terça-feira, 1 de setembro de 2009

Parabéns gigante. Eu sou Corinthians e nunca vou te abandonar: porque eu te amo!

Sete e pouco e tô tentando sair da cama. Ainda bem que gravei quase todas as vozes do novo cd ontem. O segredo pra estar com a voz em dia é simples: DORMIR! Coisa que raramente faço. Tive um fim de semana sem shows e razoavelmente tranqüilo. Passei mais de oito horas na cama de domingo pra segunda e pude gravar tudo bem rápido e com qualidade. Hoje vai ser foda. Já to levantando cansado. Foda-se. Bora.

Hoje o meu Timão faz 99 anos. Qualquer um que goste de futebol e torça prum time pode pensar que sabe o que é ser admirador de uma equipe. Mas torcer pro Corinthians é diferente. Pragente, tudo é sempre mais difícil. Suado. Batalhado. Sangrado.

Ficamos 23 anos sem ganhar um título. Neste meio tempo encaramos um tabú sem fim com o Santos. É sofrimento pra mais de metro. Curiosamente, mesmo com todos estes dramas, nossa torcida só aumentou neste período e somos o time paulista com mais títulos estaduais. Não tem Santos de Pelé, não tem academia do Ademir da Guia, não tem bambizada do Raí. É noise!
E quem conhece de futebol sabe que os campeonatos estaduais tinham mais importância que brasileiros até a década de 70. Por falar nisso, temos quatro Brasileiros e três Copas do Brasil (que ao que me parece são também títulos nacionais). Temos um Mundial que foi disputado no Brasil e pro qual fomos convidados para ser coadjuvantes, só que ganhamos.

E aí uns idiotas gostam de desmerecer. É a mesma coisa que dizer que o mundial ganho pela França em 98 na própria França não valeu nada. Eles foram convidados, como país sede. E ganharam jogando em Paris.

Mas mais que títulos, nosso time tem uma torcida apaixonada sem comparações com outras. Que torcida invadiu um estádio em outro estado como nós fizemos em 76, no Maracanã? 70 mil pessoas. Segundo Juca Kfouri, a maior movimentação popular na história da humanidade em tempos de paz.

Nós somos diferenciados. Sabem por quê? Por causa do sofrimento. Só o sofrimento faz a gente aprender a viver. E é por isso que nós corinthianos somos seres abençoados especialmente por Deus. A gente sofre pra caralho.

Mas a gente sofre por que ama. E amor é uma coisa du caralho!

Eu te amo, meu Corinthians. Na vitória ou na derrota, tamu junto. Até na segunda divisão, no inferno. Parabéns gigante. Eu sou Corinthians e nunca vou te abandonar: porque eu te amo!
Porra, que amanhecer passional. Bora ler o jornal no trono.

Ola aí, a farra que virou o lançamento do Pré-sal. Como o Lula aprendeu direitinho a ser sacana, né?

A Disney comprou a Marvel por 4 bilhões de dólares. Os pobres dos X-Men vão ser funcionários do Mickey Mouse. Vão ter que dar plantão na Disneylândia de fim de semana. É, Wolverine, acabou a mamata de fim de semana na praia. Vai ralar igual a mim no Domingo Legal. Crachá, 13º, férias, ticket. Tá fudido!

O Tutty Vasques disse que a Madonna, de passagem por Israel, levou seu Jesus ao Muro das lamentações. Mas é uma suruba religiosa, nénão? A Madonna é o cão. Coitado de Jesus, casou com a mulher do diabo!

O terror sobre a pseudo batida causada pelo Nelsinho Piquet no ano passado, na corrida de Cingapura, segue criando problemas. Porra, Nelsão, este seu filho parece aqueles moleques que rouba o carro do pai e bate. Só dor de cabeça. Pobre campeão!

O presidente da Colômbia tá com Gripe Suína e é capaz de ter passado pra todos os líderes sul americanos. Não tem problema. Eles estão acostumados com a lama!

A porra do Presidente da França não vai trazer a Carla Bruni, sua deliciosa esposa, pra visita do feriado de 7 de setembro. Aí eu pergunto: pra que porra ele vem então? Manda só ela e vai excursionar no Afeganistão.

