quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Mesmo pessoas que nunca me viram mais bêbado me param em toda parte pra dizer que torcem por mim.

O despertador toca, mas ignoro e durmo mais uma hora. Saio da cama mais de oito da manhã. Bosta e News.

Argentina perdeu do Paraguai que, por sua vez, classificou-se pra copa. Eu quero ver nuestros hermanos fuera dela cuepa cuela. E usted?

Nilmar, herói dos 4 a 2 que metemos no Chile. Caraio, o papo sobre o Nelsinho Piquet provocar um acidente num GP do ano passado é real. E ele fez mesmo a pataquada. Puta que pariu!
Rescaldo da enchente. Gente chorando a perda dos filhos. Maluf, desgraçado, diz que em seu tempo ponto de alagamento se chamava enchente, diz Tutty Vasques. Vão dando oportunidade que este "câncer politico" chamado Paulo Maluf ressuscita.

Porra, morreu o critico gastronômico do Estadão, Saul Galvão. Uma vez ele fez uma matéria listando os seis melhores chopps servidos em sampa. E por causa desta matéria, eu aluguei uma van, enchi de bêbados e sai provando todos os chopps numa só noite. Era a Turnê do chopp – Turismo Alcoólico.

Olha só, o rodízio de carnes foi inventado nos restaurantes de beira de estrada do sul do país na década de 60. E parece que o mais antigo, o precursor, foi a Churrascaria do Matias, que fica em Sapiranga, Rio Grande do Sul. Teria começado a circular com espeto corrido entre 62 e 63. Isso sim é uma data histórica. Já tocamos algumas vezes em Sapiranga e temos muitos amigos por lá. Parabéns, tchê!

Aprovaram o estatuto racial que prevê que os partidos são obrigados a destinar 10% de suas vagas a candidatos negros. Já na escola as crianças terão aula sobre história da África e do Negro no Brasil. Ok. É justo.Nos Estados Unidos tem este tipo de lei? Não! E a segregação e o preconceito por lá são mais intensos que aqui? Sim! Mas lá um negro chegou á presidência da república. Será que precisa de lei mesmo? Hum!

O tal do ativista italiano que o Lula não quer deixar ser extraditado para a Itália ta dividindo o Superior Tribunal de Justiça. Manda esta porra pra ser julgado na terra dele, caraio. Que é que o Lula tem com isso?

Bem, bem. Banho. E sem cabelo é mais fácil. Se pá, pum!

To vestido, joiado, internetado e me voy. Cartório. O2. Talvez fantasia. Unibanco e SBT.
Tô na fila do cartório e resolvo dar uma passada d'olhos (que coisa bonita isso!) no documento em que pretendo autenticar minha assinatura. Parece até o dia em que fui para o Aeroporto de Congonhas pra pegar um vôo prum show e resolvi, de bobeira, dar uma checada se estava no aeroporto certo. Não tava. O vôo sairia de Cumbica e tive que "voar" pra Guarulhos de táxi pra não perder a viagem.

E não é que assinei no lugar errado? Perdi a viagem ao cartório. O local onde assinei só pode ser rasurado no ato da entrega do documento. Me fudi. Vou ter que imprimir outro e voltar amanhã. Quem não tem cabeça tem perna!

Simbora pra O2. Não sei já disse, a O2 é a empresa de Web Design do André, irmão do Cavalo, tb meu bom amigo. Foi o André que me apresentou pra Dex. E lá tb funciona a Gabaju Records, a gravadora do Cavalo. E lá tb está o escritório dos pais dos dois, Seo Domingos e Dona Vera. Ou, seja é a Neverland da família Dias. Graças a uma gentileza de todos, tb parte dos equipamentos mais pesados de estrada e cenário das VV ficam lá e é lá nosso ponto de encontro antes de shows.
A empresa que presta serviços de contadoria pros Dias é a Zlotti, da Luciana, minha vizinha de infância. E a Zlotti tb cuida da minha empresa, Distraídos Venceremos Comercial Ltda, através da qual eu trabalho como terceirizado em TV. Sacaram? É uma espécie de "imbroglio de família e amizade": máfia! Eh,eh,eh!

