Levanto quase sete. Checo se o Flavinho mandou algo preu consertar. A externa deve começar ás oito. Se tiver alguma alteração, é agora. Sigo odiando trabalhar em casa. Mas desta vez não teve jeito. Nada de e-mail. Pego o jornal e cago.
A oposição aceita acordo que preserva Sarney. Bando de vendidos de merda. Denuncia de lavagem de dinheiro contra Edir Macedo e a Igreja Universal. Quem é que não sabe que a grana que rola na Record vem do dizimo dos iludidos? E se as torneirinhas fecharem? Quero ver vagabundo bancar a vice-liderança. Temo pelos meus amigos que trabalham na emissora do Bispo, mas esta laia de puxa-sacos e achacadores em nome de Deus tem mais é que tomar no olho do cu! Minha religião é a liberdade. Amor é o meu país.
O Rio aprovou tb uma lei antifumo. Eu não quero viver num país onde o Rio, tão liberal, resolve copiar leis reacionárias de Sampa. A multa no Rio é maior. Mas a lei ainda não tem data pra entrar em vigor. Brasil joga ás duas com a tal de Estônia no Parque São Jorge deles. 9 mil lugares. Injustiça com a fazendinha que é bem maior que isso (cabem 15 mil pessoas vivas lá). E o Andrés Sanches, chefe da delegação brasileira nesta palhaçada internacional, resolveu surtar e dizer pra quem quiser ouvir que ta cansado de ser presidente, que ta estressado, que não vai contratar ninguém.
- Eu tenho família, tá? - diz ele!
Justamente no momento em que seu time ta do meio da tabela pra baixo! Ele vai tomar é uns cascudos da torcida pra largar de ser bambi. Quer ter chilique, muda pro Morumbi. Ficou Fúcsia, é benhê? Era o que faltava: presidente Richarlyson.
Schumacher ta com dores no pescoço e não vai mais substituir o Massa na F-1. Que sorte, heim Rubinho!
E chega. Volto pro computer. Nada de e-mail do Flavinho.Vou dormir de novo. Não consigo. CQCmania em andamento. Começo a planejar o que farei na segunda caso a coisa toda tenha uma configuração parecida com a primeira. Tenho recebido dezenas de e-mails de boa sorte e cumprimentos das pessoas que crêem veementemente na minha vitória. Que a boca de vcs seja a de anjos. Brigado, moçada!
Não fui o melhor da primeira peneira. Serei o das próximas!
Volto de volta pro computer. Nada de e-mail. Mais merda. Banho. Internet. Toca o interfone. Tem uma galera pra retirar o sofá que a Dex acha que veio com defeito. Eu não sei qual é, mas beleza. São três caras. E é uma viadagem do caraio com a porra do sofá. Primeiro eles colocam um plástico. Depois, um envoltório de papelão. E ainda por cima uma espécie de malha de tecido para finalizar. Vai ser minucioso assim na casa do caraio. Foram embora e comeram vinte minutos da minha manhã.
Mais Internet. Dex levanta e diz que não vai fazer nada. Operação tartaruga. Mentira. Ela põe roupa na máquina de lavar. Peço um capuccino e ela cita Amy Winehouse:
- No, no, no!
Cretina. Vou pro trampo. Estou em plena odisséia do herói. Ao final disso não serei mais o mesmo. Metamorfose já! Eh, eh,eh!
Vou zapeando no meu I-pod. Tô num clima rockão. Fico imaginando como seria ganhar o CQC e fazer um som com as Velhas no palco, ao vivo, pra comemorar. Sonhar não paga imposto. Audioslave. Geogia Satellites e por aí vai. Tá sol. O frio dimiuiu, graças a Deus.
Hoje é niver do Cavalo e do Ian, filho do Tuca. Chegando no SBT ligo pra eles. Trajeto musical e tranqüilo. Sbt. Adentro o recinto e dou de cara com Dirlan que me pergunta se a cachaçada foi forte.
- Foi, chefe!
E sigo pro meu canto. Ivonete, produtora do Flavio Tito, tá doidona com mil alterações de detalhes no roteiro e nas fichas. Vou atualizando. Imprimindo. Ainda bem que a obra é no centro de sampa. Alterações terminadas, vamos pra feijuca. Dante discutiu com a Nádya e não vai junto de pirraça. Ok, feijoada é feijoada. No caminho encontro André do pool e dou um beijo na sua careca. Adoro o André, porra.
Almoço. Ah, Jesus obrigado por esta revigorante feijoada das quartas feiras.
De volta. Ligo pro Tuca e pergunto como cumprimentar o Ian. Puta moleque gente fina. Ele ta em casa. Ligo lá e desejo feliz aniversário. Aproveito e ligo pro Cavalo que ta cagando. Ligo novamente alguns minutos depois e consigo cumprimentá-lo. Camila quer que eu escreva um texto para apresentar uma atração mirim. Me passa um monte de coisas desconexas que ela quer alinhavar neste texto. Vou ter que juntar alho com banana. Começo a pesquisar na internet, checar releases e de repente paro tudo. Magrão entra na sala querendo que eu escreva o roteiro do "Uma hora de sucessos", um programa musical que ele dirige e que o André escreve. Mas o André foi embora e não escreveu. Não tem problema, Magrão. Manda que eu destrincho. É com o Exaltasamba. Ai!
Destrinchado. Volto pro off da matéria. Termino.