E chega desta merda. Banho. Internets.

Caraio, meu twitter passou fácil dos dois mil seguidores. Tem mais de 200 e-mails no meu yahoo e os orkuts tão lotados. Sabe qual é o nome disso? CQC. Uhu!

Bem, simbora pro SBT que tem reunião.

Saio atrasado, levando as gaitas pra mais tarde e meu case de baixo antigo pro pai do Paulão ver se tem jeito. Tô mal dormido, cansado e brigando contra o relógio. Ao contrário de ontem, quando tudo tava tranqüilo, hoje fudeu.

To dirigindo igual um demente. Pensando no atraso. Pensando que vai ter mais roteiro pra escrever. Porra. De repente, no I-pod, entra "Us and Them" do Pink Floyd e a paz é reinstalada imediatamente.

Foda-se trabalho, atraso, roteiro. Foda-se tudo. Waters-Gilmour-Wright-Mason estão mandando o som e tudo parece fazer sentido repentinamente. Vou viajando num transito animal, fritando neste sol inesperado, neste dia que não deve ser mole, mas que momentaneamente o Pink Floyd anestesia e cura. Obrigado, rapazes.

SBT. Reunião engraçada como sempre. Almoço. Salada.

Passo o dia tentando atualizar minhas internetices onde não param de chover e-mails. E tem roteiro de obra. E adendos nos roteiros que já estavam prontos. Caraio. O dia segue estressante. Até porque eu já tô cansadaço pela noite pouco dormida.

Já no fim da tarde a produção do CQC me avisa que a próxima eliminação será ao vivo, na próxima segunda. Ok. Me ajuda, meu Deus!

Porra, passam das sete e vou tentar ver o programa de ontem no youtube. Depois é comer alguma coisa e ir gravar. Tô precisando de um porre. E de poder dormir até meio dia, depois. Sonho meu.

Porra, minha participação foi bem legal. Mas tb tem outros legais. Preciso dar um jeito de seguir nesta disputa. Gente: tantas pessoas me cumprimentaram pelo CQC hoje. Zé Américo, humorista e apresentador do "Vc se lembra?" me disse que sou diferenciado e vou ganhar. Beto Marden tb. Silvia Abravanel travou um diálogo curioso comigo:

- Ficou louco, Paulão?
- Ainda to aceitando propostas da família Abravanel.
- Mas e aquela camisa? Tá louco?
- É atitude! É a primeira vez que minha demência tá me ajudando num concurso!

É assim. Tento checar o transito no site da CET mas um aviso diz que ele foi invadido. Caraio!
Desço e como um X-salada, uma esfiha de carne, uma trufa e bebo coca zero. To jantado. Bora pra gravação.

Marginal tranqüila. Só pesa um pouco perto da ponte das bandeiras. Subo por este caminho diferente para parar no Pão de Açúcar de Santana e comprar uma brejas espertas. Roy vai precisar beber umas e outras pra gravar seu dueto com a Juju. Pego Leffes, "Stephanies" alemãs, Baden baden Red Ale e duas Estrella Galicia espanholas que eu não conheço. Bora pra Vila Sabrina. Preciso ir com cuidado pra reconhecer este caminho cheio de desvios.

Ok. Cheguei. Desço do carro carregado: cervejas, gaitas, case de baixo, sacola com letras do cd, bolsa masculina, celular e chave: um mascate, um sacoleiro!

Juju, Paulão, Cavalo e Roy já estão. Seu Carlos desce pra ver o que ta rolando. Mostro meu primeiro case todo detonado e pergunto se ele pode dar um jeito. Ele diz que vai tentar. Ele é perito em cases. Este meu, aliás, é de estimação. Colei algumas fotos tiradas de jornal na época, 86,87. Tem os Titãs, Legião Urbana, Bruce Springsteen, Buddy Guy, João Gilberto, Paralamas do Sucesso, Angus Young, Rob Halford e os seis patetas: Moe, Larry, Curly, Joe, Curly Joe e Shemp.

Espero que dê certo.