E vou lá deixar alguns documentos da minha empresa a serem enviados pra Zlotti no malote da O2. A explicação foi muito maior que o pit stop. Abraço todos, beijo todas, coloco a papelada num envelope cedido pela Fran e me mando. Opa, André me entrega a carteirinha de sócio torcedor do Timão. Agora posso comprar ingressos pros jogos com mais facilidade. Estou como dependente do André e só posso comprar um por jogo. Ok. Ta muito bom.

Fui. Paro na loja de fantasias em que geralmente comprava adereços. Não é aquela da megera. Esta é a Aladin e o pessoal é muito gentil. Mas ao invés de alugar fantasias, eles vendem prontas. Inicialmente eu duvidava que eles pudessem fazer minhas roupas de Genelvis sobre medida. Mas, após uma consulta ao gerente, a mocinha me informa que até segunda feira me responde se faz e por quanto. Ela acha que vai rolar, apesar de estarem todos em "polvorosa" (uau!) por causa do Halloween que se aproxima. Ótemo.

Deixo os desenhos com ela e ligo pra Dex. Peço que tente achar outro lugar para fazer orçamento. Sabe aquele ditado de produção: "quem tem um, não tem nenhum; quem tem dois, tem um"? Pois é. Não custa me calçar. Próxima parada, banco.

Com este papo de fusão entre Unibanco e Itaú estão solicitando uns documentos que estavam faltando, sei lá. Meus e do meu sócio que é, adivinhem? Cavalo! Máfia, entende?

Puta ar condicionado forte da porra. Desliga issaí, ô! A Cris sempre me atende com gentileza. Uma das novas funcionárias me reconhece, mesmo com cabelo e barba aparados.

- Vc é aquele do CQC?
- Sou sim. Cortei o cabelo e aparei a barba por que quero muito ser o 8º CQC.
- Lá em casa estamos todos torcendo por vc!

Tem sido assim. Mesmo pessoas que nunca me viram mais bêbado me param em toda parte pra dizer que torcem por mim. Que comoção impressionante, pelo menos no meu mundinho. Imagino que os outros tb estejam experimentando isso. Espero que sim! Puta sensação maravilhosa ter estranhos dizendo que torcem pra vc. As pessoas realmente adoram um maluco, nénão, Raul?
Fui pro SBT. Não. Vou aproveitar que aqui tem um Mac e comer um sanduba, já resolvendo o almoço. MacBacon (cadê o regime, cretino?), nuggets de frango (podem ser de outra coisa?) e coca zero. Esqueci de pedir para não por gelo. Vai assim mesmo. Minha voz ta meio estranha e hoje tem show no Unifest, em Campinas. Opa, abriram um Giraffas ao lado do Mac. Concorrência já! Tudo pra dentro e fui.

SBT. A galera ta saindo pra almoçar. Fico sozinho na sala. Respondo e atualizo o que dá. Jotaerre me entrega as alterações no roteiro do Encontro. É nisso que trabalho entre uma e outra twittada, yahoozada, Googlezada, Terreada, Unibancada. Aliás, tem um monte de contas pra pagar. E eu pago. Entrou grana dos shows do fim de semana. Uhu! I do! I do like money! Money, honey!

Roteiro do Jotaerre enviado pelo e-mail. Eles voltam do almoço. Jotaerre me chama pra ter com ele e sua produtora Jannaina, a grávida mais sexy do Brasil. Ela já fez este quadro anteriormente na antiga, opressiva e triste administração que comandava do DL pouco tempo atrás. Então, suas observações são importantes. Alteramos algumas coisas, ela sugere que introduzamos (que belo tempo de verbo!) um depoimento pós gravado com a mãe, contando detalhes do distanciamento da filha. Ok.

