segunda-feira, 17 de agosto de 2009

“Vai tomá no cu... seu filho da puta”

Sete e tô de pé. Jornal. Timão eh, oh! Que mais? Usain Bolt, Jamaicano do cão, bateu seu próprio recorde nos 100 metros rasos. Baixou seu tempo de Pequim em quase dez segundos. Aliás, fui perguntado no CQC sobre o local onde foi disputada a última olimpíada, Pequim, e deu branco. Velho bêbado e esquecido de merda! Mas vou fazer disso um motivo de piada hoje. Vcs vão ver! Hoje to co'diabo! Hoje a cobra vai fumar e o fiscal não vai ver!

Acordo Dex e levamos meu carro pra consertar aquele pára-choque abalroado pelo professor da PUC, dias atrás. Voltamos. Internetualições. Roupa. Vou colocar minha camisa com os dizeres "Vai tomá no cu... seu filho da puta". Mas no palco mesmo a coisa vai ser outra. Vou homenagear Raul Seixas, que completará 20 anos de morte dia 21, quando, aliás, as VV e Roberto Seixas tocarão juntos no Kazebre. Fui pra Band. Tem que CQC'er, caralho! Deus me ajude!

Gente, no caminho semicongestionado pro Morumbi lembrei de uma cena hilária de ontem quando eu e Dex saímos da casa do Cavalo em "Saints City". Ao lado da porta do motorista, encostado numa árvore, divisei uma bunda masculina agachada atrás duma árvore. Apurei a vista e vi o cara cagando na calçada. Imediatamente puxei Dex pra porta do passageiro e entrei pelo lado oposto ao que entraria normalmente. Cagar na rua é coisa que conheço bem. Mas não na porta do meu carro, caraio!

Ok. Marginais. O transito em sampa é assim. Quando tudo parece livre sempre pode dar merda. E quando a merda parece feita, de repente abre. Portanto, calma é preciso! Meu afilhado e amigo Felipe Voigt, o criador do meu Blogspot, me liga dizendo que já tah lá. Avisei vcs que hoje estarei acompanhado por nove fãs da banda? Não? É isso! Dex pediu pra não ir desta vez. E realmente é meio cansativo pra quem assiste. Beleza. Ela vai no meu coração e no meu pensamento. Band.

Ta lá a fila dos 16 que seguem na briga para ser o 8º demente desta trupe e seus convidados. Me junto aos meus torcedores e manos que me dizem que não havia nome nenhum deles na lista. Caraio. Coméquepode? Mandei direitinho na quinta feira. Hum. Bom, ta todo mundo aqui. Acho. E já estão com fitinhas de acesso à emissora no pulso. Simbora inside!

A gente é alojado no mesmo galpão com arquibancada que semana passada, hoje mais vazio, uma vez que saiu metade da galera. Cumprimento uns e outros, alguns me cumprimentam. O pessoal da produção segue gravando os depoimentos de concorrentes e familiares. Sinto a falta da energia poderosa da Dex. Mas por outro lado, tenho um monte de fãs entusiasmados. Vamonóis!
É a primeira vez que faço algo em TV usufruindo do prestigio de ser o Paulão das Velhas Virgens. A maioria das pessoas, inclusive da produção, conhece e curte a banda. Uhu!

Familiares e amigos dão suas entrevistas e chegou a hora de irmos pra dentro, prum estúdio de apoio, o mesmo da semana passada. A produção nos numera. Desta vez sou o 10. Quem? Rivelino, Neto, Zenon, Marcelinho Carioca, Douglas. O destaque dos bastidores continua sendo o gordinho Rogério, homem do Stand Up Comedy, fazendo imitações mil. O cara tem muito talento e faz um Datena mortal.

- Bi ajuda aeh, ô!

O resto do pessoal parece mais tranqüilo hoje. Agora a gente já conhece o caminho. Será? Opa. Vamos pro palco ensaiar o posicionamento para a primeira entrada, provavelmente comandada pelo Tas, com os 16 perfilados no palco. Fiquei exatamente na última posição e vou largar dos boxes, brinco.

Voltamos pro outro estúdio e tem rango. Sandubinha esperto e coca zero. Maquiagem leve. Para melhorar de fato minha cara, só bebendo ou passando pelo Pitanguy.

Opa, vamos pro palco gravar com o Tas. Ele entrevista alguns familiares dos concorrentes. Ele é bom, né? Tem classe, é safo, sabe conduzir o papo sem ser chato e nem agressivo. Não perde o timing e tem um humor cheio de competência. O cara é bom, sim!