Seu Carlos e eu falamos do mico da Vanusa, cantando o Hino Nacional todo cagado na Assembléia Legislativa de SP. Tadinha. Ela não devia cantar o hino há muito tempo. Ela tá véinha, tb, né? Se perdeu na letra e tentou dar um "gato" com improvisos. O problema é que todo mundo conhece o nosso hino. Ficou feio.

Paulão se invoca com nosso falatório e pede pra gente ir conversar em outro lugar, gentilmente. Paulão é assim: se algo ta incomodando seu trampo no estúdio ele logo resolve. Sem papas na língua.

Tamos fazendo a voz de Juju em "Cafajeste". Leva tempo pra Paulão passar pra ela a intenção que ele quer na interpretação. O Paulão tem uma paciência de Jô.

Eu, de minha parte, tive um dia estafante, to cansadaço e quero beber. Vamonóis, Roy. Cavalo tb dá uns biquinhos. Descem as Galicias, as alemãs, as Leffes e finalmente a Baden. Juju começou a fazer a voz do dueto com Roy. Vou buscar mais breja e batatinhas no posto da frente. Volto com Roy começando a gravar sua parte. Como a canção é dele (e apesar de algumas alterações estruturais feitas pelo Paulão), Roy conhece bem o som e mata com classe e bem. Juju tb cantou bem, mas este é o trampo dela. Roy é guitarrista. Aliás, sobre a Juju, Cavalo observa:

- Nosso problema agora é ter uma cantora que canta demais!

Bom problema!

Ok. Matamos "Strip'n'Blues", o dueto da Ju e do Roy. Agora é o meu com ela, "Onde é que este velho vai?".

To meio mamado, confesso. Mareado pelas brejas e pelo excessivo cansaço do longo dia. Mas é só abrir o microfone que o "overdrive de peito" vem e praticamente de primeira mato minha parte neste hard core rapidíssimo e engraçado. Juju demora um pouquinho mais pra fazer a dela, mas tb faz rápido.

Chegou Carlinhos, irmão do Paulo, com sua namorada/esposa tecladista que fez nossos pianos e de quem eu, infelizmente, não lembro o nome. Ela é muitíssimo gente boa! Ta na cara! Grazie, ragazza!

Carlinhos e eu falamos da impressionante competência de Fábio de Oliveira Brum, guitarrista do Made e amigo deste blog. Carlinhos tava naquele show de quarta feira do Made em que eu fiz uma participação. Fábio Brum é o cão!

Bem, vamos gravar coros. Eu, Cavalo, Juju e Roy dentro do aquário repetindo: "eu vou, eu vou, pra dentro da garrafa, agora eu vou"! Ou, "Bunda booa". Ou ainda, "o pinto ficou na mão"! Aproveito um intervalo e gavo um texto de apresentação do show do meu amigo Eduardo Cachaça e seus Longnecks. Ele e belvis eram a alma do Movidos a Álcool que deu uma parada. Cachaça ta fazendo um trampo solo e pediu preu gravar um anuncio pro show. My pleasure, dear friend!

To apagando. Paulão, que anotou tudo que deve ocorrer nas vinhetas entre as músicas, me pede pra gravar uma frase dramática: "é, ninguém sabe o que eu passei". Nossa!

Despeço-me e saio quase que desmaiando de sono e breja e tenho dificuldades pra me manter acordado no trajeto pra casa. Deus protege preferencialmente os bêbados, as crianças e os apaixonados, lembram? Ainda bem que a cidade está abandonada nesta altura, pouco mais de duas da manhã.

Home. Como uns filés de frango que Dex deixou na geladeira. Subo. Cadê o fio dental? Cadê meu pijama? Caraio! Onde ela pôs?

Pego uma bermuda e uma camiseta quaisquer. Desço novamente e passo o fio dental que carrego na minha bolsa. Masculina! Xingo a Dex baixinho por ter mudado meu pijama de lugar ou sei lá o quê. Escovo os dentes e adentro ao quarto. Ela, meio chapada de sono, murmura a pergunta "que horas são?"

- Três. Boa noite amor!