Paulão, editor, tá preocupado com esta matéria gravada no Equador que teve a presença da nossa repórter Silvana Kieling. Do meu ponto de vista, quando um repórter vai fazer uma matéria ele fecha a matéria. Bola uma seqüência, faz passagens, entrevistas e monta a coisa toda, incluindo offs onde for necessário. Então, é com ela.
Mais problemas. Temos recebido material logado nas gravações das obras com muita diferença de informação. Dante observa que além do que é logado com minutagem pra orientar a gente, é necessária uma espécie de relatório mostrando o que há de melhor naquele disco pra facilitar nosso trampo de roteirizar um monte de obras ao mesmo tempo. Vou falar sobre tudo isso com o Dirlan quando ele chegar da entrega do apartamento da Dona Adélia.
E o Brasil ganhou só de um a zero da porra do time da Estônia de merda que meteu a bota na gente. Quem manda colocar a seleção Brasil pra jogar com time de várzea? Alô Ricardo Teixeira, vai tomar no cu!
A Gi do CQC me liga dizendo que as coisas na próxima segunda feira deverão ser mais ou menos no mesmo esquema: estar na Band ao meio dia, não ir de bermuda e etc. A única diferença é que agora podemos levar até dez convidados. Bem, Dex vai comigo e portanto ainda restam nove vagas. Meus amigos estão todos ocupados num dia como este. Acho que vou ver se alguém que lê esta bagaça ou passa no meu twiter quer ir. É só mandar e-mail pra mim: paulaovv@yahoo.com. Tem que estar lá ao meio dia e termina lá pelas sete, oito da noite. Vamos ver se alguém se anima!
Tô aqui meio bundando e a Ale da Band me liga perguntando se não vou gravar aquele vídeo-demo falando de internet prela mostrar pra galera e eu, eventualmente, ser contratado pra apresentar um quadro no Dia Dia. Digo que estive enrolado e que vou gravar. Desligo o telefone e imediatamente ligo na Cuatrocabeças, produtora do CQC, perguntando se posso gravar isso pra própria Band. Eles dizem que assinei um contrato de exclusividade e que não posso gravar porra nenhuma enquanto estiver dentro do concurso. Ok. Até porque serei o oitavo elemento, porra! Caralho. No time for losers. Time for winners. We are the champions, my friend. É noise, caralho! It´s my turn!
Ligo pra Ale e explico a situação. Por enquanto não rola.
Twiter, orkut, e-mails. Quer saber: área! Vou vazar!
Encontro Dirlan e adianto o papo da padronização dos loggers e da matéria da Silvana Kieling. Amanhã acertamos tudo. Ele reclama que o texto do Celso na entrega do apê tava muito duro, sério, enrolado.
- Ok, chefe, vou ficar atento a isso no próximo!
Ele se foi. Eu me vou. Pra casa. Ter com a Dex. Ipod. Pouco transito. To chegando. Dex me liga pedindo que leve cigarro. Já to quase entrando no portão e não tenho um tostão. Ela silencia.
- Sai aqui que a gente vai comprar esta merda, caralho. Mas traz grana que eu não tenho!
Mais que depressa ela sai e vamos á padaria mais próxima resolver o problema do vício dela. Comprou três maços? Fuma pra caralho.
- Sai aqui que a gente vai comprar esta merda, caralho. Mas traz grana que eu não tenho!
Mais que depressa ela sai e vamos á padaria mais próxima resolver o problema do vício dela. Comprou três maços? Fuma pra caralho.
Home. Ela fez mais macarrão e juntou aquela carne desfiada deliciosa e berinjela e azeitona preta. Que negócio saboroso, porra. Esquecemos o cabrito do Rodragg no forno. Será que estragou? Não. Vai cabrito no meu macarrão tb. E coca zero. Uau! Comi feito um animal. To tentando secar a porcada na frente da Tv e Dex me ataca. Me usa. Me arranha. Me morde. To sendo violentado. E com a barriga pra lá de cheia. Ela adora me atacar quando estou em processo digestivo, maldita!
Subir, sobe! Mas e ânimo pra completar o ato? Num dá! Ela desiste. Fica meio emburrada. O que é que eu faço com uma esposa que morre de tesão em mim quando estou com a barriga cheia? É foda. Demente! Que eu amo!
Não tem filme nenhum e volto pro jogo. Uma zero Galo. Dex roda, roda e vai pra cama ler. Vou apagando no sofá. Mudo pra qui, pra lá. Comi demais. Dex volta. Ouço rojões e isso só pode significar que a porcada empatou. Batata! Fico no jogo. To com vontade de dormir. Dex ataca de novo. Mas é um ataque de sacanagem, não de quem quer mesmo. Ela gosta de me ver indefeso, dedicado á digestão. Não rola!
E fui eu quem dei pra trás desta vez. Ainda que a bandeira estivesse tremulando, to mortão. Outra hora a gente resolve esta contenda. Com a gente é assim: nem sempre ambos estão no pique. Eu, especialmente, quando acabo de jantar! Caralho!
Marcão pegou um pênalti. Terminou 1 a 1.
E daí? Vou dormir. Sem bronha. Já to no jejum desde manhã. Se segurar a onda amanhã pela manhã e durante o dia, á noite os espermas estarão bem fortes pra dar uma e tentar engravidar a Dex. É isso. Cama. Roça pé. É bom ser casado com a Dex.