De volta à minha mesa. Alterações em curso. Acabou. Passo os textos do Celso prum formato de fichas e mando junto. Jotaerre me pede para acompanhar a gravação, amanhã, pelas 14h. É noise, Jr. Não sei se já contei, mas fui entrevistado por ele num de seus trampos de faculdade. Palmeirense de merda, mas bom amigo e grande profissa!

Pronto. Ta dando sete da noite a banda vai passar pra me pegar pro show. Desço com meu carro pro estacionamento de baixo. Fico aqui. Com a mala já fora do porta! Porta o quê? Porta malas, caralho! Porta eu!

Chegam. Entro na Van. Simbora pra Campinas ouvindo as músicas do novo cd já com introduções e saídas que criam o enredo da história de Genelvis e sua saga Dentro da Garrafa! É difícil, na balburdia da van, sacar as nuances destes "climas" entre as faixas que têm a função de ambientar a história a ser contada. Mas vou sacando e formando minha opinião. Pegamos Juju em Jundiaí. Nos perdemos um pouco, mas já estamos no Parque do Taquaral, em frente ao circo do Marcos Frota, onde acontece a segunda edição de um festival universitário de música chamado Unifest. Serão três dias reunindo bandas do Brasil inteiro, com shows de encerramento que incluem a gente, amanhã, Cachorro Grande e sábado um projeto do meu amigo Kid Vinil.
Nosso camarim fica ao lado do palco-picadeiro. Bebidas, comidas, vodka Natasha (blergh, mas vai). To com fome. Como!

Rico ajeita meus figurinos no varal. Uma equipe de tv nos entrevista sobre o evento, sobre caminhos da música brasileira e outras pirações. Lá fora ouço o locutor fazer referencia ao CQC e a galera urra. Isso está ficando maior que eu esperava.

Alongamentos. Figurino. Tamos atrás do belo palco sob a lona. Bora? Sem Baudelaire. Começou.
Palco grande, alto. Tá bem cheio. Ouço bem minha vOz, mas não as outras vozes e as guitarras. Vamos indo. Hoje, além do Gênio da Garrafa, vamos arriscar A Boca, a Buceta e a Bunda. Claro que fiz uma cola da letra e pus no chão! Afora estes dois momentos, o set é igual ao dos últimos shows. A B.B.B não chega a empolgar.

Em determinado momento, conclamo as bandas concorrentes a "cagarem" pra mídia, tv, rádio e se concentrarem em fazer um bom som e nos shows, cara a cara com o público. E as pessoas entendem esta mensagem de independência e isso é o que importa.

Terminou. Corro feito louco pro camarim que é relativamente longe e coloco a roupa do Mago. Chego no back stage e sou informado que o show vai ter que parar por causa do horário. Merda. Vou pro palco e explico isso pro povo pra evitar manifestações violentas.

- Isso aqui não é show de pagode onde sai briga. Vamos embora em paz, caralho!

Claro que não é só em show de pagode que sai pau. Mas comparar roqueiros com pagodeiros sempre dá certo para acalmar os ânimos. A gente agradece abraçado, pois foi mais um puta show. E área.

No caminho pro camarim, papos e fotos. Mais umas bebidinhas. Vamosimbora? Sim! Van em andamento e sem breja. Podemos comprar, né? Dou uma apagadinha e acordo com a van parada na frente de um posto decrépito com uma espécie de lanchonete mal ajanbrada. É aqui mesmo.
Banas compra algumas latinhas, eu como uma coxinha. Descem tb Cavalo, Roy e Simon. A gente planeja um ensaio na passagem de som do Hard Rock Café em BH, domingo. Estrada.

Fico no SBT. Pego meu carro e corro pra casa. Cidade úmida e vazia na madruga. To em casa. Vcs já sabem: roupas molhadas no chão, roupas amassadas penduradas. Banho. Quase quatro da matina. Cama!