vai pro banho. Se der sairemos antes. Ansiedade crescendo.
Saímos cerca de quinze pras onze. Parada estratégica no posto da Engº Caetano Álvares para abastecimento e bora ver qual é que é esta onda do CQC.
A Marginal Tietê ta em obras e vai no sistema pára e anda. Como vamos direto pra área do Morumbi, dou um jeito de ir para a pista expressa onde a coisa fui melhor, mas tb tem suas paradas. Esqueço que Dex não viveu esta experiência diária de sair do SBT e atravessar parte da Marginal Pinheiros sentido Band e estranho sua dúvida se chegaremos a tempo. Tenho certeza que sim. Saio na ponte da cidade Universitária, a esquerda lá na frente e já to na rota da avenida Morumbi. No rádio eu ouvia as notícias da CBN, mas Dex repugnou a falação e tamos pulando da Eldorado, pra esta de MPB que eu esqueci o nome e pra Kiss, pro bom e velho rock'n'roll. Mas minha cabeça não ta aqui. Ta lá!
Paro o carro duas ou três ruas atrás da Band, onde costumava parar quando vinha trabalhar no Sex Prive Brasileirinhas. O trajeto é o mesmo até a portaria, mas eu não. Eu to aqui pensando em vencer os quatro passos que sempre me separaram da área atrás das câmeras para o espaço na frente delas. Em geral não são mais de quatro passos. Uma pequena distancia no visual. Mas um salto gigantesco preste macróbio que vos escreve.
A portaria da Band ta movimentada. Há um grupo de cerca de vinte pessoas todas com visuais curiosos e olhares cheios de expectativas. Estes caras fazem parte do grupo dos trinta e dois, certamente. Me engano pensando que basta ficar na fila e descubro isso ao perguntar ao segurança. Claro. Primeiro preciso mostrar documento na portaria e dar o ar da presença pra produção. O segurança interno me reconhece perguntando se já tenho ficha na casa. Pego uma fila mais curta junto com a Dex. Mesmo assim preciso mostrar meu RG detonado. Dex não. Para os acompanhantes o sistema é outro. Pulseirinha.
Pra baixo do portão principal da Band forma-se uma fila de finalistas e acompanhantes. Tem gente com vários familiares. Eu to com a minha Dex e exceto por um cara pouco mais baixo, gordinho e tb de cabelos brancos, tenho a sensação de ser o mais velho. Por vezes ouço gritos de euforia e frases faladas em tom alto pra chamar a atenção que mais assemelham alguns presentes a concorrentes do Astros. E é bem capaz de alguns aqui terem freqüentado programas do gênero. Não há exigências acadêmicas para ser o 8º CQC. Deve ter muito franco atirador na área. E por que seria diferente? A Tv inebria. A fama seduz.
To abraçado com a Dex sob um sol de meio dia e meia que incomoda. É um concurso, mano. E como tal, a gente tem que ralar. Por mim tudo certo, mas Dex é a mais discreta e certamente não se sente bem ouvindo alguém atrás da gente dizer que "ta comendo a terceira geração de determinada família". Até para ser putanheiro tem que ter classe, seu babaca!
Ok, o pessoal da produção, notadamente a oriental Gislaine que falou comigo ao telefone, começa uma chamada para verificar se estão todos presentes. Falta uma moça. Aliás, a proporção é de pouco menos de um terço de mulheres para seres do sexo masculino. Não necessariamente heterossexuais. E isso não é da minha maldita conta!
Dex quer mijar. Agora não dá. Tranca o mijo!
Opa, depois de uma espera de cerca de vinte minutos que pareceram horas para mim, séculos pra Dex e eras geológicas para a bexiga dela, tamo entrando em fila indiana. Há uma espécie de galpão na lateral do pátio interno da emissora que serve para abrigar participantes de auditório de programas da casa. Aqui somos lotados.
Duas equipes de Tv se revezam entrevistando concorrentes e suas família. Um cretino ameaça puxar uma Hola. Falei que a onda tb tinha requintes de Astros?
Um produtor bem jovem vem com a câmera. Primeiro entrevista um gordinho com cara de Hip Hop ao meu lado. Depois me pergunta coisas genéricas chamando-me de Paulão. O que é que eu diria pro Sarney no senado.
