segunda-feira, 13 de julho de 2009

Rico depila o suvaco? Não creio. Depila ou não depila? Apara. Viadinho!

Dia mundial do rock. Minha cabeça vai explodir como uma abertura de show setentista do Kiss. Acho que a ressaca veio se acumulando nos três dias e hoje resolveu acabar de vez comigo. Café da manhã? Não! De jeito nenhum. Levantar da cama? Só pra cagar, vomitar ou mijar. Ou uma bronhazinha. Fico fritando no colchão com a tv e o som ligados. Sem força pra me mover. Que horas são? Nove? Onze? Meio dia. Toca o interfone e tem almoço. Ainda que a ressaca não me dê sossego, penso que comer algo pode começar a me tirar desta cova alcoólica em que me meti.
Um banho. Desço. Internet. Simbora em fila indiana comer num restaurante aparentemente muito tradicional em POA, com comida caseira, boa e farta e não muito cara. Quer saber qual é o nome? Num sei!

Pego arroz, feijão, uma espécie de creme de vegetais e bife, duro, á milanesa. Mas a gente manda pra dentro do mesmo jeito. Coca zero pra empurrar. A cada garfada a sensação de enjoo se multiplica em progressão geométrica.

- Eu vou "marrer". Eu sei!

Terminei. Quero ir embora. Quero cama e hotel. Tinha a pretensão de sair rodando por POA atrás das boas cervejas de micro cervejarias que conheci naquela feira em Sampa. Especialmente da tal de Coruja. Mas não vai dar. Sou um ancião de quatrocentos e quarenta e quatro anos e preciso de descanço. Senão eu "marro".

Cama. Água mineral com gás. Nenhum efeito. A tarde passa e eu no limiar do aniquilamento. Heim? Quinze pras seis todo mundo tem que estar lá embaixo pra ir pra Livraria Cultura no Shopping Bourbon Country? Ok. Preciso arrumar esta cena de calamidade pública que é meu quarto, com roupas pra todo lado. A cabeça lateja e vou guardando tudo. Três cuecas samba-canção, três cuecas normais, seis camisetas, cotoveleiras, joelheiras, batinas, sobretudos, calças de pirata, tudo molhado ou quase isso. Caraio.

Terminei. Preciso colocar estas malas dentro do busão preles levarem pra mim. Aí viajo só com a agenda, o livro do Reinaldão e minha carcaça fétida e apodrecida.

Galera embaixo. Fechando contas. Menos a minha. Voltarei pro Hotel, provavelmente de táxi, pra sair, de novo de táxi, lá pelas cinco e meia da manhã em direção ao aeroporto Salgado Filho, depois Viracopos e, via carro, pro SBT onde a gravação do piloto do TV Animal me espera. E talvez o Domingo Legal.

Tomei mais uma água com gás e melhorei uma coisinha assim, ó! No busão a farra é um ótimo remédio. Caran mostra as fotos que tirou dos shows e tudo é motivo pra piada. A longa lista de confusões criadas por Roy tb tem destaque. Viva Zé Tretinha. Rico depila o suvaco? Não creio. Depila ou não depila? Apara. Viadinho!

Tamos bem felizes com os shows. E agora vamos pruma livraria lançar a nova Revista em Quadrinhos, que tem roteiro do Cavalo e foi desenhada pelo Daivy Costa e o André Andrade, ambos dos pampas. Puta orgulho. O Cavalo é sempre muito criativo, caprichoso e criterioso com estas revistas em quadrinhos. Ele entende disso. Tem bastante coisa disponível no site e já vi várias páginas prontas. Posso dizer que o trabalho é muito legal. O busão atravessa a noite de POA. Parada estratégica na frente do Bourbon Country Shopping. Porra, tem uma Dado Beer aqui. Se estiver aberta posso me curar lá. Não tá.

Escadas rolantes, lojas e gente zanzando. Lá está a Livraria Cultura. Encontramos os desenhistas. Tem vários fãs tb. Olha a Revista ali, Bem bonita. Compro uma. Poderia ganhar, mas acho legal apoiar e prestigiar os caras. Somos levados prum andar superior onde uma mesa nos aguarda para autografar a bagaça. O que está errado, pois quem fez o trampo foram os desenhistas e o Cavalo. Eles é que tem que autografar, caraio! Porra, ta chegando um monte de gente. A maioria que esteve tb no show de ontem. Os caras da livraria mandam taças e taças de vinho pra nós. Hum. Hum. Desce bem. Um dos amigos me traz algumas cervejas Polar long neck, bem populares aqui no sul. Brigaduuuu! Recebo ainda muitos parabéns pelo niver e pelo dia do rock.
Muitos e muitos autógrafos depois, ta na hora de partir. A banda toda cai dentro do busão e eu pego um táxi solitário pro hotel. Enquanto jogo conversa fora com o motorista, avalio a segurança de tomar uma ou doze brejas num buteco próximo. Melhor não.

Meu dia vai ser filha da puta de cheio amanhã. Melhor fritar na cama até a hora de sair fora.
Tudo devidamente acertado na portaria do Hotel e é só esperar o cara me chamar ás cinco. E começa a fritada de Paulão. Vira pra lá, vira pra cá. Vai mesmo ser um dia de foder! Amém!