O cara de Ribeirão Preto, Marcel, trouxe uma torcida uniformizada. Aquele olhar que eu achei ser um "passo por cima de qualquer um pra ganhar" na verdade é um misto de nervosismo e concentração. Troco algumas palavras e sinto que, como quase todo mundo, a juventude fornece energia, mas tira equilíbrio. Meus 44 anos me ajudam um pouco neste momento. Mas isso não vai resolver nada, estou certo. Vou ter que fazer das tripas coração pra seguir nesta competição até o final. E como creio que um dia atrás do outro é a melhor receita pra ser feliz, deixemos os momentos se sucederem e vamos lendo o que se passa. Geralmente a vida, Deus, vão dando dicas e apontando o caminho. Tem que fechar os olhos e abrir o coração pra ver! I see the light.

De volta ao estúdio de apoio. Começa o esquema individual. Faz um tempo a produção tirou nossos celulares. Estamos incomunicáveis com o mundo lá fora. Somos posicionados, agora pela ordem numérica, e os concorrentes vão entrando. Desisti de colocar a roupa de mago pra homenagear o Raul. Podem achar circense demais. E minha intuição manda usar apenas os óculos de estrela azul. Mudo de idéia várias vezes durante a tarde. Por fim, decido ir com a camiseta com os palavrões mesmo.

Durante as audições, os que ficam fora são devolvidos e retirados do estúdio de apoio várias vezes. Alguma coisa que ocorre lá dentro deve ter desdobramentos cá fora no hall da emissora. Alguma coisa que não podemos saber por antecipação. Hum. Bem, o resto vc vai ver na Tv a partir, agora sim, da semana que vem.

Posso adiantar que minha torcida, mais três dos oito classificados, fomos todos beber nas mesas da lanchonete do mercado Bom Marchè, que fica ao lado da Band e onde tantas vezes me embebedei com a galera o Sex Privê Brasileirinhas. Cool. Pago a primeira rodada. Vai surgindo breja de todo lado e o papo ta ótimo. Felipe faz uma ponte maluca e daqui a pouco quem está sentada em nossa mesa bebendo água é Mariana Belém, cantora e filha da Fafá, com o marido. Ele é um santista maloqueiro, apesar da gravata sugerir um executivo. Falou do Santos ele já puxa a carterinha de sócio. O cara é tão gente boa e fanático que fez a mulher deixar de ser Bambi pra torcer pro Peixe. Não há como negar que é uma evolução.

Dex me liga e digo que to comemorando. Passa das 22h e vamos embora. Dou carona para dois dos amigos que foram me apoiar.

To quase em casa. Dex não ta muito feliz com minha demora. Compro seu cigarro, que ele havia encomendado. Home.

Subo as escadas e a abraço forte.

- Eu quero ganhar!

Ela parece preocupada com uma reação minha quando eventualmente, sair da disputa.

- Fica fria que não vou desmoronar. No entanto, este é um momento de vitória e comemoração! Uhu!

E digo mais, se eu ganhar vai ser igual ao Timão: sofrido, no último minuto, muito certamente de um adversário que parece ser superior. É assim, na raça, no coração.

Janto lasanha. Dex abre mais uma garrafa de vinho. Bebo com ela. Ela ta meio mamada. Lá em cima estou ouvindo o áudio do CQC no ar. Opa, vai passar alguma coisa do concurso. A gente corre. Eles mostram a primeira aparição grupal dos 32 que acabaram virando 34, sob a batuta afinada do Marcelo Tas.

Aos 32 pré-selecionados a produção junta um cara e uma mina, dois Stand By's e agora somos 34. Américo, o cara que me disse ser fã das VV. E Aline, a carioca, que reputo ser uma candidata fortíssima. Aline tava bebendo comigo ainda há pouco ao lado da Band. Dei-lhe um abraço forte! E chega de dar detalhes.

Aparece um takezinho meu de nadica de nada . Mas vale. Terminou! Pego o vinho e vou pra Internet. Caralho, meu twiter ta bombando. Passo dos mil followers em questão de minutos. O programa tem uma puta força. Foi só uma exibiçãozinha e os caras saíram á minha caça no site de relacionamento dos 140 caracteres. Atualizo o que posso. Respondo o que dá. Noise. To entre os oito. Caralho! Mas semana que vem tenho que matar mais um Leão. Vou afiando as unhas.

Boa noite!