- Eu o mandaria tomar no cu. Provavelmente eu seria despedido, mas pelo menos diria o que o todo o povo brasileiro tem vontade de dizer.
Falando com Dex a questão agora é se eu "to liberado" pra fazer o que "eles" quiserem, caso eu ganhe. Ela diz que sim e peço a eles que guardem a resposta pois pode me salvar em outros momentos da vida.
E tamos aqui. Dex foi mijar. Chegou a concorrente que faltava, eu acho. Um dos concorrentes, o tal que é uma caricatura, com colete vermelho e óculos que parecem aqueles que estão á venda na 25 de março e vem junto com bigode, muito bem, este cara me avisa que alguém quer falar comigo na grade que separa este ambiente do pátio. Eu conheço esta moça. Num é a Meg, produtora que conheci quando participei do Festival da Nova Música Brasileira da Tv Cultura? Vou até lá. Ela está acompanhada de outra mocinha, mais jovem, provavelmente tb produtora. Me pergunta se não quero fazer um teste para apresentar um quadro de Internet e novas tecnologias (?) num outro programa da casa. Claro. Me dá alguns detalhes, me pede pra gravar algo e colocar no youtube. Ok. Faz o mesmo com outras pessoas. Eles estão pescando novas caras na onda da seleção do CQC.
Volto pra Dex e comento com ela que um dos pedidos que fiz a Deus (além de ser o 8º CQC) era que dali surgisse mais alguma coisa, um contato, um convite, sei lá, algo que pudesse dar frutos e me levar pra frente da câmera independente do concurso. Seria isso? Veremos. Now, focus time!
É bom ter a Dex ao meu lado. Ela é a pessoa viva mais importante da minha vida. Um carinha se aproxima de mim com seus cabelos arrepiados e me reconhece, dizendo que já esteve em vários shows, que é fã e tal. Américo. Pelo que senti tem experiência apresentando programas em canais a cabo. Buona gente, parece. No mesmo embalo uma carioca com pinta de descolada e uma napa avantajada, mas charmosa, faz o mesmo trajeto e tb pergunta se sou mesmo das VV.
É bom ter a Dex ao meu lado. Ela é a pessoa viva mais importante da minha vida. Um carinha se aproxima de mim com seus cabelos arrepiados e me reconhece, dizendo que já esteve em vários shows, que é fã e tal. Américo. Pelo que senti tem experiência apresentando programas em canais a cabo. Buona gente, parece. No mesmo embalo uma carioca com pinta de descolada e uma napa avantajada, mas charmosa, faz o mesmo trajeto e tb pergunta se sou mesmo das VV.
Trocamos algumas idéias e ela pergunta sobre shows no Rio. Informo que dia 6 de setembro estaremos no Teatro Odisséia que ela diz ser uma casa, como eu já havia pesquisado, bem legal na área da lendária Lapa carioca. Ela tb tem uma banda, de Ska. Tem pinta de ser uma concorrente forte. Aline.
Tem um cara sentado num patamar acima do meu que trouxe como acompanhantes integrantes de sua equipe de Tv. O cara deve apresentar algum programa regional em Ribeirão Preto. Introduz seus convidados pela função e diz que vieram todos "aprender". Cabelo moicano e olhos claros cheios de ambição. Conheço bem este olhar. Olho nele!
A produção nos coloca novamente em fila, apartando-nos dos nossos acompanhantes. Neste momento chegam mais amigos meus para me cumprimentar: Soninha, Calazans, FC. Antes que saiamos desta incomoda fila indiana vejo o editor e o máster do horário , ambos do canal pornô, passando para almoçar. Eles acenam. Eu devolvo.
A fila finalmente se move e vamos pro estúdio da nossa direita. São dois os maiores estúdios da Band. Este tem o cenário do Dia Dia montado. O outro receberá as gravações do CQC, certamente. Somos colocados em cadeiras vermelhas pela numeração que nos foi fornecida através da ordem alfabética. Sou o 25.
Eles precisam levar a gente até o palco para ensaiar o posicionamento. É muita gente.
É isso que acontece. Os caras têm um pouco de dificuldade em posicionar os trinta e dois em quatro grupos de oito. Hum! Sendo o vigésimo quinto, abro a última fila, mas alguns querem que eu feche a penúltima. Vou e volto duas vezes. Ok, todos devem marcar sua posição. Daqui a pouco voltamos pra gravar. A produção disponibiliza rango: cocas, guaranás, águas minerais, sanduichinhos, salgadinhos, balinhas. Que gentileza.
É isso que acontece. Os caras têm um pouco de dificuldade em posicionar os trinta e dois em quatro grupos de oito. Hum! Sendo o vigésimo quinto, abro a última fila, mas alguns querem que eu feche a penúltima. Vou e volto duas vezes. Ok, todos devem marcar sua posição. Daqui a pouco voltamos pra gravar. A produção disponibiliza rango: cocas, guaranás, águas minerais, sanduichinhos, salgadinhos, balinhas. Que gentileza.
Maquiagem básica para todos. Antes que os 32 estejam maquiados é hora da primeira parte da gravação. Vamos pro palco em grupo chamados por Marcelo Tass. Ele entrevista alguns dos familiares na platéia perguntando por que seu conhecido deve ser o escolhido. Razões emocionais pouco palpáveis logo refutadas pelos parentes dos outros concorrentes.
Marcelo deseja boa sorte e informa que por via das dúvidas, a produção providenciou dois reservas, caso alguém não aparecesse.
Bem, o resto vcs verão no ar semana que vem. A partir daqui, para não estragar a surpresa do programa, direi apenas que conversei com vários dos candidatos, boa parte deles conhecedores e alguns até fãs das Velhas. Todos cheios de esperanças e sonhos. Alguns com aquele olhar de "passo por cima de todo mundo pra chegar onde quero". Estes eu espero do fundo do coração que não vençam. Já tem muito mal-caráter em TV. Minha tia, surreal, me liga em determinado momento, no meio do processo, para me convidar para suas bodas com Tio Valter. Queria tb o fone de um dos meus irmãos e tive dificuldade para explicar que não podia procurar e sequer anotar um outro fone no qual ela queria que eu ligasse depois pra passar o número. Encontrei Macarrão, Fernandinho e Marcelinho, os dois últimos do Sex Prive. Fiquei bem nervoso na hora da apresentação individual para os quatro repórteres do programa a ponto de errar uma pergunta de conhecimentos gerais simplérrima. Mas, aparentemente, dei meu recado e o que posso dizer é que na próxima segunda, quando vcs estiverem assistindo a esta gravação que descrevi em parte, haverá mais uma eliminatória sendo gravada para transformar 16 em 8.
Dex me disse que viu (ela acompanhou todo o programa) pelo menos quatro bons concorrentes, duas mulheres e dois caras. Hum. Não dei o meu melhor ainda. Não sou macaco de auditório do CQC e deixei isso claro quando ao responder uma pergunta sobre o programa afirmei não assistir muita Tv aberta.
Pegamos meu carro na revisão. Amanhã eu pago.
Agora to no Dona Carmela, bebendo um Miolo Cabernet Sauvignon e comemorando com Dex. Semana que vem tem mais performance bêbada no CQC.
Casa. Resolvo tomar banho. To nu. Porra, vai começar o CQC ao vivo. Se eu quero mesmo ser um deles, seria conveniente ter a vergonha na cara de assistir a um programa inteiro. Ok.
Eu e Dex nos prostramos no sofá, eu ainda nu. No meio ela desiste e vai dormir. Olha só, estão mostrando trechos dos vídeos enviados pelos finalistas. Olha só eu no palco com as VV, sem camisa, ostentando o símbolo do Corinthians e dizendo que o pinto é o melhor amigo das mulheres. Cool.
Ta visto, anotado, foi pra conta. Pensei em, estando nu, ir pro chuveiro. Quem sabe adiantar meu blog. Nada disso. Cama que tô morto. E se me conheço bem, o motor V8 que tem dentro da minha cabeça não vai me deixar dormir. Há sonhos, planos e fé em mudanças há muito esperadas. Se Deus quiser! Fui.